sábado, dezembro 29, 2018

Running Away

Oiça Bob Marley em Running Away (ao vivo no Festival da Unidade de Amandla em 1979).
[Chorus]
You running and you running
And you running away
But you can't run away from yourself

[Verse 1]
You must have done (must have done)
Something wrong (something wrong)
Said: you must have done (must have done)
Wo! Something wrong (something wrong)
Why you can't find the
Place where you belong?

[Verse 2]
Every man thinking his
Burden is the heaviest (heaviest)
Every man thinking his
Burden is the heaviest (heaviest)
You still mean it: Who feels it knows it, Lord
Who feels it knows it, Lord
Who feels it knows it, Lord
Who feels it knows it, Lord

[Chorus]

Yeah-eah-eah-eah - from yourself

[Verse 3]
Brr - you must have done something
Something - something - something
Something you don't want nobody to know about
You must have, Lord - something wrong
What you must have done - you must have done something wrong
Why you can't find where you belong?

[Verse 4]
Well, well, well, well, ya running away, heh, no -
You running away, ooh, no, no, no
I am not (running away), no, don't say that - don't say that
Because (running away) I am not running away, ooh! (running away)
I have got to protect my life, (running away)
And I don't want to live with no strife. (running away)
It is better to live on the housetop (running away)
Than to live in a house full of confusion. (running away)
So, I made my decision and I left you (running away)
Now you coming to tell me (running away)
That I'm running away (running away)
But it's not true (running away)
I am not running away (running away)

sexta-feira, dezembro 28, 2018

Camaradas e Camarados

Não deixe de ler a crónica de David Martelo (22 de Novembro de 2018) que me chegou via email.
Não perca. Olhe que vale mesmo a pena.

"Durante a Convenção do Bloco de Esquerda, o deputado Pedro Filipe Soares iniciou a sua
intervenção com o seguinte vocativo: “Camaradas e Camarados”. A expressão causou algum
espanto e não poucos sorrisos, mas não demorou muito tempo a percebermos que, para além de
se não tratar de um lapso, estávamos no limiar de um novo cenário civilizacional. Em artigo
publicado no jornal Público de 20 de Novembro, Pedro Filipe Soares justifica a originalidade
da expressão argumentando que “o modelo patriarcal e machista de sociedade modela os
idiomas”.
Depois das consolidadas críticas ao “politicamente correcto”, está aberta a caça ao
“gramaticalmente correcto”.
Habituados aos termos camarada e camaradagem, é altura de os militares se irem preparando
para as necessárias mudanças no dispositivo.
Assim – começando pelo princípio – passará a haver recrutas e recrutos, soldados e soldadas.
Não se riam!
Na instrução, as recrutas armar-se-ão de espingarda e os recrutos de espingardo. A primeira
poderá ter baioneta calada e o segundo baioneto calado. Elas terão uma mochila e eles um
mochilo. Eles segurarão os calços com um cinto e elas segurarão as calças com uma cinta. Na
cabeça usarão boina ou boino.
Quando forem para o campo, os recrutos montarão bivaco e as recrutas montarão bivaca. No
quartel, as recrutas dormirão numa caserna e os recrutos num caserno. Eles irão comer ao
refeitório e elas à refeitória.
Para começar o dia, haverá dois toques: o de alvorada e o de alvorado. Há noite, do mesmo
modo, haverá toque de silêncio e de silência.
Nas patentes, também haverá identificação do género: caba/cabo; sargenta/sargento;
tenenta/tenento; capitoa/capitão; majora/major; coronela/coronel, etc. Nas unidades haverá um
comandante ou comandanta; o primeiro deve ser competente e inteligente e a segunda
competenta e inteligenta.
Se se portarem bem, as recrutas poderão ir de licença e os recrutos de licenço.
No final da instrução, haverá juramenta de bandeira e juramento de bandeiro. Todos desfilarão
garbosamente, eles com o passo certo e elas com a passa certa.
Uff!"
David Martelo 

quinta-feira, dezembro 27, 2018

O Palácio da Pena: Visita Guiada

O Palácio da Pena, na Serra de Sintra, é um palácio singular, com a sua mistura tão inesperada de estilos. Representa uma das principais expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX no mundo, constituindo-se no primeiro palácio nesse estilo na Europa, erguido cerca de 30 anos antes do Castelo de Neuschwanstein, na Baviera.
D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II, tinha 19 anos quando chegou a Portugal. Jovem estrangeiro, casado com uma rainha adolescente cuja coroa lhe assentara na cabeça após uma guerra civil, D. Fernando II precisava de afirmar ao povo e elites portuguesas que conhecia, amava e era digno da sua História. E é a História da nação portuguesa que se celebra em cada aspeto deste palácio. Do reinado de D. Manuel I, o Venturoso, à fase da ocupação árabe da Península Ibérica, passando pela experiência indiana que saiu da Epopeia dos Descobrimentos - tudo isto foi materializado na arquitetura e artes decorativas deste conjunto monumental. Embora não o pareça, o Palácio da Pena é composto por dois edifícios "cosidos" por fora: um mosteiro do início do séc. XVI e um palácio contíguo, construído de raiz em meados do séc. XIX a mando de D. Fernando II.
Uma Visita Guiada emocionante pelas mãos do director do Palácio da Pena, António Nunes Pereira e de Paula Moura Pinheiro.

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Vi o Menino Jesus

Oiça a fadista portuguesa, Amália Rodrigues em "Vi o Menino Jesus".
Vi o Menino Jesus / Que bonito que ele vinha
Trazia estrelas de luz / Ou eram brincos que tinha

Cabelos de seda tinha / Deu-lhos Nossa Senhora
Com pézinhos de andorinha / Andava pelo céu fora

Nossa Senhora
Meu roseiral
Enchei de rosas
Este Natal

Dois passarinhos azuis / Nos seus olhos lhe vi eu
Voando descendo à terra / Cantando voando ao céu

Lá vai uma lá vão duas / Três estrelinhas brilhando
Anda o Menino Jesus / À roda delas brincando

Vi o Menino Jesus / Seus olhos são estrelinhas
Suas mãos sinal da cruz / Seus pézinhos, andorinhas

Andam as nuvens ligeiras / E as estrelas no céu
A dizer umas às outras / O meu menino é meu
Amália Rodriues/ Carlos Gonçalves - Repertório de Amália

terça-feira, dezembro 25, 2018

A Borboleta Azul




Proponho-lhe que oiça A Borboleta Azul, uma história verídica de um natal inesquecível...
A narração é de Abel Jaques, programa Saladão (Rádio 106.1 FM). 



Ora oiça. Vale mesmo a pena.

Natal (1974)

Soa a palavra nos sinos,
E que tropel nos sentidos,
Que vendaval de emoções!
Natal de quantos meninos
Em nudez foram paridos
Num presépio de ilusões.

Natal da fraternidade
Solenemente jurada
Num contraponto em surdina.
A imagem da humanidade
Terrenamente nevada
Dum halo de luz divina.

Natal do que prometeu,
Só bonito na lembrança.
Natal que aos poucos morreu
No coração da criança,
Porque a vida aconteceu
Sem nenhuma semelhança.
Miguel Torga

segunda-feira, dezembro 24, 2018

Noite de Natal

Oiça o fadista português Carlos Ramos em "Noite de Natal".
Celebrando o Natal, tempo de Fé e de Impossíveis, aqui lhe deixo uma belíssima letra de João de Freitas, no melhor estilo do fado descritivo, vestida a rigor com a música de Miguel Ramos e interpretada pela voz única de Carlos Ramos.

É noite de Natal e um rapazinho
Com um retrato na mão, cheio de fé
Vai a medo, para o pôr no sapatinho
Que antes a avó lhe pôz na chaminé

Chorando, diz assim esse bambino
Tu que nesta noite fazes bem
Vou pedir-te um favor, lindo menino
Que cuides lá no céu, de minha mãe

Por isso aqui te deixo o seu retrato
Para que a possas encontrar no céu
Se queres, leva também o meu sapato
E diz-lhe que não esqueço o rosto seu

É quase meia-noite, hora de luz
Tu que aos meninos, prendas trazer vens
A melhor prenda p’ra mim, meu Bom Jesus
Era dares-me a mãezinha que lá tens
João de Freitas / Miguel Ramos *fado alberto* - Repertório de Carlos Ramos

Presépio do Mundo

Foto de Catedral Metropolitana, cortesia do TripAdvisor
Acenda-se de novo o Presépio do Mundo!
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos!
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos.

E a corrida que siga, o facho não se apague!
Eu aperto no peito uma rosa de cinza.
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa florida!

Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece,
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida...
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve:
dentro de mim não sei qual é que se eterniza.

Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas!
Ó calor destas mãos nos meus dedos tão frios!
Acende-se de novo o Presépio nas almas.
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos.
David Mourão-Ferreira

domingo, dezembro 23, 2018

A Ilha do Natal

 A Ilha Christmas ou Ilha do Natal, é o nome oficial de um dos territórios externos da Austrália.
A capital desta pequena ilha, de cerca de 135 km², é Flying Fish Cove, conhecida como The Settlement. Tinha cerca de 1402 habitantes em 2007.
A Ilha Christmas situa-se no Oceano Índico, a 2500 km a nordeste de Perth, Austrália e a 380 km ao sul de Java, Indonésia.
Esta ilha é montanhosa, formada por erupções basálticas no passado, originando um planalto central que atinge o ponto mais alto com 361 m em Murray Hill.
Visitada por navegantes malaios desde tempos remotos, foi incluída nos mapas dos navegadores ingleses e holandeses no início do século XVII.
O atual nome terá sido dado por William Mynors da East India Ship Company, que aí aportou no dia de Natal de 1643.
A Ilha Christmas esteve desabitada até 1890, data em que uma população constituída por chineses e malaios foi para ali conduzida, com o objecivo de explorar as minas de fosfato. A ilha, que dependia da colónia britânica de Singapura, foi transferida para a Austrália em 1 de outubro de 1958. A partir de 1981, os residentes foram considerados aptos a adquirir a cidadania australiana. Em 1984, o governo da Austrália estendeu à ilha benefícios de segurança social, saúde e educação e outorgou direitos políticos aos novos cidadãos.
Em 1991, foram efetuados investimentos para desenvolver o potencial turístico da ilha. Hoje dois terços da ilha foram declarados como Parque Nacional. O parque é lar de muitas espécies de animais e plantas, incluindo o caranguejo-vermelho da ilha Natal, cuja migração anual leva 50 milhões de indivíduos para o mar, onde desovam., como pode ver no vídeo abaixo.
No início da estação das chuvas (que normalmente é de outubro a novembro), mais de 50 milhões caranguejos adultos, de repente começam a migração da floresta para a costa para se reproduzir. A migração é normalmente sincronizada em toda a ilha. Os caranguejos levam cerca de cinco a sete dias para chegar ao mar.