A Paixão Segundo G.H. é um dos mais célebres romances da escritora brasileira Clarice Lispector.
A paixão segundo G.H. é um prodígio da imaginação e do engenho literário. Uma história tão inquietante quanto luminosa.
Sinopse: "Vida e morte foram minhas, e eu fui monstruosa. […] Durante as horas de perdição tive a coragem de não compor nem organizar. E sobretudo a de não prever. Até então eu não tivera a coragem de me deixar guiar pelo que não conheço e em direção ao que não conheço […]. Minhas previsões me fechavam o mundo." Conhecemo-la pelas enigmáticas iniciais - o nome, nunca chegaremos a descobrir. G.H., independente e segura das suas escolhas, é uma escultora bem relacionada nos círculos do Rio de Janeiro. Numa manhã igual a outras, o seu mundo vai expandir-se depois de se pulverizar. Primeiro, a sua empregada despede-se; em seguida, G.H. decide limpar o quarto que ela habitava: um espaço vazio e imaculado. É aí que acontece um encontro epifânico com uma barata que rasteja de dentro de um armário. Perante a visão do inseto, G.H. submerge num questionamento existencial agudo, rasga fronteiras, põe em causa o seu lugar no universo e, num sentido mais extremo, a sua própria humanidade.
Tendo como núcleo uma experiência-limite e como clímax um episódio chocante, A paixão segundo G.H. é o teatro anatómico da condição humana: disseca pulsões primordiais (desejo, medo, transgressão), ao mesmo tempo que convida o leitor à travessia de um mundo oculto. Depois da descida ao inferno, e por entre as ruínas daquilo em que antes acreditava, irrompe, afinal, o gesto humano mais elementar: o combate pela vida.
Eduardo Galeano (1940 - 2015) foi um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de 40 livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. As suas obras transcendem géneros literários ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História. Galeano é considerado um dos principais expoentes do Antiamericanismo e Anticapitalismo na América Latina no Século XX.
Se tiver 10 minutos, veja até ao fim, o depoimento (legendado em português) deEduardo Galeano, na Praça Catalunya, em 24/05/11. porque vale a pena.
Com os votos de continuação de Boas Festas proponho-lhe que ouça Rod Stewart em Red-Suited Super Man (ao vivo).
Oh, yeah Listen!
The tree is ready and the stockings are all hung The fire is blazing and the carols are all sung Everybody's waiting for a miracle So Santa bring some joy to us all
It's the season to leave our troubles behind How amazing if the world was giving and kind It might be crazy, it might take a miracle Santa bring some peace to us all
If anyone can do it, it's Santa who can He's a red suited super superman He knows everybody, got a list with all our names And he rocks the whole world in that old fashioned sleigh
Come over here baby, let's watch the snow fall (watch the snow fall) Check out the North star, didn't it start it all? It's still shinin', that's a miracle So Santa bring some hope to us all Bring us some hope, santa Ah, yeah
He's a red suited super superman And he rocks the whole world in that old fashioned sleigh
I look around me, what else could I need? All my friends and family, so I gotta believe Life is a blessing for every boy and girl So Santa bring some love to us all
I said Santa bring some love to us all I mean Santa! (Santa) I said Santa! Bring some love to us all
Oh bring us, bring us Just a little peace and love on this earth I know, I know, I know, I know
Santa bring some love to us all Santa bring some love to us all Santa, Santa, I believe in Santa, oh yes I do, oh yes I do (Peace, peace) Santa bring some love to us all (Peace, peace) Santa bring some love to us all (Peace, peace) Santa bring some love to us all
Eu vinha, pé ante pé, em busca da pequena porta que dava acesso aos mistérios da noite, daquela noite em particular, por ser a mais terna de todas as noites que a minha memória era capaz de guardar, com letras e sons, no seu bojo de coisas imateriais e imperecíveis. Tinha comigo os cães e os retratos dos mortos, a lembrança de outras noites e de outros dias, os brinquedos cansados da solidão dos quartos, os cadernos invadidos pelos saberes inúteis. E todos me diziam que era ainda muito cedo, porque a meia-noite morava já dentro do sono, no território dos anjos e dos outros seres alados, hora inatingível a clamar pela nossa paciência, meninos hirtos de olhos fixos na claridade enganadora de uma árvore sem nome.
Depois, o meu pai morreu e as minhas ilusões também. Tudo se tornou gélido, esquivo e distante como a tristeza de um fantasma confrontado com a beleza da vida para sempre perdida. Deixaram de me dar presentes e de dizer que era o Menino Jesus que os trazia para premiar a minha grandeza de alma, o meu desejo de ser bom para os outros. Passei a escrever sobre tudo isso, sofregamente, só para não ter de escrever sobre a saudade que esse tempo fugidio deixou em mim.
A árvore mirrou de frio num canto da sala, os presentes apodreceram no sótão da casa, juntamente com os doces da Consoada que ninguém teve vontade de comer, nem mesmo os mais gulosos como eu. Um homem de muita idade bateu-me à porta e depositou-me nas mãos um pequeno embrulho: «Eis o teu presente de Natal» — disse-me. Abri-o e vi um livro onde se contava toda a minha vida desde o primeiro Natal de que conseguia lembrar-me, tudo o mais esquecendo. Ali estava eu de pé, muito quieto, junto da árvore, à espera que alguém me viesse dizer que o céu era pródigo em revelações e dádivas. Era para lá que eu sonhava ir quando morresse.
Quando Dezembro se aproximar do fim, lançarei pétalas ao vento como se tentasse semear o perfume do que fui enquanto acreditei. Talvez o homem volte com outro embrulho secreto, só para me dizer que esse é o livro que ainda me falta escrever. Então, juntarei os amigos, os filhos e os netos numa roda de luz à minha volta e direi do Natal o que os antigos diziam dos heróis e dos deuses: foi à sombra deles que nos fizemos homens. Quando eu partir de vez, lembrem ao menos a ternura do meu sorriso de menino quando a meia-noite soava no relógio da sala e eu acreditava ainda que a felicidade era possível. José Jorge Letria - "Natal"
Iavnana é um género de música popular georgiana, tradicionalmente destinado a ser uma canção de embalar. Mas, historicamente, as canções são cantadas também como cura para as crianças doentes. Algumas das letras de Iavnana são, no entanto, de caráter didático ou heroico.
O nome deste género musical vem do seu refrão iavnana (ou iavnaninao, nana naninao, etc), que contém a palavra nana (ნანა), supostamente derivado do nome de uma deusa mãe pagã.
Mais de sessenta versões de "Iavnanas" foram gravadas. A maioria dessas canções de embalar são cantadas diretamente para as crianças e em grande parte estão preservadas na Geórgia moderna.
Proponho-lhe que ouça agora uma música Iavnana (იავნანა) da Geórgia, que segundo a tradição cristã, seria uma canção de embalar que a Virgem Maria cantava ao Menino Jesus!
Se quiser saber como o conhecimento desta canção chegou ao grupo coral católico Harpa Dei quea decidiu interpretar, basta clicar aqui.
" El Burrito de Belén " ou " El Burrito Sabanero" é uma canção de Natal da Venezuela. Foi escrito por Hugo Blancopara o Natal de 1972. A música foi gravada pela primeira vez pelo cantor folk venezuelano Simón Díaz, e incluída no seu disco Las Gaitas de Simon onde foi acompanhado pelo Coro Infantil Venezuelano. Posteriormente, o grupo musical infantil La Rondallita gravou a música em novembro de 1972. Esta última versão ganhou popularidade na América Latina. Desde então, foi gravado muitas vezes por artistas populares. No vídeo abaixo ouça a interpretação desta canção pelo Grupo da Casa do Povo da Calheta (Madeira).
Con mi burrito sabanero, voy camino de Belén Con mi burrito sabanero, voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
El lucerito mañanero ilumina mi sendero El lucerito mañanero ilumina mi sendero Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Con mi cuatrico voy cantando, mi burrito va trotando Con mi cuatrico voy cantando, mi burrito va trotando Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Tuki tuki tuki tuki Tuki tuki tuki ta Apúrate, mi burrito Que ya vamos a llegar
Tuki tuki tuki tuki Tuki tuki tuki tu Apúrate mi burrito Vamos a ver a Jesús
Con mi burrito sabanero, voy camino de Belén Con mi burrito sabanero, voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
El lucerito mañanero ilumina mi sendero El lucerito mañanero ilumina mi sendero Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Con mi cuatrico voy cantando, mi burrito va trotando Con mi cuatrico voy cantando, mi burrito va trotando Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Tuki tuki tuki tuki Tuki tuki tuki ta Apúrate, mi burrito Que ya vamos a llegar
Tuki tuki tuki tuki Tuki tuki tuki tu Apúrate mi burrito Vamos a ver a Jesús
Con mi burrito sabanero, voy camino de Belén Con mi burrito sabanero, voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Si me ven, si me ven Voy camino de Belén Si me ven, si me ven Voy camino de Belén
Tuki tuki tuki tuki Tuki tuki tuki ta Apúrate, mi burrito Que ya vamos a llegar
Tuki tuki tuki tuki Tuki tuki tuki tu Apúrate mi burrito Vamos a ver a Jesús
O Natal na Venezuela é, no geral, semelhante ao de muitos outros países da América Latina, mantendo um significado profundamente religioso.
É de salientar, também, que de 16 a 24 de Dezembro os venezuelanos vão à missa de manhã. Esta é uma missa especial designada por Misa de Aguinaldo. Depois de cada missa são servidos os tostados (que podem comer-se tostados na chapa ou fritos, e são tradicionais da Colômbia e da Venezuela), acompanhados de café.
Sabia que em Portugal, mais propriamente na Madeira, também se celebra a Missa de Aguinaldo (para saber mais não deixe de abrir o link acima).
Este costume das Missas de Natal mostra a sobrevivência de formas de evangelizar dos tempos coloniais.
A véspera e o dia de Natal são celebrados em família, sendo preparadas muitas iguarias.
Na época natalícia, na Venezuela, sempre se ouviram os Aguinaldos.
Mas, o que são os Aguinaldos? O Aguinaldo é um estilo musical, adaptado aos instrumentos próprios de cada região, que foi trazido pelos espanhóis, mantendo-se ainda hoje como tradição do Natal na Venezuela. Antigamente, os aguinalderos costumavam cantar as suas serenatas pelas ruas e eram na sua maioria estudantes.
A palavra aguinaldo tem vários significados: prenda que se dá no Natal ou na festa da Epifania; a espera na época do Natal ou a espera pela festa dos Reis Magos.
A etimologia da palavra aguinaldos, poderá segundo algumas pessoas vir do francês "aguiland" , ou seja, o presente que geralmente é feito pelo Natal ou Ano Novo.
A música de aguinaldos permanece até hoje na Venezuela e faz parte do Natal.
Ouça Betulio Medina em "Aguinaldos Venezolanos" (Maracaibo 15).
E agora um mix de Aguinaldos Venezolanos - La Terraza en Cover - Música Navideña Venezolana.
Com votos de um Santo Natal proponho-lhe que ouça Brenda Lee em Rockin' Around The Christmas Tree.
Brenda Lee (1944) é uma cantora norte-americana de rockabilly, pop e country. Obteve sucesso com trinta e sete canções durante a década de 1960 nos Estados Unidos, um número superado apenas por Elvis Presley, Beatles, Ray Charles e Connie Francis.
A artista é mais conhecida pelos hits "I'm Sorry" e "Rockin' Around the Christmas Tree", esta última tornou-se uma canção tradicional de Natal. Foi uma das primeiras cantoras pop a ter uma importante carreira contemporânea internacional.