Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansado Já perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Tic-tac… Vinícius de Moraes
Um elefante fugiu do circo quando estava a ser carregado para um camião e passeou-se, durante mais de uma hora, calma e tranquilamente, pelas ruas de Zurique. Sabu (de 26 anos), uma paquiderme de três toneladas, queria passar um Domingo diferente. Primeiro, passeou-se pelas principais avenidas do centro da cidade depois, resolveu também dar um breve e refrescante mergulho no Lago Zurique. Acabou por ser capturada quando se encontrava perto de uma entrada da auto-estrada. A rotina de Zurique alterou-se e a visão de um elefante de 3 toneladas à solta, provocou arrepios a alguns Suíços. Ora veja!
Depois de Paul Potts e Susan Boyle, chegou a vez no Britain's Got Talent, da espantosa avózinha Janey Cutler, de 81 anos. Esta escocesa é uma das finalistas deste programa e deixou os jurados de queixo caído! Foi descoberta durante a passagem do programa por Glasgow. Janey começou a cantar aos seis anos, mas parou durante mais de quatro décadas. Nos últimos 30 anos, tem-se apresentado, regularmente, em pubs locais e pequenos eventos. Veja-a, aqui em Maio, na sua versão de “Je Ne Regrette Rien”, de Edith Piaf.
A propósito do derrame de petróleo no Golfo do México, o que aconteceria se os empregados da BP entornassem um copo de café??? Dá que pensar este vídeo. Uma paródia genial. Não perca!
Elis Regina foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. Foi apelidada por Vinícius de Moraes com o nome de Pimentinha. É considerada por boa parcela de músicos e público como uma das maiores cantoras de todos os tempos da MPB. Assista à interpretação de Águas de Março, de Tom Jobim, imortalizada pela genial Elis! Não perca esta canção fabulosa na voz da Pimentinha. Se quiser, pode-a seguir com a letra, que aqui também deixo.
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol É peroba do campo, é o nó da madeira Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto É uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manhã, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato, na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
Ikebana é a arte japonesa de arranjos florais. Esta arte floral teve a sua origem na Índia onde os arranjos eram destinados a Buda. No entanto, foi a cultura nipônica que a deu a conhecer ao mundo. Em contraste com a forma decorativa dos arranjos florais que prevalecem nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor. Os ocidentais tendem a pôr ênfase na quantidade e colorido das flores, dedicando a maior parte da sua atenção à beleza das corolas. Os japoneses pelo seu lado, enfatizam os aspectos lineares do arranjo. A arte foi desenvolvida de modo a incluir o vaso, os caules, as folhas e os ramos para além das flores. A estrutura de um arranjo floral japonês baseia-se em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adoptadas em função do estilo e da escola seguida. Repare na beleza e simplicidade de alguns destes arranjos florais através da apresentação que se segue.
Aqui, na Terra, a fome continua, A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme E dizemos amor sem saber o que seja. Mas fizemos de ti a prova da riqueza, E também da pobreza, e da fome outra vez. E pusemos em ti sei lá bem que desejo De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos As vertigens do espaço e maravilhas: Oceanos salgados que circundam Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa Onde come, brincando, só a fome, Só a fome, astronauta, só a fome, E são brinquedos as bombas de napalme. José Saramago