sábado, fevereiro 09, 2019

A Igreja de São Domingos: Visita Guiada

Proponho-lhe que assista a mais um episódio do programa televisivo Visita Guiada desta feita à Igreja de São Domingos, em Lisboa, pelas mãos da jornalista Paula Moura Pinheiro.
Esta é uma das mais imponentes igrejas do país, com raízes no século XIII. É uma visão assombrosa porque mantém deliberadamente visíveis as marcas do último grande desastre que sofreu. Mas o incêndio que a desfigurou em meados dos anos 50 do séc. XX foi apenas um dos inúmeros incidentes que a Igreja de São Domingos protagonizou.
O historiador António Camões Gouveia guia-nos pela história desta peça extraordinária e, através dela, pelas histórias das gentes de Lisboa.

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

"Me cansé... me rindo..."

Leonardo Haberkorn, jornalista e escritor, era professor numa universidade de Montevideo. Corre na internet um artigo seu, publicado em papel, em 2015, com o título "Me cansé... me rindo...", onde declara ter deixado o ensino, que antes o apaixonava, e explica porquê.
Tomámos a liberdade de o traduzir, pois, por certo, ele tocará muitos professores e directores de escolas portuguesas. Desejável é que tocasse instâncias superiores e, de modo mais alargado, a sociedade.

"Depois de muitos e muitos anos, hoje dei a última aula na Universidade. 
Cansei-me de lutar contra os telemóveis, contra o whatsapp e contra o facebook. Ganharam-me. Rendo-me. Atiro a toalha ao chão.
Cansei-me de falar de assuntos que me apaixonam perante jovens que não conseguem desviar a vista do telemóvel que não pára de receber selfies.
Claro que nem todos são assim. Mas cada vez são mais
Até há três ou quatro anos a advertência para deixar o telemóvel de lado durante 90 minutos, ainda que fosse só para não serem mal-educados, ainda tinha algum efeito.
Agora não. Pode ser que seja eu, que me desgastei demasiado no combate. Ou que esteja a fazer algo mal.
Mas há algo certo: muitos desses jovens não têm consciência do efeito ofensivo e doloroso do que fazem. Além disso, cada vez é mais difícil explicar como funciona o jornalismo a pessoas que o não consomem nem vêem sentido em estar informadas.
Esta semana foi tratado o tema Venezuela. Só uma estudante entre 20 conseguiu explicar o básico do conflito. O muito básico. O resto não fazia a mais pequena ideia. Perguntei-lhes (...) o que se passa na Síria? Silêncio. Que partido é mais liberal ou que está mais à 'esquerda' nos Estados Unidos, os democratas ou os republicanos? Silêncio. Sabem quem é Vargas Llosa? Sim!
Alguém leu algum dos seus livros? Não, ninguém! Lamento que os jovens não possam deixar o telemóvel, nem na aula. Levar pessoas tão desinformadas para o jornalismo é complicado.
É como ensinar botânica a alguém que vem de um planeta onde não existem vegetais. Num exercício em que deviam sair para procurar uma notícia na rua, uma estudante regressou com a notícia de que se vendiam, ainda, jornais e revistas na rua.
Chega um momento em que ser jornalista é colocar-se na posição do contra. Porque está treinado a pôr-se no lugar do outro, cultiva a empatia como ferramenta básica de trabalho.
E então vê que estes jovens, que continuam a ter inteligência, simpatia e afabilidade, foram enganados, a culpa não é só deles. Que a incultura, o desinteresse e a alienação não nasceram com eles.
Que lhes foram matando a curiosidade e que, com cada professor que deixou de lhes corrigir as faltas de ortografia, os ensinaram que tudo é mais ou menos o mesmo. Então, quando compreendemos que eles também são vítimas, quase sem darmos conta vamos baixando a guarda.
E o mau é aprovado como medíocre e o medíocre passa por bom, e o bom, as poucas vezes que acontece, celebra-se como se fosse brilhante. Não quero fazer parte deste círculo perverso. Nunca fui assim e não serei assim.
O que faço sempre fiz questão de o fazer bem. O melhor possível. E não suporto o desinteresse face a cada pergunta que faço e para a qual a resposta é o silêncio. Silêncio. Silêncio. Silêncio. Eles queriam que a aula terminasse. Eu também."  
Leonardo Haberkorn

quinta-feira, fevereiro 07, 2019

O Biscoito da Teixeira

O Biscoito da Teixeira ou Doce da Teixeira é um doce típico português, de cor escura e de sabor intenso. O Biscoito da Teixeira está presente em todas as festas e romarias  (especialmente na época de Verão) do Norte de Portugal.
É artesanal, confeccionado de forma rectangular em forno a lenha, conservando-se por muito tempo, mesmo á temperatura ambiente.
Este biscoito não tem a sua origem histórica bem definida, mas sabe-se que o seu nome deriva da terra onde supostamente terá surgido – freguesia da Teixeira (concelho de Baião) e que a receita foi passando de geração em geração e de romaria em romaria.
Existem dois tipos de biscoito da Teixeira, um mais comum, que se encontra com relativa facilidade nas feiras e romarias do concelho de Baião ou nas terras próximas; e um outro, confecionado em alturas especiais, denominado biscoito fino. Este biscoito fino tem como característica o facto de levar pouca água e de ter uma forma de cozedura diferente.
Trata-se de um biscoito tradicional que, apesar da divulgação da receita – uma vez que também se confeciona noutras terras bem próximas – tem um segredo que lhe confere o sabor único e característico do "verdadeiro" biscoito da teixeira, segredo esse que só as pessoas da terra – que o produzem há muitos anos, ou aprenderam a fazê-lo com os seus antepassados –, sabem.
Se quiser assistir à preparação do Biscoito da Teixeira ou Doce da Teixeira assista a uma rubrica de Culinária da RTP (televisão portuguesa) clicando aqui.  Entretanto, deixo-lhe aqui uma das várias receitas, que aparecem nanet, se quiser candidatar-se à sua preparação.

Ingredientes:
350 g de açúcar amarelo
2 ovos
350 g de farinha de trigo
150 g de farinha de milho
400 ml de água morna
1 pitada de sal
1 colher de sobremesa de canela em pó
1 colher de chá de erva-doce em pó
1 limão (a raspa)
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
Q.b. de óleo (para untar a forma)

Modo de fazer:
Pré-aqueça o forno a 180º C.
Bata com as varas de arames o açúcar com os ovos.
Junte alternadamente as farinhas e a água e misture bem.
Adicione a pitada de sal, a canela, a erva-doce e a raspa de limão.
Acrescente o bicarbonato de sódio e misture.
Coloque o batido numa forma untada de óleo e leve ao forno por cerca de 25 minutos.
Retire do forno, desenforme, deixe arrefecer e delicie-se!

quarta-feira, fevereiro 06, 2019

Judi Dench: A Minha Paixão por Árvores

Judi Dench, é uma das atrizes britânicas mais acarinhadas do público, mas poucos sabem da sua grande paixão pelas árvores.
Essa paixão ficou demonstrada no belo documentário da BBC (40 m), realizado por Harvey Lilley e passado na RTP2 - Judi Dench: A Minha Paixão por Árvores.
Filmado ao longo de um ano e seguindo o ciclo da estações, este documentário é altamente instrutivo.
Imperdível, já que a atriz mais respeitada do Reino Unido - Judi Dench - fala da sua dedicação e paixão pelas árvores e se empenha em dar a conhecer o papel essencial das mesmas na história e no futuro.
Se não teve a oportunidade de ver o filme, vale a pena assistir ao trailer, que aqui lhe deixo em baixo. Não perca.

terça-feira, fevereiro 05, 2019

Tarde


Teus olhos húmidos eram lagos
em que nosso desejo se mirava.
Tua boca entreaberta era a mensagem
do teu corpo moço que se dava.

Teu hálito quente
embrulhado de desejo
vinha de não sei lá que profundezas
em que de amor tuas entranhas se abrasavam.

E havia, amor, a envolver-nos,
essa solidão enorme
entre pinheiros, céu e terra quente
da tarde que dorme ...
João José Cochofel - Obra Poética 

segunda-feira, fevereiro 04, 2019

China: Essa Desconhecida


Proponho-lhe que assista a uma reportagem sobre a China, feita pelo programa Fantástico da Rede Globo, exibida em 2018.
Vale a pena ficar a conhecer melhor este país milenar. Ora veja!

domingo, fevereiro 03, 2019

Amor, meu grande amor

Oiça a banda brasileira Barão Vermelho em Amor, meu grande amor.

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada
Me venha sem saber se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor, que chega assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente
Que tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça
E quando me quiser que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver, que eu seja o último e o primeiro
E quando eu te encontrar, meu grande amor, me reconheça
Pois tudo tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor, que eu seja o último e o primeiro
E quando eu te encontrar, meu grande amor, por favor me reconheça
Pois tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo
Que tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo
Compositores: Ana Maria Terra Borba Caymmi e Angela Ro-Ro