sábado, fevereiro 15, 2025

Angola - As Ricas Donas

Angola - As Ricas Donas é um livro da escritora portuguesa Isabel Valadão. 

Romance histórico na linha de Loanda - Escravas, Donas e Senhoras, Isabel Valadão leva-nos à Angola dos séculos XVIII e XIX, fazendo o retrato de Angola no século XVII e das mulheres que a dominaram.

Sinopse:
"Tal como vinha acontecendo já desde o século XVII, três constantes marcariam a história de Loanda: o tráfico atlântico da escravatura, a deportação ou degredo de criminosos para Angola e a superioridade das famílias crioulas, ou lusodescendentes, às quais pertenciam essas mulheres, e que eram praticamente as únicas detentoras do monopólio desse tráfico.
As estórias destas mulheres acabariam por se fundir com a história da cidade de Loanda e não será possível dizer com propriedade como teriam sido as suas vidas. Assim, para este romance, eu reinventei situações e dramatizei acontecimentos, pois é isto que um romancista faz. A partir de imagens e de factos reais, deixei a imaginação fluir e as estórias converteram-se, por vezes em coisas diferentes daquilo que verdadeiramente teria acontecido. Porém, embora ficcionadas, estas poderão ter sido as estórias das Ricas-Donas de Loanda."

sexta-feira, fevereiro 14, 2025

Ser Poeta (Perdidamente)

Ouça o grupo português Trovante na canção Ser Poeta (Perdidamente) - letra de Florbela Espancado álbum Terra Firme (LP 1987).

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhas de oiro e de cetim
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor!

E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

E é amar-te, assim, perdidamente
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Compositores: Joao Manuel Gil Lopes

quinta-feira, fevereiro 13, 2025

Os Himbas

Os Himbas são um grupo étnico de aproximadamente 20.000 a 50.000 pessoas que vivem na Namíbia, na região de Kunene (antes Caocolândia) e são considerados a tribo mais fascinante deste país.  

Migraram de Angola para a Namíbia há cerca de 200 anos à procura de solos mais férteis. Os Himba vivem hoje no norte da Namíbia e em partes do sul de Angola. Esta área é conhecida pelas paisagens áridas, com savanas e desertos que se estendem a perder de vista. A vida é dura, mas os Himba desenvolveram formas engenhosas de sobreviver e prosperar naquele ambiente.

São povos semi-nómadas e pastoris. São os últimos povos semi-nómadas da África. Estão estreitamente relacionados com os hereros, também falantes da língua herero. 

Os costumes e tradições são passados de pais para filhos. Entre os mais curiosos está o hábito de as mulheres protegerem a pele e o cabelo com argila e de ter como meio de limpeza apenas um "banho" de fumo. As mulheres não tomam banho durante toda a vida, apenas os homens tomam banho comum com água. 


Os meninos têm as cabeças rapadas e as meninas usam colares de madeira para representar a pureza. As mulheres fazem artesanato com arames e madeira e os homens cuidam dos rebanhos. 

Aproveite e conheça melhor este povo assistindo ao documentário que se segue para mais informações sobre a Tribo Himba.

quarta-feira, fevereiro 12, 2025

O amor te dá

Veja a cantora brasileira Amanda Magalhães em O amor te dá (Videoclipe Oficial).

Tenho andado a pé
Tenho andado em vão
Com meu coração descalço
Até calejar essa dor que dá
Tem tempo, estranha maneira de amar

Me leva, sem eira nem beira
Até parar na beira do mar
(Na beira do mar)

Pra lavar o que ficou foi (foi)
Meu bem se foi, foi

A roupa, a pele, a boca, o sal
E o que não serve mais, não visto mais

Quando será que a gente vai aprender a amar?
Por que que a gente quer se machucar?
Se o amor te tira, o amor te dá

O amor te tira, o amor te dá
O amor te tira, o amor te dá
O amor te tira, o amor te dá
O amor te tira, o amor te dá

Tenho andado a pé
Tenho andado em vão
Com meu coração descalço
Até calejar essa dor que dá
Tem tempo, estranha maneira de amar

Me leva, sem eira nem beira
Até parar na beira do mar

Pra lavar o que ficou foi (foi)
Meu bem se foi, foi

A roupa, a pele, a boca, o sal
E o que não serve mais, não visto mais

Quando será que a gente vai aprender a amar?
Por que que a gente quer se machucar?
Se o amor te tira, o amor te dá

O amor te tira, o amor te dá
O amor te tira, o amor te dá
O amor te tira, o amor te dá
O amor te tira, o amor te dá

terça-feira, fevereiro 11, 2025

Gosto dos amigos

 Gosto dos amigos
Que modelam a vida
Sem interferir muito;
Os que apenas circulam
No hálito da fala
E apõem, de leve,
Um desenho às coisas.
Mas, porque há espaços desiguais
Entre quem são
E quem eles me parecem,
O meu agrado inclina-se
Para o mais reconciliado,
Ao acordar,
Com a sua última fraqueza;
O que menos se preside à vida
E, à nossa, preside
Deixando que o consuma
O núcleo incandescente
Dum silêncio votivo
De que um fumo de incenso
Nos liberta.
Sebastião Alba

segunda-feira, fevereiro 10, 2025

La Durmiente

La Durmiente é uma curta-metragem realizada pela portuguesa Maria Inês Gonçalves.

Maria Inês Gonçalves foi distinguida no Festival Internacional de Cinema de Roterdão (IFFR) pela sua curta-metragem La Durmiente (2025, Portugal/Espanha, DOC/FIC, 20′). Este filme, uma coprodução entre Portugal e Espanha, foi reconhecido pelo seu mérito artístico e nomeado para os Prémios Europeus de Curta-Metragem

A curta-metragem foi elogiada pelo júri do festival, que a descreveu como:

"Um poema de meditação histórica, que se equilibra entre as evocações do passado e a leveza de um workshop vespertino. A câmara deambula entre o documentário e a reconstituição, a paisagem e o retrato, o abstrato e o concreto, ecoando a tradição do cinema português e explorando a história cultural da Península Ibérica, ricamente entrelaçada. A presença do património arquitetónico dá forma a uma beleza intemporal, de outro mundo, com uma abordagem anacrónica. Os atores infantis, inocentes e solenes, guiam-nos na contemplação do destino das mulheres no meio das grandes convulsões históricas dos séculos passados. Elementos ricos são suavemente harmonizados e construídos sob o toque delicado e suave do realizador. Uma obra muito prometedora para o cinema europeu."

Sinopse:

La Durmiente explora a história da infanta medieval D. Beatriz de Portugal (1373-1420) através da fabulação e do imaginário infantil. Tomando como cenário o Mosteiro de Sancti Spiritus em Toro, Espanha, onde jaz o sepulcro de D. Beatriz, um grupo de sete crianças encena e interpreta fragmentos da vida desta personagem apagada pela história, mas preponderante na crise dinástica portuguesa de 1383.

domingo, fevereiro 09, 2025

O Corpo e o Nome: O Massacre das Fossas Ardeatinas

O Massacre das Fossas Ardeatinas foi um dos capítulos mais trágicos da Segunda Guerra Mundial, em Itália. As vítimas foram escolhidas ao acaso e executadas nas grutas das Ardeatinas, perto de Roma

Erich Priebke era capitão das SS quando, em 24 de março de 1944, ordenou o fuzilamento de 335 civis italianos, e participou do mesmo, como represália pelo ataque partigiano de via Rasella, onde morreram 33 militares alemães.

Em 1996, foi condenado à prisão perpétua. Cumpriu prisão domiciliária de acordo com as leis italianas, porque era proibido estar numa prisão devido à sua idade avançada. Morreu em 11 de outubro de 2013 aos cem anos de idade em Roma, na Itália.

De Roma a Florença, de Abruzzo a Londres e Telavive, o documentário O Corpo e o Nome, que pode ver aqui na RTP Play, dá vida à história, entrelaçando imagens de arquivo e testemunhos pessoais, seguindo os caminhos que levaram a uma descoberta inesperada!

Décadas mais tarde, graças ao trabalho árduo de três mulheres, uma documentarista, uma arquivista e uma bióloga forense, o mistério em torno da identidade de várias vítimas desconhecidas foi resolvido. A investigação estendeu-se por diferentes regiões e continentes, ilustrando o alcance do impacto do massacre e a importância de dar um desfecho aos descendentes das vítimas.

"O Corpo e o Nome", estreou quarta-feira, dia 5/2, pelas 22:55 na RTP2.