sábado, setembro 14, 2024

Amor é Síntese

Composition VII - Wassily Kandinsky
 Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu…

Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.

sexta-feira, setembro 13, 2024

A Chinoiserie

"Chinoiserie" é uma palavra francesa que significa a imitação ou evocação dos estilos chineses na arte ou na arquitetura ocidentais. O termo é aplicado particularmente à arte do século XVIII, quando desenhos pseudochineses de inspiração fantástica e extravagante combinavam bem com o estilo rococó que dominava na época. 

Os europeus, nomeadamente ingleses e franceses, ficaram fascinados pela natureza exótica de produtos de luxo, como porcelana, seda e laca, que chegavam à Europa a partir do Leste Asiático desde o início do século XVI. Essas importações estimularam os designers rococós de meados do século XVIII a imitar e a adaptar motivos e ornamentos orientais para uma ampla variedade de objetos. Eles não distinguiam entre o que era chinês, japonês ou indiano, mas combinavam motivos para criar um mundo de fantasia exótico.

A Chinoiserie, é caracterizada por uma série de motivos que ocorrem com frequência. Na Grã-Bretanha do século XVIII, a China parecia um lugar misterioso e distante. Embora o comércio entre os dois países tenha aumentado ao longo dos séculos XVII e XVIII, o acesso à China ainda era restrito e havia poucas experiências em primeira mão do país. A Chinoiserie baseou-se nesses preconceitos exóticos e misteriosos. Os objetos apresentavam paisagens fantásticas com pavilhões fantasiosos, linhas amplas dos telhados de pagodes chineses, pássaros fabulosos e figuras em roupas chinesas. Às vezes, essas figuras eram copiadas diretamente de objetos chineses, mas, mais frequentemente, elas tinham origem na imaginação do designer. Bestas míticas, como dragões, também se tornaram um motivo comum da Chinoiserie, evocando tudo o que era estranho e maravilhoso sobre o Oriente.

Este estilo fantasioso, que atingiu o seu auge na Grã-Bretanha, de 1750 a 1765, dependia mais da imaginação do designer e do artesão do que de retratar com precisão motivos e ornamentos orientais.

O interesse pela Chinoiserie, embora não fosse universalmente popular, continuou nos séculos XIX e XX, mas declinou em popularidade após a Primeira Guerra do Ópio de 1839 - 42 entre a Grã-Bretanha e a China. A China fechou, em seguida, as suas portas para as exportações e importações e, para muitas pessoas, a chinoiserie tornou-se assim, uma moda do passado.

quinta-feira, setembro 12, 2024

A Gastronomia na Roma Antiga

Na Roma Antiga, a culinária consistia sobretudo em vegetais, pão e frutas. Os romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo, romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas. O prato típico era uma papa feita de água com cevada. Uma versão mais sofisticada levava vinho e miolos de animais. Somente os ricos comiam carne, geralmente de carneiro, burro, porco, ganso, pato ou pombo. Os romanos alimentavam os porcos com figos para que a sua carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. Faziam o mesmo com os frangos, alimentando-os com anis e outras especiarias. A maior parte da alimentação era produzida localmente com exceção dos cereais que eram provenientes do Egito, a pimenta da Índia e as tâmaras do Norte da África.

A culinária da Roma Antiga fazia um uso generoso de condimentos e molhos (o garum). Os principais condimentos utilizados na preparação das refeições eram a pimenta, os cominhos, os orégãos, a salsa e até mesmo o mel.

As principais refeições do dia a dia dos romanos eram: o Jentaculum (pouco tempo depois de se levantarem); o Prandium (que era tomada de pé por volta do meio-dia) e a Cena (que era a principal refeição do dia e se iniciava cerca das quatro horas da tarde). Esta última refeição dividia-se em três partes: gustatio (ou gustus ou promulsio - composto por uma série de aperitivos), a prima mensa (composta por vegetais e carnes) e a secunda mensa (consistia na sobremesa, na qual se serviam frutas ou bolos). 

Como é que se sabe isto tudo?

Através de fontes escritas, da arte e da arqueologia.

Estas fontes incluem os textos de autores como Énio, Plauto, Horácio, Virgílio, Aulo Pérsio Flaco, Petrónio e Plínio o Novo. No campo das fontes escritas técnicas estão como a obra De re rustica de Marco Terêncio Varrão, a De agricultura de Marco Pórcio Catão, os textos de Columela, para além da compilação de receitas De re coquinaria de Apício.

A arte fornece dados que são expressos através dos mosaicos, frescos, pinturas e na cerâmica. Registe-se ainda as informações arqueológicas presentes em restos de alimentos encontrados em túmulos, em acampamentos militares ou no estômago de múmias.

quarta-feira, setembro 11, 2024

Os Caderninhos de Baile

Os Caderninhos de Baile ou de Dança ("carnet de dance", "carnet de bal", "Dance Cards" ou "Tanzkarte") eram uma espécie de caderninhos com um lápis e uma corrente que os prendia ao pulso da senhora ou menina.

Estes caderninhos, cartões de dança ou programas de baile, eram usados para as damas registarem os nomes dos cavalheiros com quem pretendiam dançar em cada dança sucessiva num baile formal, ou seja, eram um acessório feminino fundamental na sua vida social.

Nenhuma menina ou senhora que se prezasse deixava de se fazer acompanhar do seu "carnet" nos bailes românticos do séc. XIX. Nele anotava de forma ordenada o nome dos cavalheiros que lhe pediam a honra de uma dança. E alterar a ordem de inscrição era considerado uma ofensa grave para aquele que era ultrapassado.

O programa contendo as valsas e as polcas que seriam tocadas era divulgado antes do baile. Assim,  os homens sabiam de antemão que música requisitar à sua favorita. 


Os Caderninhos de Baile mais luxuosos eram feitos de materiais nobres como o marfim, a madrepérola, a tartaruga, o ouro ou a prata, e eram decorados com pedras preciosas (diamantes, rubis, etc). 

Se quiser ficar a conhecer algumas destas preciosidades não deixe de clicar aqui.


terça-feira, setembro 10, 2024

Chabuca Granda

Espero que aprecie este tributo prestado à compositora peruana Chabuca Granda (1920 - 1983) no ano do centenário do seu nascimento. 
Chabuca Granda foi uma cantora e compositora peruana. Chabuca foi a mais importante cantora e compositora da música folclórica peruana. É conhecida através da canção La Flor de la Canela. A sua canção Fina Estampa foi tema da telenovela brasileira Fina Estampa, exibida em vários países.
Aqui lhe deixo, então, "Chabuca Limeña" de Manuel Alejandro, na voz de vários artistas de diferentes países (Sonidos del Mundo).

segunda-feira, setembro 09, 2024

Trail Reide

Trail Ride (1982) é uma obra do artista plástico Norte- Americano William Hawkins.

William L. Hawkins (1895 - 1990) foi um artista folk americano cujo trabalho começou a receber reconhecimento na década de 80 do século XX. 

Hawkins usava, frequentemente, uma grande variedade de materiais, incluindo materiais descartados, para criar as suas pinturas.

As obras de Hawkins foram expostas em instituições como o Smithsonian American Art Museum, o American Folk Art Museum na cidade de Nova York e o Mingei International Museum de San Diego.

Uma grande retrospectiva das pinturas de Hawkins foi organizada em 2018 pelo Museu de Arte de Columbus, o Museu de Arte Figge em Davenport, Iowa. 

domingo, setembro 08, 2024

A Criada

A Criada é um livro da escritora norte-americana Freida McFadden.

Sinopse:

Por trás de cada porta, ela consegue ver tudo. "Bem-vinda à família", diz Nina Winchester enquanto me cumprimenta com a sua mão elegante e bem cuidada. Sorrio educadamente e olho para o longo corredor de mármore.

Este emprego caiu-me do céu. Talvez seja a minha última oportunidade para mudar de vida. E o melhor de tudo é que aqui ninguém sabe nada acerca do meu passado. Posso esconder-me e fingir ser aquilo que eu quiser. Infelizmente, não tardo a descobrir que os segredos dos Winchester são muito mais perigosos do que os meus…
Todos os dias limpo a bela casa dos Winchester de cima a baixo, vou buscar a filha deles à escola e cozinho uma deliciosa refeição para toda a família antes de subir e comer sozinha no meu quarto minúsculo no sótão.
Tento ignorar a forma como Nina gera o caos só para me ver limpar. Como conta histórias inverosímeis sobre a filha. E como o seu marido, Andrew, parece cada dia mais destroçado. Quando o vejo, e àqueles belos olhos castanhos tão tristes, é difícil não me imaginar no lugar de Nina. Com o marido perfeito, a roupa chique, o carro de luxo. Um dia, experimentei um dos seus vestidos só para ver como me ficava. Mas ela percebeu... e foi aí que descobri porque é que a porta do meu quarto só trancava pelo lado de fora...
Se sair desta casa, será algemada.
Devia ter fugido enquanto podia. Agora, a minha oportunidade desapareceu. Agora que os polícias estão na casa e descobriram o que está no andar de cima, não há volta atrás.
Estão a cerca de cinco segundos de me ler os direitos. Não sei muito bem porque não o fizeram ainda. Talvez esperem induzir-me a dizer-lhes algo que não devia.
Boa sorte com isso.
O polícia com o cabelo preto raiado de grisalho está sentado ao meu lado no sofá. Muda a posição do seu corpo entroncado sobre o cabedal italiano cor de caramelo queimado. Pergunto-me que tipo de sofá terá em casa. Não um, certamente, com um preço de cinco dígitos como este. Provavelmente de uma cor foleira como laranja, coberto de pelo de animais de estimação e com mais do que um rasgão nas costuras. Pergunto-me se estará a pensar no seu sofá em casa e a desejar ter um como este. Ou, mais provavelmente, está a pensar no cadáver lá em cima no sótão.

Críticas De Imprensa
"A Criada de Freida McFadden é uma daquelas obras fantásticas que, nos próximos anos, vou elogiar e recomendar a qualquer pessoa que queira ler um thriller incrível. É, claramente, um dos melhores livros do ano!"- Goodreads