sábado, setembro 22, 2018

Parque Nacional de Aparados da Serra

O Parque Nacional de Aparados da Serra é uma unidade de conservação e de proteção integral da natureza localizada na serra Geral, que se situa entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, na região sul do Brasil.
Os Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral, abrangem uma área de aproximadamente 30.400 ha, distribuída ao longo dos contrafortes da região natural comumente denominada de Aparados da Serra, inserida na formação geológica da Serra Geral – daí a origem do nome destas importantes unidades de conservação.
O maior atrativo do Parque é o Canyon Itaimbezinho, que tem uma profundidade que vai até aos 700m, com paredões verticais, uma fenda estreita e as paredes rochosas ornadas pelo verde exuberante da Mata Atlântica.
Aparados da Serra, região conhecida como a Terra dos Canyons, dispõe do maior conjunto de formações deste género da América do Sul.
É como voltar atrás 130 milhões de anos, quando a separação dos continentes e os constantes derrames de lavas deram origem ao que se chama hoje de planalto vulcânico da Serra Geral, no extremo nordeste do Rio Grande do Sul. Noutras palavras, ali está um dos cenários mais exclusivos e desconhecidos do Brasil.
Cambará do Sul é o município brasileiro que tem a sorte de abrigar estes dois parques nacionais — o de Aparados da Serra e o da Serra Geral —, uma região de Mata Atlântica e de Floresta de Araucárias.
A região dos Aparados inclui as cidades de Vacaria, Bom Jesus e São José dos Ausentes, declarada o ponto mais alto do Rio Grande do Sul (o Pico do Monte Negro, no canyon Monte Negro, a 1.403 metros de altitude).
Entre araucárias gigantes e gargantas profundas, o turismo na Terra dos Canyons começa agora a desenvolver-se a passos largos.

sexta-feira, setembro 21, 2018

A Ilha Migingo (2)


Já aqui lhe dei conta da existência desta ilha.
Vale a pena ver a apresentação que se segue, e entretanto, para ficar a conhecer mais um pouco sobre este assunto, basta clicar aqui.
Não perca a apresentação abaixo.
Vale bem a pena.

quinta-feira, setembro 20, 2018

quarta-feira, setembro 19, 2018

domingo, setembro 16, 2018

O Túmulo do Rei D. Dinis

Para que fique a conhecer mais alguma coisa acerca do Túmulo do Rei D. Dinis aqui lhe deixo a crónica de Maria Máxima Vaz.

"O túmulo do Rei D. Dinis foi aberto em 1938.
O Rei D. Dinis escolheu a Igreja do Mosteiro Cisterciense de Odivelas para sua última morada. Indicou mesmo o local – la meio, entre a capela-mor e o coro.
Para que a sua vontade fosse cumprida, fez essa declaração no seu testamento.
Assim se cumpriu.
Naquele local e naquele Igreja foi depositado o seu corpo quando o cortejo fúnebre chegou, vindo de Santarém.
Era um mausoléu majestoso. O primeiro a ter uma estátua jacente. O primeiro a ficar dentro de um lugar sagrado.
Estava cercado de grades altas de ferro terminando em escudetes nas pontas dos balaústres com as armas de Portugal, e cruzes da Ordem de Cristo. Um dossel cobria-o em toda a sua dimensão.
O sismo de 1755 precipitou sobre o túmulo do Rei D. Dinis a abóbada da igreja do Mosteiro Cisterciense de Odivelas deixando-o gravemente arruinado.
Reconstruída a Igreja, foi o túmulo encostado à teia do corredor lateral direito e ali esteve até 1938, ano em que se fizeram novamente obras na Igreja. Em consequência dessas obras, foi necessário mudá-lo de lugar e para facilitar o trabalho transportaram primeiro a tampa, pelo que, logo que a levantaram, ficaram à vista os restos mortais do Rei.
Removida a tampa viu-se um manto de brocada vermelho a cobrir o corpo do Rei, da cabeça aos pés.
Este manto era tecido com fios de ouro.
A todo o cumprimento tinha faixas alternadas, separadas com fios dourados e onde se tinham executado bordados com os seguintes motivos: numa das faixas estavam bordadas pinhas em toda a sua extensão; na faixa seguinte bordaram açores e na última viam-se flores de Liz.
Na opinião dos que assistiram a este acontecimento, as pinhas são uma referência ao pinhal de Leiria.
Os açores, sendo o Rei um amante da caça de volataria, lembram-nos as aves de caça que muito estimava.
Conta-se que até mandou construir uma capela a São Luís em Beja, porque este santo lhe ressuscitou um falcão.
As flores de Liz são uma afirmação da sua ascendência real francesa.
Retirado o manto, ficou à vista o esqueleto do Rei, que estava completo e coberto pela pele ressequida. Tinha vestido um colete de lã branca muito macia, sobre a túnica. A cabeça repousava numa almofada e estava inclinada como quem dorme sobre o lado esquerdo, posição que o corpo acompanhava ligeiramente. O braço direito dobrado sobre o peito e o esquerdo descaído ao longo do corpo. Apenas os ossos dos pés estavam separados uns dos outros. Nos maxilares a pele estava um pouco separada e apresentava uma longa barba ruiva. Na cabeça a pele não se apresentava solta do crânio e tinha tufos de cabelos ruivos.
O Rei tinha 64 anos quando faleceu, o que para a época era uma idade avançada. Apesar da idade, conservava todos os dentes.
Perante os restos mortais do Rei, os pintores dos seus retratos não se podiam ter enganado mais.
Foi uma surpresa a verificação que era ruivo, o que se deve ao facto de ter antecedentes germânicos.
Afirma-se que soldados franceses terão tentado profanar o túmulo pensando que o Rei teria sido sepultado com esporas de ouro. De facto alguém partiu o túmulo no sítio dos pés, e terão introduzido
um objecto que puxasse as esporas. Não garanto que tivesse sido assim, mas o facto de os ossos dos pés estarem espalhados pode ter essa explicação.
Não há sinais de ter sido aberto o túmulo antes de 1938, nem notícia de ter sido aberto depois.
Posteriormente foi levado para o segundo absidíolo esquerdo, por decisão dos técnicos das obras, decisão que não foi aprovada pelo presidente do Conselho, que ordenou a sua remoção para dentro da
Igreja, por saber que essa era a vontade do Monarca. Foi então colocado onde hoje se encontra – na capela do lado do Evangelho.
Para que conste que o Rei D. Dinis está sepultado no seu túmulo, depositado na Igreja do Mosteiro Cisterciense feminino de São Dinis e São Bernardo em Odivelas, o que tenho vindo a afirmar continuadamente desde 1980.
Nota:
"Estes são conhecimentos porque uma pessoa com saber e responsável soube transmitir-nos o que viu. Era então Director do Instituto de Odivelas um grande Militar e Pedagogo, Coronel Ferreira Simas. Assistiu à abertura e ordenou a uma professora de desenho que reproduzisse os bordados do manto. Mais tarde teve conhecimento de um artigo que fazia uma descrição cheia de atropelos.
Então ele fez um relatório dos factos, com a descrição do que viu. Merece todo o crédito a sua descrição e foi aí que obtive as informações que aqui vos deixei com enorme satisfação."
Maria Máxima Vaz.