sábado, outubro 25, 2025
Stormy Monday Blues
sexta-feira, outubro 24, 2025
Pequim: Um Roteiro Completo
quinta-feira, outubro 23, 2025
O Coq au Vin
O Coq au vin é um prato clássico da culinária francesa de nome complicado e origem humilde. É feito à base de carne de galo e vinho. Em épocas mais recuadas cozinhavam-se galos mais velhos em vinho tinto para tornar a carne mais macia e saborosa. Quando se menciona apenas coq au vin, trata-se duma preparação com vinho tinto. No entanto, também há receitas de Coq au vin blanc (geralmente, não francesas), mas existe a receita tradicional de Coq au vin blanc d’Alsace ou Riesling, assim como o Coq au vin jaune do Jura ou Franche Comté, que é um vinho seco e perfumado; a receita leva morilles, que são cogumelos do género Morchella e têm um sabor forte.
Reza a lenda que o prato surgiu por volta de 50 a.C., na região de Auvergne, no sul da França, por um motivo histórico. Os gauleses (liderados por Vercingetórix) estavam em guerra com os romanos, até que o exército de Júlio César cercou uma aldeia e, o chefe da mesma, mandou um galo de briga a César, para demonstrar a sua rendição. O conquistador respondeu-lhe com um convite para um jantar cuja ementa era o próprio galo cozido no vinho da região.
Há quem defenda contudo que o coq au vin surgiu no período medieval, quando os camponeses franceses coziam a carne de galo, coq em francês, por horas a fio, em vinho tinto, cebola, cogumelos e ervas aromáticas até ficar macia e suculenta, dando origem a esta receita original.
Ao longo dos anos, a receita manteve-se fiel às suas origens, sendo preparado com pedaços de frango, muitas vezes galo, lentamente cozidos em vinho tinto.
Hoje, esta tradicional receita é preparada com carne de frango (como pode ver na receita abaixo).Devido à técnica de cozimento lento, a carne absorve os sabores complexos do vinho e dos ingredientes aromáticos. O resultado é uma delícia macia e suculenta.
6 sobrecoxas de frango grandes sem pele,
1 colher de sobremesa de sal,
1 colher de café de pimenta,
1 folha de louro,
3 dentes de alho,
1 cebola grande,
1/2 chávena de chá de farinha de trigo,
2 colheres de sopa de manteiga,
350 gramas de bacon,
100 gramas de cogumelos,
1chávena de chá de vinho tinto seco,
3 chávenas de chá de água,
2 cenouras,
2 cebolas,
2 colheres de sopa de cebolinha francesa,
Sal a gosto
Amasse os dentes de alho e pique a cebola bem picadinha. Reserve.
Corte 250 gramas do bacon em tirinhas e pique as 100 gramas restantes.
Tempere as sobrecoxas com o alho, a folha de louro, a colher sal, a colher de pimenta do reino, misturando bem. Reserve por 30 minutos para tomar gosto.
Passados os 30 minutos, passe os pedaços de frango pela farinha de trigo e reserve.
Aqueça uma panela grossa e de fundo largo, coloque uma colher de manteiga, o bacon picadinho e deixe dourar. Junte as sobrecoxas de frango e deixe alourar. Acrescente a cebola e refogue por 15 minutos.
Destape a panela, coloque os cogumelos, tape novamente e deixe cozinhar por mais 10 minutos ou até que a carne esteja macia. Reserve
Corte as cebolas em metades e as metades em meias luas bem fininhas. Reserve. Corte as cenouras em rodelas finas ou faça fios. Reserve
Numa frigideira, coloque uma colher de manteiga e leve ao fogo médio. Quando derreter, doure o restante bacon durante 5 minutos. Acrescente a cebola e a cenoura. Tempere com sal a gosto e refogue durante 15 minutos. Reserve.
Transfira o cozido de frango para uma travessa, disponha o refogado de legumes com bacon por cima, decore com a cebolinha francesa e sirva imediatamente.
Sirva o Coq au vin acompanhado de arroz branco ou puré de batata e uma taça de vinho tinto seco.
quarta-feira, outubro 22, 2025
Destacam-se os azulejos no granito...
sobre os Leões. Nos Poveiros o fumo
das castanhas lembra a tal Mamuda
− sai um polvo frito!
O Outro suspirava, naquela ingenuidade:
berlindes do Campo Alegre ou de São Lázaro.
Procura nos bolsos o balandrau clássico,
às Belas Artes, um texto à maneira
dos sonetos de Sena – Arca d’Água.
Desliza, solitário, do Majestic aos Clérigos,
e, ao olhar a catedral – a Lello
– lê nos verbetes da enciclopédia inacabada
o teu nome de menina: já sorri.
Eduardo Guerra Carneiro - A Noiva das Astúrias, 2001
terça-feira, outubro 21, 2025
China: O que precisa de saber antes de viajar!
segunda-feira, outubro 20, 2025
Geografia dos lugares-comuns
relembrar-te todos os lugares onde foste.
Dentro do meu peito, ocupaste por inteiro
o lugar do coração que, na partida,
se pôs do tamanho de uma semente.
Devo-te, por isso, a vida.
Quando voltar do exílio, espero
retomar a coragem de crescer
árvore com copa e frutos,
que nos dêem sombra e doçura às
memórias da tarde quente.
Quando voltar do exílio,
se alguma vez voltar do exílio,
porque voltar é, também,
uma espécie de asilo
da loucura que foi deixar-te.
(Exílio, página 33)








