Um Tango para a Liberdade é uma minissérie italiana de 2 episódios, realizada porAlberto Negrin, inspirada livremente na autobiografia, "Niente Asilo Politico", deEnrico Calamai, que conta a história do diplomata italiano que salvou mais de 300 homens e mulheres perseguidos pela ditadura argentina.
Se não viu a estreia desta série passada pela RTP 2 nos dias 1 e 2 de janeiro, não deixe de o fazer. Vale bem a pena. Sinopse:
Ano de 1976, Marco Ferreri, o jovem e inexperiente diplomata italiano, está na Argentina com o cargo de vice-cônsul da embaixada. Em Buenos Aires, Marco reencontra Diego Madero, o seu grande amigo dos tempos da Universidade em Itália.
O clima político é tenso. Durante uma receção na embaixada, na mesma noite em que conhece Anna Ribeiro, a mais famosa intérprete de Tango argentino, o governo é derrubado por um golpe militar (tendo assumido o poder, o general Jorge Rafael Videla). Ferrero toma conhecimento de muitos casos de pessoas desaparecidas, vítimas do novo regime ditatorial.
Com a ajuda de uma rede de amigos, entre eles o jornalista Sereni e o advogado Solanas, o diplomata consegue ajudar centenas de pessoas a fugirem.
Existe uma encantadora e subtil técnica de arte que pode acabar por passar despercebida. Esta técnica é a pintura que existe "escondida" em livros mas, que quando revelada, é uma festa para os olhos.
Esta bela pintura também chamada de pintura de goteira (fore-edge painting) é uma técnica artística que, segundo alguns historiadores, teve início há mais de dez séculos na Europa, e serve para decorar as páginas dos livros, no lado oposto à lombada.
Terá sido, contudo, no século XVII que os ingleses começaram a desenvolvê-la com mais detalhe, transformando-se em verdadeira arte, no final do século XVIII, pelas mãos dos famosos editores, livreiros e encadernadores Edwards de Halifax, no Reino Unido. No início, a técnica consistia só, na marcação do título da obra diretamente sobre o corte dianteiro do livro fechado, permanecendo visível sempre que ele estivesse nessa posição.
Aos poucos, porém, como os títulos passassem a ser marcados nas lombadas, o corte dianteiro passou a ser um espaço para a criação de cenas e de decorações – que podiam ter a ver com a história do volume, com os editores ou mesmo com os donos dos livros.
E ainda o mais interessante: os ilustradores perceberam que podiam deixar os desenhos ocultos, pintando ligeiramente mais para dentro das páginas, deixando aparente apenas a camada de dourado ou a marmorização tradicional.
Hoje em dia, a técnica "fore-edge painting", é realizada por pouquíssimos profissionais em todo o mundo. Apesar de esta ser uma arte em vias de extinção, as pinturas de borda são ainda criadas por artistas como Martin Frost, Clare Brooksbank e Stephen Bowers. O primeiro tem mais de 3.000 obras de arte.
Recentemente houve uma exposição sobre este tema que foi organizada pela Biblioteca Loyola-Notre Dame, em Baltimore, nos Estados Unidos, como uma homenagem a um trabalho tão delicado e minucioso quanto grandioso. Se quiser entender mais sobre este assunto veja os vídeos abaixo.
O primeiro vídeo foi criado por um arquivista da Biblioteca da Universidade de Cornell, de Nova Iorque, e mostra uma cópia de 1925 da novela "Kim", de Rudyard Kipling, para demonstrar a genialidade deste tipo de arte. Parece ser um livro antigo típico, de capa dura com bordas decorativas douradas, como tantos outros. Mas veja o que acontece quando a pessoa que manipula o livro, com todo o cuidado, mantém o bloco de páginas entre o polegar e o resto dos dedos e dobra para ventilar ligeiramente as bordas. De repente surge uma adorável pintura de uma paisagem.
Absolutamente fantástico.
Agora aprecie o segundo vídeo sobre o mesmo assunto:
Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento. Fernando Pessoa
Com votos de um excelente Ano Novo oiça os ABBA (grupo sueco de música pop formado em Estocolmo em 1972) em Happy New Year.
No more champagne
And the fireworks are through
Here we are, me and you
Feeling lost and feeling blue
It's the end of the party
And the morning seems so grey
So unlike yesterday
Now's the time for us to say
Happy New Year
Happy New Year
May we all have a vision now and then
Of a world where every neighbor is a friend Happy New Year
Happy New Year
May we all have our hopes, our will to try
If we don't we might as well lay down and die
You and I
Sometimes I see
How the brave new world arrives
And I see how it thrives
In the ashes of our lives
Oh yes, man is a fool
And he thinks he'll be okay
Dragging on, feet of clay
Never knowing he's astray
Keeps on going anyway
Happy New Year
Happy New Year
May we all have a vision now and then