sábado, novembro 17, 2018

Portugueses no Sri Lanka

Burgueses Portugueses
 Muitos séculos antes da chegada dos portugueses à ilha de Ceilão, que hoje se chama Sri Lanka, esta já era conhecida dos europeus da Antiguidade sob o nome de Taprobana. É este o nome que Luís de Camões lhe chama logo no início de "Os Lusíadas".
O Ceilão Português, era um território Português no atual Sri Lanka (de 1505 a 1658).
Os portugueses encontraram primeiramente o Reino de Kotte, com quem assinaram um tratado. O Ceilão Português foi estabelecido através da ocupação de Kotte e a conquista de reinos circundantes. Em 1565 a capital do Ceilão Português foi transferida de Kotte para Colombo. A introdução do cristianismo pelos portugueses deu origem a atritos com o povo cingalês.
Provavelmente os cingaleses procuraram ajuda da Holanda na sua luta pela libertação da Igreja Católica. O Império Holandês, calvinista e anti-católico, inicialmente assinou um acordo com o Reino de Kandy.
Após a crise da economia ibérica, em 1627, com a Guerra Luso-Holandesa os portugueses perderam algumas colónias asiáticas, conquistadas pelos holandeses. Foi este o destino dos territórios cingaleses de Portugal, ocupados então pela Holanda. Houve muitos mártires católicos.
Apesar do decurso da história, ainda há elementos da cultura portuguesa no Sri Lanka, datando do período colonial.
Mapa Português do Ceilão
No Sri Lanka há, então, uma comunidade de luso-descendentes que a maioria de nós desconhece. A sua existência só é conhecida por alguns académicos.
Têm a sua própria língua a que chamam "português do Sri Lanka" e foram o sinal da paz durante a guerra civil que assolou aquele país. É preciso salientar que o próprio General que fez cessar o conflito se chama Sarath Fonseka.
Burghers (burgueses) é a designação genérica usada no Sri Lanka para nomear os cidadãos de ascendência mista europeia (portuguesa, holandesa, inglesa, etc.) e oriental (cingalesa, tamil, malaia, etc.) que conservam costumes e tradições de origem europeia à mistura com costumes e tradições de origem local.
De entre os burgueses do Sri Lanka há a distinguir, sobretudo, duas comunidades:

  •  Os burgueses holandeses, frutos da colonização holandesa e inglesa da ilha, que são protestantes presbiterianos, falam inglês, vivem sobretudo na capital do país, Colombo, e nos últimos 40 anos têm emigrado em massa, sobretudo para a Austrália;
  • Os burgueses portugueses, predominantemente resultantes da união entre portugueses e habitantes locais, que seguem a religião católica, falam (cada vez menos) um crioulo indo-português e vivem predominantemente na costa oriental da ilha, sobretudo nas cidades de Batecalou (Batticaloa) e Trinquemale (Trincomalee).

Esta comunidade de burgueses portugueses com um grande sentido de lusitanidade, pretende dar a conhecer a Portugal algumas facetas da sua cultura.
Se quiser ficar a saber um pouco mais sobre estes lusodescendentes clique aqui e entretanto partilhe este post.

sexta-feira, novembro 16, 2018

Don't Lie to Me

Oiça a cantora americana Barbra Streisand em Don't Lie to Me (Vídeo), do seu novo álbum WALLS. A letra da música e a realização do vídeo são de Barbra Streisand. 
Barbara Streisand, (1942), é uma cantora, compositora, atriz, realizadora e produtora cinematográfica norte-americana, de origem judaica, vencedora de 2 Oscars, tendo sido indicada para mais três estatuetas. Bárbara divide com Cher o facto de ter sido premiada com o Oscar de Melhor Atriz e também de ter um single  no Hot 100 da Billboard.

quinta-feira, novembro 15, 2018

Os Ratinhos e a Faiança Ratinho

Em Portugal por necessidades económicas ou outras, a movimentação da população nem sempre foi feita para o exterior. Até meados da década de 60 do século XX, realizavam-se migrações que eram temporárias ou sazonais e dentro do país. Do Norte mais povoado, do centro litoral e do interior pobre, muitas movimentações se produziram ao longo dos tempos. Grandes grupos ficaram conhecidos por várias designações e alguns foram imortalizados em livros da autoria do escritor Alves Redol.
Para as ceifas do Alentejo e apanha da azeitona, todos os anos se deslocavam os "ratinhos" vindos das regiões montanhosas das Beiras. Para o mesmo trabalho vinha gente do barrocal e serras algarvias, eram os "algarvios".
Estes trabalhadores agrícolas realizavam, então, um movimento sazonal antiquíssimo, pois o termo aparece já na obra de Gil Vicente. 
Com o tempo o termo "ratinho", tornou-se sinónimo de rústico, plebeu e acabou também por designar uma faiança grosseira feita em oficinas populares de Coimbra, em oposição à faiança fina produzida por Domingos Vandelli, naquela mesma cidade.
Neste último caso, o termo "Ratinho", não designa uma fábrica ou uma oficina, mas sim um tipo de faiança rústica fabricada em Coimbra, entre o segundo terço do século XIX até às primeiras décadas do século XX.
Hoje, com o gosto formado na arte contemporânea, temos capacidade para admirar as formas quase abstractas desta loiça e o que no passado parecia grosseiro e "ratinho", parece-nos actualmente ingénuo, espontâneo e cheio de beleza.
A beleza ingénua desta faiança de Coimbra, atrai hoje os antiquários e coleccionadores e evoca a arte do Islão.

quarta-feira, novembro 14, 2018

Oito Árvores Incríveis

Elas podem ser enormes, ter formatos bizarros e viver milhares de anos. Conheça algumas árvores incríveis que estão espalhadas pelo mundo.

1 - O Baobá é a árvore símbolo de vários países africanos, entre eles Madagascar e Senegal. Chega a alcançar 30 metros de altura e tem a capacidade de armazenar grandes quantidades de água dentro do tronco.


2 - O Angel-Oak-Quercus (ou Carvalho dos Anjos) é uma espécie de carvalho nativa dos Estados Unidos.
Os carvalhos são conhecidos não por serem altos, mas por terem copas gigantescas.
O Angel tem uma altura de 22 metros, uma circunferência de tronco de quase 20 metros, e a copa cobre 450m² de terreno. Os galhos são tão grandes (o maior tem 27m), que encostam no chão para depois subir de novo. Para sustentá-los foram colocados cabos de aço e apoios. A sua copa imensa lembra a aura de um anjo, por isso seu nome.
O da foto fica na Carolina do Sul e pode ter até 1.500 anos!

3 - A Dracaena cinnabari (ou Árvore Sangue de Dragão) é uma espécie nativa de Socotorá, um pequeno arquipélago, próximo do Iémen, que fica no Oceano Índico.




4 - A Figueira de Bengala é típica do Bangladesh, Índia e do Sri Lanka. As raízes podem crescer tanto que se tornam parecidas com o tronco principal.




5 - O pinheiro ao lado é bastante comum nos Estados Unidos e no Canadá.  Uma árvore destas pode viver até 5 mil anos pelo que estes pinheiros estão lá há muito tempo!


6 - Esta árvore é comum nas partes mais frias dos Estados Unidos. Mais do que a beleza das folhas, o que espanta mesmo está debaixo da terra. É que no estado norte-americano de Utah, incontáveis dessas árvores dividem as mesmas raízes, sendo portanto o mesmo organismo e o mais pesado do planeta, com cerca de 6 mil toneladas.


7 - O Pinheiro da Escócia, também conhecido como Pinheiro Silvestre, é muito utilizado no fabrico de móveis. Este pinheiro pode atingir cerca de 40 metros de altura.




8 - Uma das mais famosas árvores desta lista, a Sequoia Gigante é a maior árvore do planeta. Ela pode chegar perto dos 100 metros de altura e viver milhares de anos.

terça-feira, novembro 13, 2018

Amêijoas à Bulhão Pato

As Amêijoas à Bulhão Pato, prato típico da cozinha portuguesa têm a sua origem na região de Estremadura.

O nome deste petisco é uma homenagem ao poeta, intelectual e gastrónomo português Bulhão Pato (1829 - 1912).
Bulhão Pato era um amante da caça e da gastronomia como provam alguns dos seus textos.

A receita das Amêijoas à Bulhão Pato não foi invenção dele, mas, de um cozinheiro que pôs o seu nome a esta receita, como homenagem aos elogios feitos pelo poeta às suas criações culinárias e por ser um grande entusiasta deste prato.

As Amêijoas à Bulhão Pato são um petisco muito comum em marisqueiras e cervejarias portuguesas tal como a salada de polvo e a salada de ovas.

Deixo-lhe agora uma receita das Amêijoas à Bulhão Pato para que as possa experimentar sem sair de casa.

Ingredientes: 
(4 pessoas)

1 kg de Amêijoas vivas
2 dentes de alho picados
2 colheres de sopa de azeite
1 limão
1 raminho de coentros picado
sal q.b.
* Nalgumas receitas sugere-se que se adicionem: cebola e 3 colheres de sopa de vinho branco.

Preparação:
Cobrir as amêijoas com água salgada durante 2 horas para as limpar.
Num tacho, aquecer o azeite  com o alho. Juntar as amêijoas e os coentros.
Tapar e mexer de quando em vez.  Terminar a cozedura mal as amêijoas estejam todas abertas.
Antes de servir regar com sumo de limão.

E fica pronto este delicioso prato que sem dúvida vai deleitar os paladares mais requintados.

segunda-feira, novembro 12, 2018

Tua




Oiça Liniker e os Caramelows em Tua (Ao Vivo na RTP).
Liniker (1995) é vocalista da banda braileira Liniker e os Caramelows. Também compõe e canta músicas de género soul e black music.
O projeto musical que desenvolve traduz a blackmusic e o soul para uma linguagem contemporânea brasileira, com composições autorais, trazendo como tema central as relações com pessoas e com o mundo.

domingo, novembro 11, 2018

Como Cozer Castanhas?

O post de hoje, Dia de S. Martinho, é dedicado a todos quantos apreciam castanhas.
O São Martinho festeja-se na época do ano marcada pela colheita da castanha (outubro, novembro e dezembro) por isso, é normal que nos magustos acompanhe a jeropiga e a água-pé!
As castanhas são boas de qualquer maneira: piladas, assadas e quentinhas, numa sopa, em licor, em sobremesas doces, em puré ou, simplesmente cozidas.
Se não sabe como as cozer, não deixe de ver o vídeo abaixo e, aprenda três formas diferentes e práticas de as cozinhar.
Não perca esta oportunidade.
Vale mesmo a pena.