sábado, julho 05, 2025

Maria Júlia

 Assinalando aqui os 50 anos da independência de Cabo Verde, proponho-lhe que ouça o cantor cabo-verdiano Gil Semedo (1974), em Maria Júlia.
Gil, considerado o "Rei do Pop" de Cabo Verde, renovou o Batuque ou Batuko, "a dança proibida", e muitos artistas o seguiram. Maria Júlia tornou-se assim um grande sucesso.

Maria Julia, pega bu sulada
Bu ben da kutornu
Na kompasu batuku
Maria Julia, mara bu lensu
Bu ben minina
Sim nu arranka txabeta
 
Bu sabi mexi (Maria Julia)
Ka bu dexa (Maria Julia)
Ninguen puxau pa baxu
Bu ten bu don (Maria Julia)
Finka pe na txon (Maria Julia)
Bo é un alegria pa tudo nos
 
Maria Julia, bo bunita
Koxa rodondu
Bu ka mesti nen luxu
Maria Julia, bo ten jetu
Minina bo é dretu
Djan pidi Nhordes pa djudau

Bu sabi mexi (Maria Julia)
Ka bu dexa (Maria Julia)
Ninguen pa puxau pa baxu
Bu ten bu don (Maria Julia)
Finka pe na txon (Maria Julia)
Bo é un alegria pa tudo nos
Maria Julia, mexi bu korpu
Bu koxa rodondu
Mostra di undi ki'u ben
Maria Julia, vivi nos kultura
Goza bu fortuna
Sim é ke la ki ta kura
 
Bu sabi mexi (Maria Julia)
Ka bu dexa (Maria Julia)
Ninguen puxau pa baxu
Bu ten bu don (Maria Julia)
Finka pe na txon (Maria Julia)
Bo é un alegria pa tudo nos
Bu sabi mexi (Maria Julia)
Ka bu dexa (Maria Julia)
Ninguen puxau pa baxu
Bu ten bu don (Maria Julia)
Finka pe na txon (Maria Julia)
Bo é un alegria pa tudo nos
Ó bunita (Maria Julia)
Pega bu sulada (Maria Julia)
Labanta bu kara (Maria Julia)
Goza bu fortuna (Maria Julia)
 Bu ten don (Maria Julia)
Finka pe na txon (Maria Julia)
Bu ten jetu (Maria Julia)
Minina bo é dretu (Maria Julia)
 
Koxa rodondu (Maria Julia)
Ka mesti nen luxu (Maria Julia)
Maneras dretu (Maria Julia)
Bo é ben fetu (Maria Julia)
Ka bu dana (Maria Julia)
Ka bu muda (Maria Julia)
Ka bu straga (Maria Julia)
Bo ki ta manda (Maria Julia)

Ó bunita (Maria Julia)
Pega bu sulada (Maria Julia)
Labanta bu kara (Maria Julia)
Goza bu fortuna (Maria Julia)
Ka bu dana (Maria Julia)
Ka bu muda (Maria Julia)
Ka bu straga (Maria Julia)
Bo ki ta manda (Maria Julia)

Koxa rodondu (Maria Julia)
Ka mesti nen luxu (Maria Julia)
Maneras dretu (Maria Julia)
Bo é ben fetu (Maria Julia)
Ka bu dana (Maria Julia)
Ka bu muda (Maria Julia)
Ka bu straga (Maria Julia)
Bo ki ta manda (Maria Julia)

E agora um vídeo com a letra e a respetiva tradução de Maria Júlia.

sexta-feira, julho 04, 2025

A Nova Goa do Brasil

Sabia que há mais de 60 anos, foi escolhido um local, no Brasil, para receber os portugueses expulsos da cidade de Goa

O projeto era ambicioso e minucioso. Para atenuar as saudades, a vila planeada, que serviria para abrigar 5 mil goeses, seria uma réplica em miniatura da cidade de Goa que ficava do outro lado do oceano. No entanto, só uma pequena capela, a Igreja de Santa Catharina, foi construída pelos portugueses expulsos de Goa, na Índia.

Abandonada no alto de um morro nas margens da Lagoa Formosa, em Planaltina de Goiás, uma imponente igrejinha lembra hoje os laços que unem o Brasil à Índia

Os planos de fundar, no coração do Brasil, a povoação de Nova Goa, foram abandonados por aqueles portugueses. 

Sozinha, a igreja continuou de pé no meio do mato tendo sido encontrada por um agricultor, anos mais tarde, em pleno cerrado de Goiás. O local recentemente redescoberto chamou a atenção dos fiéis e do pároco da região. Os católicos mobilizaram-se num trabalho de fé e de reconstrução.

Os vídeos abaixo, revelam as lendas e histórias que circundam este templo misterioso. Através deles pode seguir a transformação da igreja, desde um projeto abandonado a um local negligenciado, até à sua recente redescoberta e aos esforços de restauração pela comunidade local.


Igreja de Santa Catarina de Goa

A beleza e a importância desta réplica exata da igreja de Santa Catarina de Alexandria, que existe há 500 anos na Índia, foi um dos segredos mais bem guardados da região. Uma igreja fascinante construída no Brasil, no século passado, e que fez parte originalmente de um sonho ambicioso.

Descubra como a verdadeira história da igreja foi finalmente desvendada pelos fiéis locais que encontraram pistas sobre a sua origem em recortes de jornais antigos. Admire este tesouro escondido no cerrado brasileiro e descubra os mistérios deste local histórico.
Agora um outro vídeo com uma reportagem sobre este mesmo assunto.

quinta-feira, julho 03, 2025

A Caminho de Kandahar

Não é Hollywood que mais tem alertado para o facto do regime Talibã ser um dos piores regimes do mundo. São os cineastas afegãos e muçulmanos de outros países, na sua maioria, que mais têm chamado a atenção para este assunto.

A Caminho de Kandahar é um filme (drama) franco-iraniano de 2001, realizado por Mohsen Makhmalbaf e que conta no elenco com Noam Morgensztern.

Denso e alegórico, o filme baseado numa história verídica, mistura um interessante esquema dual entre uma narrativa documental e aspectos do cinema "ficcional". 


Sinopse:
Uma jovem jornalista nascida na Índia mas filha de pais afegãos (Niloufar Pazira), residindo no Canadá, decide retornar ao seu país, após receber uma carta da irmã relatando que se iria suicidar antes que ocorresse o próximo eclipse solar (na viragem para o século XXI). Nafas resolve então retornar ao Afeganistão a fim de tentar salvar a sua irmã.

A partir do momento da entrada no país, de onde tinha fugido no meio de uma guerra civil provocada pelos Talibãs, dá-se conta da situação do Afeganistão com as imposições do regime fundamentalista islâmico e vive momentos de suspense para ir ao encontro da irmã.

quarta-feira, julho 02, 2025

A Quiche Lorraine

A Quiche Lorraine é um prato tradicional da culinária francesa, mas de origem alemã. É uma receita da Lorena (ou Lorraine), região do nordeste da França. A palavra "quiche" deriva da palavra alemã (e do dialeto da região) "kuchen", que significa "torta", e do nome região onde foi criada, hoje conhecida como Lorraine (ou Lorena). 

A receita original da Quiche nasceu no século XVI, quando a Lorraine pertencia à Alemanha.  Originalmente era uma torta/tarte aberta recheada com creme feito de leite e ovos e acrescida de bacon defumado. Somente depois foi acrescentado o queijo à receita. 

Hoje em dia pode ser acrescida de todo o género de ingredientes. O queijo gratinado sobre a torta dá o toque final à receita. O queijo está sempre presente na culinária francesa, tornando os pratos ainda mais saborosos. Entre eles estão o suflé de queijo e o tartiflette, uma receita típica de inverno. 

É, portanto, uma tarte/torta coberta com uma mistura de nata e ovos, toucinho (bacon), queijo, pimenta do reino e noz moscada. A Quiche Lorraine é normalmente servida quente e como prato principal (ao almoço ou ao jantar), embora se tenha tornado comum o seu uso como entrada/aperitivo (cortada em pedaços pequenos e espetada em palitos), em coquetéis ou em piqueniques.

Além de muito fácil de fazer, leva pouquíssimos ingredientes o que é essencial para uma refeição simples que agradará à família toda! 

Ingredientes:
Para a massa da quiche
2 1/2 xícaras de farinha de trigo
125g de manteiga gelada cortada em cubinhos
1 ovo
1 colher (sopa) de água gelada
1 colher (chá) de sal

Preparação da massa:
Misture a manteiga com a farinha usando as pontas dos dedos, até obter uma espécie de areia grosseira.
Junte o ovo, misture bem e adicione a água.
Incorpore tudo até que se forme uma massa homogénea.
Modele uma bola, embrulhe em plástico filme e no frigorífico por no mínimo 2 horas.
Numa superfície polvilhada com farinha de trigo, abra a massa com um rolo e disponha numa forma de fundo amovível. Ou então pegue em pedaços da massa com as mãos e vá preenchendo a forma.
Com um garfo, faça vários furos por toda a massa e leve ao congelador enquanto pré-aquece o forno a 200ºC por 10 minutos.
Leve a massa ao forno por 7 minutos.
Retire a massa do forno, que deve continuar ligado, e reserve enquanto prepara o recheio.

Ingredientes:
Para o recheio
4 ovos
1 xícara de natas (creme de leite)
1 xícara de leite
250g de bacon em cubos
sal, pimenta-do-reino e noz moscada a gosto
1 xícara de queijo picado (pode ser mozarela ou gruyère)

Preparação do Recheio
Frite o bacon até ficar quase dourado. Escorra em papel absorvente e reserve.
Numa vasilha, misture os ovos com o leite e o creme de leite (natas).
Tempere com sal, pimenta-do-reino e noz moscada.
Acrescente o bacon, misture bem e disponha por cima da massa já pré-assada.
Espalhe o queijo por cima do recheio e leve ao forno a 180ºC por 35/40 minutos (ou até a massa e o topo dourar). Para ver se a quiche está cozida basta fazer o teste do palito.

E está pronta uma deliciosa Quiche Lorraine!

Algumas Notas:

  • Se não quiser fazer a massa pode optar por uma massa quebrada de compra. 
  • Escolha nata líquida fresca (creme de leite no Brasil) que adicionará maciez à sua preparação. 
  • Para uma versão mais leve, pode substituir o bacon por quadrados de presunto ou fiambre. 
  • Para a quiche ter um efeito gratinado, costuma adicionar-se  queijo ralado por cima. Se quiser, contudo, seguir a receita da tradicional quiche Lorraine, não pense nisso nem por um segundo (corre o risco de incorrer na ira dos puristas)!
  • Mas não se aflija porque há muitas variações da quiche Lorraine. Assim, se adicionar queijo (ralado ou não) à sua preparação, obterá uma Quiche de Vosges, se adicionar cebola, terá uma quiche alsaciana.
  • Pode acompanhar a Quiche Lorraine com uma salada verde ou uma salada mista e terá assim uma refeição rápida e fácil.
  • A Quiche Lorraine combina com vinhos brancos secos e frutados. Assim, se estiver em França, pode optar por um vinho branco da Alsácia: Riesling ou Pinot Blanc, que pela sua frescura e acidez equilibram a riqueza do creme, ou por um Chardonnay (sem carvalho), ou por um Bourgogne Aligoté, ou ainda por um Mâcon-Villages. Ainda pode optar por um vinho branco do Loire: como um Sancerre ou um Sauvignon da Touraine porque trazem uma vivacidade agradável.
  • Se estiver em Portugal, as sugestões são as seguintes: Brancos portugueses: Encruzado (Dão), Arinto (Lisboa ou Bucelas), vinho Verde (Alvarinho ou Loureiro mais estruturado) ou Tintos leves (se preferir): Baga, Tinta Roriz/Jaen (Dão).
Deixo-lhe agora um vídeo com uma receita da célebre Quiche Lorraine francesa.

terça-feira, julho 01, 2025

Nó em Espiral: Macramé

Assista hoje a mais uma aula de macramé. Aqui lhe deixo dois tutoriais acerca de mais um nó básico, o Nó em Espiral ou Nó DNA
Vale bem a pena porque é muito fácil.
Ora veja. 

O vídeo abaixo também ensina a fazer o nó espiral, mas, caso lhe falte fio no decorrer do processo, também ensina como pode fazer uma emenda. Espero que goste.

segunda-feira, junho 30, 2025

Utz

 Utz, é um livro do escritor Bruce Chatwin (1940 - 1989) que foi um romancista e escritor de viagens inglês.

Bruce Chatwin é um dos mais aclamados escritores de literatura de viagens de sempre. Foi jornalista do Sunday Times Magazine durante vários anos, e a carta de demissão que mandou ao seu superior ficou célebre – nela lia-se simplesmente: "Fui para a Patagónia." 

O seu livro mais celebre é, Na Patagónia, um clássico da literatura contemporânea, relato de viagem e retrato da solidão dos grandes territórios do sul do mundo. A sua carreira literária foi curta (mais longa terá sido a de viajante), mas de enorme brilho. Os seus livros, mais conhecidos são: O Vice-Rei de Ajudá, O Que Faço Eu Aqui?, Utz, Os Gémeos de Black Hill, Anatomia da Errância ou Regresso à Patagónia (com Paul Theroux).

Sinopse:
Ao cuidar da sua coleção de porcelanas de Meissen, Kaspar Utz encontrou um refúgio contra as adversidades do século XX. E apesar das restrições sentidas na Checoslováquia durante a Guerra Fria, Utz afirma a sua individualidade nesta devoção às preciosas peças.
Autorizado a sair do país uma vez por ano, Utz considera repetidamente a possibilidade de desertar. Porém, não podendo levar consigo as porcelanas, refém do regime e da coleção de Meissen, regressa sempre a casa - um microcosmo povoado de pequenas e frágeis figuras, que constituem para o seu proprietário um mundo mais real do que o próprio mundo.

domingo, junho 29, 2025

Oração a São Pedro

Hoje o Cristianismo festeja o dia de São Pedro e de São Paulo. Contudo, em Portugal e na lusofonia só o apóstolo pescador se tornou um dos três santos populares. São Pedro é, contudo, o mais sisudo dos santos talvez porque é o que tem atribuições de maior responsabilidade! Damos-lhe o encargo de fazer chover, pedimos-lhe que um dia nos abra as portas do Céu e generoso como é,  ainda lhe sobra tempo para proteger os pescadores e as viúvas!
Assim sendo e como os encargos são pesados aqui lhe deixo uma oração a este Santo Popular.

Glorioso apóstolo São Pedro,
com as tuas 7 chaves de ferro,
eu te peço, rogo, imploro,
que abras as portas dos meus caminhos,
que se fecharam diante de mim,
atrás de mim,
à minha direita e à minha esquerda.
Abre para mim os caminhos da felicidade,
os caminhos financeiros,
os caminhos profissionais,
com as tuas 7 chaves de ferro,
e concede-me a graça de poder viver sem obstáculos.

Glorioso São Pedro,
tu que sabes todos os segredos do céu e da terra,
ouve a minha oração e atende a prece que te dirijo.
Que assim seja.
Ámen.