sexta-feira, julho 26, 2024

A Amiga Genial

A Amiga Genial é um livro da escritora Elena FerranteDe acordo com o The New York Times Elena Ferrante é uma das grandes escritoras contemporâneas.

A Amiga Genial é o primeiro volume de uma série de romances em quatro partes conhecidos coletivamente como Romances Napolitanos, escritos pela autora italiana Elena Ferrante. Ele é sucedido por História do Novo Sobrenome, História de Quem Foge e de Quem Fica e História da Menina Perdida.

A Amiga Genial, de Elena Ferrante, foi considerado, recentemente, o melhor livro do século XXI. 

Com base num inquérito a que responderam 503 votantes, o jornal The New York Times divulgou os 100 melhores livros do novo milénio, cujo top ten inclui ainda Bolaño, Sebald ou Ishiguro.

Sinopse:
A Amiga Genial é a história de um encontro entre duas crianças de um bairro popular nos arredores de Nápoles e da sua amizade adolescente.
Elena conhece a sua amiga na primeira classe. Provêm ambas de famílias remediadas. O pai de Elena trabalha como porteiro na câmara municipal, o de Lila Cerullo é sapateiro.
Lila é bravia, sagaz, corajosa nas palavras e nas acções. Tem resposta pronta para tudo e age com uma determinação que a pacata e estudiosa Elena inveja.
Quando a desajeitada Lila se transforma numa adolescente que fascina os rapazes do bairro, Elena continua a procurar nela a sua inspiração.
O percurso de ambas separa-se quando, ao contrário de Lila, Elena continua os estudos liceais e Lila tem de lutar por si e pela sua família no bairro onde vive. Mas a sua amizade prossegue.
A Amiga Genial tem o andamento de uma grande narrativa popular, densa, veloz e desconcertante, ligeira e profunda, mostrando os conflitos familiares e amorosos numa sucessão de episódios que os leitores desejariam que nunca acabasse.

quinta-feira, julho 25, 2024

A Ameixoeira & As Suas Hortas

As freguesias da Charneca e Ameixoeira eram freguesias afastadas do centro da capital, fazendo parte da chamada "Região Saloia", que abastecia a cidade com os produtos das suas quintas e campos de cultivo, tendo permanecido lugares campestres até às primeiras décadas do século XX.
A Ameixoeira, com as suas quintas de recreio aristocráticas, casas campestres e clima ameno, era um local atrativo para as gentes de Lisboa. No século XIX, os lisboetas vinham para a Ameixoeira passar os meses de verão, alugando casas para o efeito. No início do século XX tornou-se o local favorito para repouso, de escritores, políticos e outras pessoas endinheiradas.
Das memórias destas épocas recuadas, restam os relatos das "idas às hortas", aos Domingos; da "espera de toiros" na Calçada de Carriche; e dos duelos em defesa da honra na Estrada Militar, ou na Azinhaga da Ameixoeira. Famoso nas duas freguesias era o "Vinho do Termo" que se cultivava, predominantemente, nas Quintas da Torrinha e da Mourisca, e que abastecia as tabernas e retiros da capital.
As hortas estão agora de novo na ordem do dia, destacando-se, para além do seu papel social, as suas vertentes recreativa e pedagógica. Sabia que as primeiras hortas urbanas formais da cidade de Lisboa surgiram no parque do Museu do Traje? E que há também hortas na Alta de Lisboa, em Benfica, em Telheiras, no Vale de Chelas (a maior horta urbana portuguesa) e nos Olivais, na Fábrica Braço de Prata?…

As hortas urbanas também se multiplicaram em Beja, Azambuja, Figueira da Foz, Coimbra, Porto, Braga e no Funchal, graças a múltiplas chamadas de atenção do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles que defendia a integração da ruralidade no interior da cidade sobretudo por razões históricas e culturais, referindo que foi a partir da agricultura que a cidade nasceu, assim como também valorizava o papel social destes espaços na subsistência dos agregados familiares de menores rendimentos.

"Aqui, neste vale (da Ameixoeira), onde ainda brota o liquido que irrigou ao longo de muito séculos hortas e pomares, vinhos e pastos que serviram de alimento a rebanhos da mais variada fauna do reino animal desde o velho forte da Ameixoeira até às entranhas do histórico Conselho de Santa Maria de Belém. Do conselho resta a história registada nos respectivos livros de memórias mas, as hortas poderão ser revividas para gáudio e satisfação a quem a elas queira aderir e dos visitantes".

O Parque Agrícola da Alta de Lisboa (PAAL), freguesia de Santa Clara (antigas Ameixoeira e Charneca), foi inaugurado em 2015, e é o primeiro Parque Agrícola de base comunitária, liderado pela Associação de Valorização Ambiental da Alta de Lisboa (AVAAL), um exemplo de envolvimento entre cidadãos e autarquias na definição de um novo modelo de gestão e participação no uso da estrutura ecológica.
A AVAAL – Associação para a Valorização Ambiental da Alta de Lisboa, é uma ONG de Ambiente, sendo a sua missão a "ecologia cívica", definida como o desenvolvimento social através da valorização ambiental em comunidades locais.
A 1ª fase do PAAL conta com uma área de cerca de 20.000 m2 e 100 hortelões instalados, e é já um espaço de referência na agricultura urbana comunitária nacional.
A 2ª fase previa a constituição de um espaço complementar à produção hortícola, sendo mais virada para a constituição de vinha, pomares, prados e matas, num todo de grande valor ecológico e social.

quarta-feira, julho 24, 2024

O Beco e a Rua dos Contrabandistas

O Beco dos Contrabandistas aparece assinalado em cartas de Lisboa desde 1856, não tendo sido encontrados registos anteriores a esta data. A proximidade de uma das portas da cidade, que serviam como fronteiras fiscais, ajudará a perceber a formação de um bairro dedicado ao contrabando, onde viviam os antigos contrabandistas de Lisboa.

Em 1887, por deliberação camarária publicada em Edital Municipal, foi atribuída a denominação de Rua dos Contrabandistas à artéria que se inicia junto do número 17 do Beco dos Contrabandistas (e termina na rampa das Necessidades), sendo esta também a sua designação anterior.

De 1959 até 2013 pertenceu à Freguesia dos Prazeres e, anteriormente, à Freguesia de Alcântara (antiga Freguesia de São Pedro de Alcântara). O Beco dos Contrabandistas situa-se, desde 2013, na Freguesia da Estrela, em Lisboa.

É uma parte de Lisboa conhecida por poucos turistas, mas é um lugar muito simpático. 

A Galeria dos Contrabandistas faz parte de uma fase de um projeto que corresponde à criação de uma galeria de arte urbana e pretende dar a conhecer o Beco dos Contrabandistas, em Lisboa.
Pretende ainda: Revitalizar o bairro, resgatando a cultura do lugar, a memória e o modo de vida dos seus moradores; Contribuir para promoção da preservação do património edificado e dos espaços públicos; e Combater a gentrificação do território.

terça-feira, julho 23, 2024

O Que Fazer em Lisboa?

Está a passar férias em Lisboa? Não sabe o que ver ou o que fazer nesta cidade, capital de Portugal?

Lisboa é uma das cidades mais bonitas e charmosas da Europa. É uma cidade com muito para ver e para fazer.

O vídeo de hoje (que faz parte de uma série), mostra-lhe em particular a Baixa de Lisboa (ou Baixa Pombalina), que é um dos principais cartões postais de Lisboa. 

Vai poder ver a Praça do Comércio, o Arco da rua Augusta, a rua Augusta, o elevador de Santa Justa, a praça do Rossio, a rua cor de rosa e o Mercado da Ribeira.

segunda-feira, julho 22, 2024

Cozinheiro dos Cozinheiros

Cozinheiro dos Cozinheiros é um livro impresso de gastronomia portuguesa (1870) escrito por  Paulo Plantier.

Paulo Henry Plantier (1840 - 1908), foi um fotógrafo, ourives e gastrónomo lisboeta. 

Fotógrafo amador, tinha uma postura diferente relativamente ao que se fazia então. Fazia retratos em que a cabeça enchia toda a imagem, utilizando chapas 18×24.  A partir de 1887 passou a expor as suas obras na montra da ourivesaria que tinha na Rua do Ouro, em Lisboa.

Montava as fotografias em todo o tipo de cartões e expunha-as entre duas ou três rosas, conjuntamente com as joias e as peças de ouro que vendia.

O "Cozinheiro dos Cozinheiros", é uma obra bastante rara, e curiosa, enriquecida com receitas inventadas por escritores e artistas conceituados em Portugal e no estrangeiro, no início do século XX, entre outros, como: A. A. Teixeira de Vasconcelos; António Batalha Reis; Alexandre Dumas (Pai); A. J. De Sousa Almada; A. J. Xavier Cordeiro; Alfredo Sarmento; Barão de Roussado; B. Martins da Silva; Brito Aranha; Bulhão Pato; C. Mariano Froes; Cândido Figueiredo; C. de Moura Cabral; Charles Monselet; Conde de Arnoso; Conde de Monsaraz; Coquelin Cadet; Eduardo Coelho; Eduardo Vidal; Fialho de Almeida; F. Gomes de Amorim; Fragoso; Gyp; Henrique Lopes de Mendonça; Henrique de Vasconcelos; J. I. De Araújo; Jayme Vítor; João da Cãmara; M. Henriques da Silva; M. Monteiro; Maximiliano de Azevedo; M. C. Ramalho Ortigão; Rangel de Lima; Rafael Bordalo Pinheiro; Saint-Simon; Severo dos Anjos e Visconde de Benalcanfor.

Fonte: "História da Fotografia", de Marie-Loup Sougez, (Dinalivro, Setembro de 2001, 1ª Edição) e aqui neste site.

domingo, julho 21, 2024

Dongtan: Uma Ecocidade

Dongtan será, quando construída, a primeira cidade ecologicamente sustentável do mundo.
Dongtan  – ou praia do leste – é o projeto de uma cidade ecológica, com a supervisão do arquiteto Alejandro Gutierrez, para ser construída na parte leste da ilha de Chongming, em Shangai na China. A ideia inicial era que a cidade fosse inaugurada na Exposição Mundial de 2010 em Shangai, mas a cidade não saiu ainda do papel.  O projeto urbanístico foi contratado em 2005 pela Companhia de Investimento Industrial de Shangai (SIIC), e pretendia ser a primeira de uma série de 4 cidades.

Com cerca de  750 km², num local onde a maior parte da terra ainda não foi urbanizada, ela deveria ser implantada ao longo do rio Yangtze, deixando-se 65% da ilha reservada para usos rurais e implantação de parques públicos. 
Em 2010 deveria ter sido construído um sistema formado por uma ponte e um túnel e também uma ampliação do metro que ligariam a ilha a Shangai e ao aeroporto internacional dessa cidade. 
O projeto previa ainda que, em 2020, Dongtan começaria a crescer ao longo dos corredores de transportes públicos na direção norte, mas mesmo assim mais da metade da ilha continuaria mantendo o uso rural ou de parques públicos. (Fonte: 2013).
Atualmente Dongtan parece enveredar por ser um bairro-jardim aos moldes britânicos, um lugar onde a população mais rica de Shangai poderá passar o final de semana. 
Parece que esta será a última ideia do que poderá vir a ser este local.
Dongtan (parte 2)

sábado, julho 20, 2024

Kozmic Blues

Assista a duas atuações de Janis Joplin interpretando ao vivo a canção Kozmic Blues. A primeira em 1970 no CNE Stadium, Toronto, no Canadá.

Time keeps moving on,
Friends they turn away, Lordy Lord.
Well, I keep moving on
But I never found out why
I keep pushing so hard a dream,
I keep trying to make it right
Through another lonely day.

Whoa — don't discover it lasts ...
Honey, time keeps a-moving on, hey yeah, yeah yeah.
Well, I'm twenty-five years older now
So I know it can't be right
And I'm no better baby and I can't help you no more
Than I did when I was just a girl. Yeah!

But it don't make no difference baby, no, no,
'Cause I know that I could always try.
There's a fire inside of everyone of us, huh-uh,
I'm gonna need it now,
I'm gonna hold it yeah,
I'm gonna use it till the day I die.

Don't, honey, don't you expect any answers, dear,
Ah, I know they don't come with age, no, no, no, no.
Hey, I ain't never gonna love you any better baby
'Cause I'm never gonna love you right
So you better take it now, I said right yes now, yeah.

But it don't make no difference baby, no, no,
'Cause I know that I could always try.
There's a fire inside of everyone of us, huh-uh,
I'm gonna need it now,
I'm gonna use it yeah,
I'm gonna hold it till the day I die.
Don't make no difference babe, no, no, no,
Honey, I hate to be the one.
I said you're gonna live your life
And you're gonna love, love, love your life.
I'm gonna need it now,
I'm gonna hold it yeah,
I'm gonna use it, say, whoa ...

Don't make no difference, baby, no, no, no,
Honey, I hate, I hate to be the one.
I said every time you're gonna wanna love somebody,
Every time you're gonna wanna need somebody,
You're gonna wanna turn around, I'm gonna be there.
No no no no no, no no no no no, no no no no.

When you're gonna put out your hand,
All your want is some kind of lovin' man,
He ain't gonna be there, I said, not here.
No no no no, no no no no, no no no no,
No no no, no no no, no no no no,
No no no no, whoa, whoa, whoa, whoa, whoa, whoa
Whoa, wah wah, whoa,
Whoa, whoa, whoa, whoa, whoa, whoa
Honey when I wanna reach out my hand
I said darling all I ever wanted
Was for you to understand me now — whoa
Ah baby, I wanna sing about me Lord, honey, every day yeah!

This is a song that demands audience participation. All you have to do is clap your hands, man. I know you can cope with it no matter how stoned you are, man. We are all gonna cope with it and we're all pretty stoned, too, man. Like that! I can't hardly hear you, man! — Yeah!

E agora a segunda interpretação.