Annie Ernaux (1940), é uma escritora e professora francesa. A sua obra literária, principalmente autobiográfica, romance e memórias, remete para a sociologia.
Ernaux foi laureada com o Prémio Nobel de Literatura de 2022 "pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos coletivos da memória pessoal", tornando-se na primeira mulher francesa a ser laureada com o Nobel de Literatura.
Deixo-lhe aqui em baixo, a sinopse de um dos livros, publicados em Portugal, desta autora. Lançado em 1991, Uma Paixão Simples surpreendeu o panorama literário francês, quebrando os estereótipos do romance, sentimental pelo seu erotismo e pela sua honestidade. Em 2020, é adaptado ao cinema por Danielle Arbid.
Sinopse:
De um lado, uma mulher culta, independente, divorciada e já com filhos adultos. Do outro, um homem casado, estrangeiro, mais jovem, por quem ela perde completamente a cabeça. E por quem espera, dia após dia. Se o tema parece trivial, não o é, de todo, o modo como os dois anos que dura esta «paixão simples» são contados: no seu estilo frontal, acutilante, despido de vergonhas e julgamentos, Annie Ernaux desfoca a linha ténue entre ficção e autobiografia e põe na voz da narradora as confidências da história de uma relação que toma conta de tudo, que extasia e rebaixa, fonte da maior felicidade e da mais dolorosa solidão. Viver algo assim será, talvez, o maior privilégio da existência.