sábado, dezembro 01, 2018

Soneto 18

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
William Shakespeare

sexta-feira, novembro 30, 2018

10 casas por dia




Já é possível através de uma impressora 3D produzir 10 casas em 24 horas.
Ora veja. Vale bem a pena.

A ideia foi concebida com o objetivo de contribuir para resolver o problema de habitação (veja no vídeo abaixo) em áreas do planeta menos desenvolvidas economicamente, como o Haiti ou El Salvador.
E agora um outro vídeo sobre o mesmo assunto. Este equipamento produz 10 casas por dia, utilizando material reciclado a um custo de  de cerca US$ 4.800 cada.

quinta-feira, novembro 29, 2018

Palácio Nacional da Ajuda: Visita Guiada

Assista a mais um programa da estação pública de televisão, RTP,"Visita Guiada" desta vez ao Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
O Palácio Nacional da Ajuda é único no mundo porque se conserva até hoje como testemunho intocado do que foi uma residência real europeia ao estilo Napoleão III.
Todos os palácios congéneres, nomeadamente em Londres e Paris, foram sendo actualizados, ao contrário do da Ajuda, onde a implantação da República precipitou o exílio da sua última ocupante, a rainha mãe, D. Maria Pia, e o encerramento do Palácio durante décadas.
Mas o Palácio da Ajuda é mais que o último exemplar de uma exigente moda de origem francesa, é também uma casa com um acervo fora-de-série de obras de arte e peças decorativas. O historiador, e director do Palácio Nacional da Ajuda, José Alberto Ribeiro é o guia nesta visita, juntamente com a apresentadora Paula Moura Pinheiro. Fique a saber também que mais de 200 anos depois o Palácio da Ajuda vai finalmente ser acabado. As obras terminam em 2020 e o espaço vai acolher milhares de jóias da coroa portuguesa.

quarta-feira, novembro 28, 2018

A Casa Grande de Romarigães

A Casa Grande de Romarigães é um livro do escritor português Aquilino Ribeiro, recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura, pelo Plano Nacional de Leitura .
A Casa Grande de Romarigães é real e ainda existe, aí moraram o ex-Presidente da República Bernardino Machado e o próprio Aquilino Ribeiro (1885-1963) que se casou com uma filha daquele presidente.
 A Casa Grande de Romarigães fica situada na freguesia de Romarigães, concelho de Paredes de Coura. Embora se encontre em avançado estado de degradação, as sebes altas e o edifício coberto por farto musgo, que permite apenas às janelas o contacto com o ar, provoca uma aura de mistério e sedução.
Por detrás dos portões de ferro da entrada, que resistem incólumes ao tempo, vislumbra-se a capela do Amparo, no quintal da Casa. Por fim, há ainda a oportunidade de fixar o olhar numa belíssima gravura esculpida no muro exterior do edifício.
O escritor beirão está intimamente ligado à vida cultural da vila minhota graças ao seu romance A Casa Grande de Romarigães (1957). 

Sinopse:
Este romance reproduz a mundivivência das terras nortenhas e aproxima o texto ficcional da realidade narrada, numa Beira rural e analfabeta ancorada numa sociedade patriarcal. Misturando erudição com a linguagem popular, Aquilino capta esse ambiente arreigado na religiosidade e na crendice e revela o instinto camponês com todas as superstições e todos os subterfúgios associados à obsessão de propriedade.
O escritor beirão sobre quem Fernando Namora disse ser "aquele jovem que trouxera a província para a cidade" conta nesta obra, publicada pela primeira vez em 1957, a história de Portugal através desta casa parcialmente em ruínas. Aquilino Ribeiro encontrou correspondências entre antigos habitantes da casa, datadas entre 1680 e 1828, e decidiu continuar a história.
No prefácio, o autor diz que as últimas páginas do livro são "da sua lavra". "Às outras, sacudi o bolor do tempo e reatei o fio de Ariadna, interrompido aqui e além."
ALeia ou ofereça o livro e assista agora ao vídeo que assinala as Comemorações da 1.ª publicação da crónica romanceada "A Casa Grande de Romarigães" de Aquilino Ribeiro. Visita à Casa do Amparo, em Romarigães, orientada por Aquilino Ribeiro Machado, filho do escritor.

terça-feira, novembro 27, 2018

A Tragédia de um Homem Ridículo

" Tragédia de um Homem Ridículo" é um filme (1981) do realizador italiano Bernardo Bertolucci que conta com a interpretação de Anouk Aimée, Laura Morante e Ugo Tognazzi.
Em 1981, o filme concorreu à Palma de Ouro do Festival de Cannes, tendo Ugo Tognazzi recebido o prémio de melhor actor.
Sinopse:
Este drama político realizado por Bertolucci tem Ugo Tognazzi no papel de um industrial italiano, Primo Spaggiari, cujo filho é raptado por terroristas, invocando motivações políticas. Segue-se o habitual pedido de resgate, a que o industrial responde favoravelmente, apesar de se encontrar praticamente falido. Todos os envolvidos vão tentar aproveitar-se do drama da família Spaggiari, a começar pelo pai, que começa a maquinar uma forma de escapar à falência.
 "A Tragédia de um Homem Ridículo" data de um período da História recente de Itália em que este país começava quase a habituar-se aos atentados terroristas das Brigadas Vermelhas.

segunda-feira, novembro 26, 2018

Finisterra

Finisterra é um livro (1978) do escritor português Carlos de Oliveira (1921 - 1981).
Sobre esta obra, Herberto Helder deixou-nos estas palavras: "Proposto como romance, é antes uma alegoria ficcionalmente articulada que pode ser lida na perspetiva de uma espécie de cartografia imaginária do autor, constituindo assim a melhor introdução ou o melhor comentário à sua obra."

Sinopse:
Finisterra tem como pano de fundo a paisagem gandaresa e explora a decadência de uma família, espelhada numa casa em estado de degradação contínuo.
Neste romance, Carlos de Oliveira explora também a interpretação subjetiva do homem no seu contacto com a realidade.
Carlos de Oliveira leva-nos a Finisterra — paisagem e povoamento, para ambientes crus e ásperos. Vive-se o passado numa viagem onde a memória é desenraizada e projectada numa ambiência mágica e fantasmagórica, dando-se origem a uma construção temporal e espacial única na literatura portuguesa. O homem regressa à terra natal, à casa natal, reconhece os traços da infância nos objectos, no pó espesso que os cobre, na luz filtrada pela janela, no silêncio da noite. Onde a terra acaba e o eco começa. Onde a paisagem se reconhece.

domingo, novembro 25, 2018

Lisboa em 1942

A Lisboa da Segunda Grande Guerra e a avidez de Informação.

Tempo das notícias que corriam mundo por telegrama e dos jornais… ainda papel que as mão dos ardinas espalhavam pela cidade.

E na Lisboa dos espiões e da intriga internacional, fervilhava a imprensa estrangeira.

Vale a pena este vídeo. Para espreitar a Lisboa daquela época, ir ao barbeiro ver como por lá se vendiam e liam jornais ou, apenas, contemplar os escaparates de notícias nos quiosques…

Quando as redacções dos jornais viviam ao ritmo daquela manuais máquinas de escrever e as rotativas que os imprimiam eram máquinas de fazer estremecer um prédio.

Não perca!