terça-feira, abril 22, 2025

O Arco dos Vice-Reis

 O Arco dos Vice-Reis localiza-se na Velha Goa, Índia. Este monumento, em estilo maneirista, foi erguido entre os séculos XVI e XVII, na época do Estado Português da Índia.

Em 1597, o vice-rei D. Francisco da Gama ordenou a construção de um arco comemorativo, em homenagem ao centenário da chegada à Índia do seu bisavô, o navegante Vasco da Gama. A direção das obras é atribuída ao engenheiro-mor da Índia, Júlio Simão

No arco está escrito: "REINANDO ELREI D. PHELIPE 1º POS A CIDADE AQUI DOM VASCO DA GAMA 1º CONDE ALMIRANTE DESCOBRIDOR E CONQVISTADOR DA INDIA, SENDO VIZO‑REI O CONDE DOM FRANCISCO DA GAMA SEV BISNETO O ANO DE 97” e o nome do arquitecto é: "IVLIVS SIMON ING. MAG. INV."

Este arco fazia parte do sistema defensivo de Goa. O local do atual Arco era ocupado pela chamada "Porta do Cais", também referida como "Porta dos Armazéns", situada ao lado do Palácio dos Vice-Reis.

Em 1655 foi adicionado ao monumento uma placa comemorativa com um busto de João IV de Portugal. Em 1951 o Arco ruiu, vindo a ser reconstruído em 1954.

O Arco dos Vice-Reis é encimado por uma figura de Vasco da Gama do lado virado ao rio e duma imagem de Santa Catarina na fachada virada para terra, para além das placas que testemunham momentos chave da presença dos portugueses naquele território e louvores a figuras iminentes.

segunda-feira, abril 21, 2025

Bolo de Vinagre

Hoje é segunda-feira de Páscoa, no Alentejo e noutras regiões do país realizam-se Pic Nics comemorativos. Se quiser levar um bolo para um destes Pic Nics, deixo-lhe aqui uma receita encontrada no Facebook, que embora possa parecer estranha deve resultar num bolo muito bom. 

Ingredientes: 
8 ovos 
300 g de açúcar 
250 g de farinha com fermento 
2 colheres de sopa de vinagre
Para a Calda
500 ml de leite 
3 colheres de sopa de açúcar 
2 colheres de sopa de manteiga 
Raspa de um limão 

Preparação: 
Bater muito bem as gemas com o açúcar e o vinagre. Envolver a farinha e as claras em castelo. 
Colocar em forma untada e polvilhada de farinha. 
Levar ao forno pré aquecido a 180º C, durante 30 minutos 
Fazer o teste do palito.
 
Para a calda: 
Levar ao lume o leite, o açúcar, a manteiga e as raspas do limão. Deixar ferver 3 minutos. Depois do bolo estar pronto, colocar a calda em cima.
E agora bom apetite.

domingo, abril 20, 2025

A Paz Sem Vencedor e Sem Vencidos

 Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos deste seja um novo
Recomeço de esperança e de justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor paz que vos pedimos

A paz sem vencedor e sem vencidos

sábado, abril 19, 2025

Pudim de Ovos das Clarissas

Este pudim, à base de ovos, manteiga e açúcar, é uma receita das freiras do Convento de Santa Clara de Coimbra. 

O Mosteiro de Santa Clara de Coimbra, popularmente conhecido como Convento de Santa Clara-a-Velha, localiza-se na margem esquerda do rio Mondego, freguesia de Santa Clara e Castelo Viegas, na cidade, município e distrito de Coimbra, em Portugal. 

A grande quantidade de gemas empregue na sua confeção é, por si só, a confirmação de se tratar de um doce conventual.

Estamos quase a celebrar a Páscoa e o Pudim das Clarissas, como também é conhecido, é perfeito para compor uma mesa de festa. Com votos de uma Páscoa docinha aqui lhe deixo várias receitas do Pudim das Clarissas:

Ingredientes:
16 gemas
220 ml de água
25 g de manteiga à temperatura ambiente
500 g de açúcar

 Preparação:
Ligue o forno a 180º C.
Leve o açúcar e a água ao lume e deixe ferver cerca de 5 minutos até a calda atingir um ponto fraco.
Retire e deixe arrefecer.
Quando a calda estiver morna, junte as gemas, ligeiramente batidas, e a manteiga, misturando muito bem até obter um preparado cremoso e homogéneo.
Deite numa forma de chaminé untada e leve ao forno cerca de 50 minutos.
Deixe o pudim arrefecer e desenforme.

sexta-feira, abril 18, 2025

Luciano Pavarotti: Lucia di Lammemoor & L´Arlesiana

Ouça o tenor italiano Luciano Pavarotti em Lucia di Lammemoor & 

L´Arlesiana (Londres1982). 

Lucia di Lammermoor, é uma ópera em 3 atos de Gaetano Donizetti, com libreto de Salvatore Cammarano, baseada no romance "The Bride of Lammermoor" (A Noiva de Lammermoor), de Walter Scott. 

Juntamente com Don Pasquale L'elisir d'amore, é uma das óperas mais representadas de Donizetti na atualidade. A sua estreia ocorreu no Teatro San Carlo em setembro de 1835.


L'Arlesiana é uma ópera em três atos de Francesco Cilea com libreto italiano de Leopoldo Marenco. Foi originalmente escrito em quatro atos e foi apresentado pela primeira vez em novembro de 1897 no Teatro Lirico em Milão. Foi revista como uma ópera de três atos em 1898, e um prelúdio foi adicionado em 1937. É baseada numa história de Alphonse Daudet

L'Arlesiana é uma trágica história de amor, frustração e obsessão.

quinta-feira, abril 17, 2025

O Folar de Valpaços

 O folar era tradicionalmente confecionado na época da Páscoa. O clero recolhia o folar das famílias no Domingo de Páscoa, no denominado "Compasso ou visita Pascal". Hoje o folar está na mesa de todos os transmontanos sempre que há um casamento ou um batizado.

A primeira referência à receita com a designação de "Folar de Valpaços" surge, em 1959, no Livro de Pantagruel (Bertha Rosa Limpo, 1959), aparecendo posteriormente em várias publicações nacionais de culinária, destacando-se, entre elas, o livro Cozinha Tradicional Portuguesa, de Maria de Lurdes Modesto (1982). 

A reputação e utilização direta do nome "Folar de Valpaços" é referida por Virgílio Nogueiro Gomes, na sua obra "Transmontanices – Causas de Comer" (2010) e nas suas crónicas "Folares e a Páscoa" (2009) e "Cadernos de Receitas" (2012).  

Pra que não deixe de seguir a tradição aqui lhe deixo uma receita de Folar de Valpaços transmitida na Praça da Alegria da RTP.

Ingredientes:
Farinha – 1kg
Ovos – 10
Sal – 20g
Fermento de padeiro – 50g
Azeite – 120ml
Manteiga – 120g
Linguiça cortada – a gosto
Salpicão – a gosto
Presunto – a gosto
Toucinho – a gosto

Preparação:
Num recipiente junte o sal e os ovos e bata tudo.
Numa taça, dissolva o fermento com um pouco de água morna.
Adicione a farinha à mistura de sal e ovos. Junte depois os restantes ingredientes. Misture tudo e bata energicamente até formar uma bola de massa elástica.
Deixe essa bola de massa levedar até dobrar de tamanho e ganhar algumas bolhas.
Corte a massa levedada em porções. Estenda a massa, recheie com as carnes e enrole a massa.
Coloque a massa numa forna untada com manteiga e deixe a levedar por cerca de 30 a 40 minutos.
Por fim, leve ao forno pré-aquecido a 90ºC.

quarta-feira, abril 16, 2025

Stardust

 Hoje proponho-lhe que ouça Nat King Cole em Stardust.
Nat King Cole,  (1919 - 1965), foi um cantor e pianista de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. O apelido de "King Cole" veio de uma popular cantiga de roda inglesa conhecida como Old King Cole.

A Sua voz marcante imortalizou várias canções, como: "Mona Lisa", "Stardust", "Unforgettable", "Nature Boy", "Christmas Song", "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.
And now the purple dusk of twilight time
Steals across the meadows of my heart
High up in the sky the little stars climb
Always reminding me that we're apart

You wandered down the lane and far away
Leaving me a song that will not die
Love is now the stardust of yesterday
The music of the years gone by

Sometimes I wonder how I spend
The lonely night
Dreaming of a song
The melody haunts my reverie
And I am once again with you

When our love was new
And each kiss an inspiration
But that was long ago
And now my consolation
Is in the stardust of a song

Besides the garden wall
When stars are bright
You are in my arms
The nightingale tells his fairytale
Of paradise where roses grew

Though I dream in vain
In my heart it will remain
My stardust melody
A memory of love's refrain