sábado, fevereiro 22, 2025

Pangim (Nova Goa) & Fontainhas

Igreja de Nossa Senhora da
Imaculada Conceição
Pangim, antigamente chamada Nova Goa, é a capital do estado de Goa, na Índia. É também a sede administrativa do distrito de Goa Norte.

Pangim é o centro de uma zona fortemente urbanizada, posicionando-se como a terceira mais populosa cidade goesa, atrás somente de Vasco da Gama e de Margão. Esta área metropolitana tinha 114 405 habitantes em 2011.

Até ao século XVIII foi uma aldeia chamada "Taleigão". Foi ganhando importância principalmente a partir de 1759, quando o vice-rei e governador da Índia Portuguesa, Manuel de Saldanha de Albuquerque e Castro, depois 1.º Conde da Ega, ali instalou a sua residência. Antes de se mudar, o vice-rei e governador remodelou a fortaleza do Idalcão, transformando-a num palácio. Tornou-se, então, na "Vila de Pangim".

Em 1843, tornou-se oficialmente a sede administrativa da Índia Portuguesa, em substituição da cidade de Goa (que gradualmente passou a ser conhecida como Goa Velha ou Velha Goa), tendo então mudado de nome para "Nova Goa".

Como o resto das possessões portuguesas na Índia, a 19 de dezembro de 1961 Pangim passou a fazer parte da União Indiana, ficando como capital do território da União de Goa, Damão e Diu.

Em 30 de maio de 1987, quando Goa passou a ser um estado, Pangim passou a ser capital estadual.

Fontainhas é um bairro da cidade de Pangim situado na sua zona oriental, entre o morro do Altinho, o bairro de São Tomé e a chamada ribeira de Ourém, em Goa, na Índia. Mantém até hoje características tipicamente portuguesas, nomeadamente a nível arquitetónico, tais como ruelas estreitas, vilas antigas e edifícios pintados com cores vivas. O bairro das Fontaínhas é o mais característico e mais lusitano bairro da capital de Goa. O bairro das Fontaínhas oferece ao visitante uma ideia de como era Pangim na época da governação portuguesa

Há cerca de 200 anos aquela área era um extenso palmar que começou a ser ocupado por moradores, quando a capital de Goa foi deslocada de Velha Goa para Pangim. Depois cresceu e, hoje, uma boa parte das suas casas datam do século XIX e são de arquitetura indo portuguesa, com varandas, balcões e bonitas janelas. Não têm mais que dois pisos e a sua pintura usa cores mediterrânicas como o branco, o azul, o vermelho e o amarelo. As ruas do bairro são estreitas e sinuosas, havendo vielas, travessas, becos e escadarias.

Casa Oliveira
Na promoção turística o bairro das Fontainhas é chamado de Bairro Latino e, desde 1974, beneficia de um regime de proteção municipal para evitar os efeitos da pressão urbanística e da especulação imobiliária.

Nas Fontainhas fica a capela de São Sebastião, a delegação da Fundação Oriente e alguns restaurantes e bares, sendo a zona de Pangim onde mais se fala o português. O atendimento na farmácia, na confeitaria ou na ourivesaria, é muitas vezes feito em português.

Assista agora a alguns vídeos sobre Pangim e o Bairro das Fontainhas.

O segundo vídeo.
O terceiro.
O último vídeo.

sexta-feira, fevereiro 21, 2025

Conversas Vadias

Conversas Vadias é uma série de 13 programas (que pode ver aqui) emitidos pela RTP em 1990, nos quais o professor Agostinho da Silva é entrevistado em estúdio por jornalistas e outras personalidades.

Deixo-lhe aqui hoje o Episódio 10, onde verá como o Prof. Agostinho da Silva responde às questões que lhe são colocadas por Herman José.
Ora veja!

quinta-feira, fevereiro 20, 2025

As Calças Flare Voltaram!

As calças flare ou à boca de sino são uma grande tendência, criando uma silhueta elegante. 

Saiba como usar as calças flare, através das sugestões de mais um vídeo da influencer brasileira Luciane Cachinski.

Luciane Cachinski é uma influencer e youtuber brasileira que se dedica a transmitir ao público feminino, com um humor peculiar, o que aprendeu sobre moda durante 27 anos. 

Luciane é também proprietária da empresa Corte in Brazil, que fabrica, num pequeno atelier familiar, uma coleção feminina básica em malha.

No vídeo de hoje esta influencer mostra-lhe como esta calça dos anos 70 voltou mas, com inovações.A calça flare voltou com cós duplo e barra larga. 
Ora veja. 
Não perca esta oportunidade de se atualizar no que à moda diz respeito.

quarta-feira, fevereiro 19, 2025

O Jogo da Dança das Cadeiras

O Jogo da Dança das Cadeiras é uma brincadeira realizada para o divertimento de um grupo de pessoas, independente das suas idades.
Para se jogar o Jogo da Dança das Cadeiras, têm de haver tantas cadeiras, quantos jogadores, menos uma. Também é necessário música, preferencialmente alegre. As cadeiras devem ser colocadas em círculo, viradas para fora e os participantes ficam de pé, à volta delas. Quando começa a música, os jogadores começam a andar à volta das cadeiras.

As Regras:

  • as cadeiras devem estar em círculos, sendo que a quantidade de assentos deve ser inferior ao número de participantes, na proporção de uma cadeira a menos para o número de integrantes do jogo;
  • é necessária uma música para iniciar a disputa. O líder fica de fora e ao gritar "já" liga a música. Quando a música toca, todos os participantes têm que andar ou dançar (com as mãos nas costas) em redor do círculo de cadeiras e quando a música pára, repentinamente (o líder é responsável pelo equipamento de som e será ele quem comandará a interrupção da música), todos os participantes terão de procurar a cadeira mais próxima para se sentar;
  • o integrante do grupo que não se conseguir sentar será desclassificado e leva consigo uma cadeira, de forma a que a proporção de indivíduos e cadeiras se mantenha. Inicia-se então uma nova rodada;
  • o ganhador será o indivíduo que se conseguir sentar na última rodada, isto é, naquela em que restarem apenas duas pessoas e uma cadeira;
  • a disposição das cadeiras estará diretamente relacionada com a quantidade de participantes, ou seja, forma-se sempre um círculo à medida que cada competidor sai, levando consigo uma cadeira.
Objetivos do Jogo:
  • Desenvolver as habilidades motoras amplas;
  • Promover o equilíbrio dinâmico;
  • Desenvolver o ritmo;
  • Aperfeiçoar a percepção visual e auditiva;
  • Promover a noção espacial;
  • Respeitar regras.
Desta maneira, respeitando as regras da brincadeira os participantes divertem-se muito também! 

terça-feira, fevereiro 18, 2025

Little Girl Blue & Raise your hand

Ouça a icónica Janis Joplin (1969) em Little Girl Blue e Raise your hand.

Sit there
Hm-mm, count your fingers
What else, what else is there to do?
Ooh, honey, I know how you feel
I know you feel that you're through
Ooh, wah-wah, sit there, hmm, count
Oh, count your little fingers
My unhappy, oh, little girl, little girl blue, yeah

Ooh-ooh, sit there, oh, count those raindrops
Oh, feel 'em falling down, ooh, honey all around you
Honey, don't you know it's time?
I feel it's time somebody told you, 'cause you got to know
That all you ever gonna have to count on

Or gonna wanna lean on
It's gonna feel just like those raindrops do
When they're falling down
Honey, all around you
Ooh, I know you're unhappy

Ooh, sit there
Oh, go on, go on and count your fingers
I don't know what else, what else, honey, have you got to do
And I know how you feel
And I know you ain't got no reason to go on
And I know you feel that you must be through
Oh, honey, go on and sit right back down

I want you to count, ooh, count your fingers
Ah, my unhappy, my unlucky
And my little, oh, girl blue
I know you're unhappy
Ooh-ooh, honey, I know
Baby, I know just how you feel

segunda-feira, fevereiro 17, 2025

O Caso De D. Inês

Dona Inês vem a desoras
ao parque do seu solar.
Tão pálida! Por que choras,
princesa do Montealvar?

Estrela, por que descoras,
Por que palpitas, luar?

Canta o amor, e a cotovia
sente-se errante pelo ar.
Longe, uma estrela, dir-se-ia
Como um pássaro, trilar.

E Dona Inês que porfia
a ouvir a voz do luar!

Como um pesado obelisco,
levanta-se ao pé do mar,
um minarete mourisco,
E longe, sempre a brilhar.

Como um dourado asterisco
estrela ao pé do luar.

Dona Inês sempre ao relento,
vestida do verdemar.
Que frio, Jesus! Um vento
– que frio! – de assassinar!

Em cima, no firmamento
ainda a estrela, ainda luar!

Sinos de toda a Castela
sinistros a badalar!
Por que finou-se a donzela
tão pálida e singular?

Finou-se à voz do uma estrela;
finou-se à luz do luar.
Artur Lobo - Quermesses (1896)

domingo, fevereiro 16, 2025

Carlos Paredes & Verdes Anos

Carlos Paredes - Ilustração de Luís Alves
 Cumprem-se hoje 100 anos sobre o nascimento de Carlos Paredes (1925 - 2004), um dos mais importantes e influentes músicos portugueses do século XX. 

Carlos Paredes foi o continuador de uma tradição familiar de tocadores da guitarra portuguesa, pois tanto o seu pai, Artur Paredes, como o seu avô, Gonçalo Paredes e o tio avô  Manuel Rodrigues Paredes, foram intérpretes inovadores desse instrumento.

Criador de um repertório original Carlos Paredes influenciou distintas gerações de músicos nacionais e internacionais, contribuindo para a popularização deste instrumento junto de vastas audiências. O seu legado, pleno de memória e modernidade, ocupa um lugar central no nosso património cultural.

Veja agora a interpretação de Carlos Paredes em Verdes Anos, com Luísa Amaro na viola em 1992, no Teatro São Luiz em Lisboa.