Na Roma Antiga, a culinária consistia sobretudo em vegetais, pão e frutas. Os romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo, romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas. O prato típico era uma papa feita de água com cevada. Uma versão mais sofisticada levava vinho e miolos de animais. Somente os ricos comiam carne, geralmente de carneiro, burro, porco, ganso, pato ou pombo. Os romanos alimentavam os porcos com figos para que a sua carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. Faziam o mesmo com os frangos, alimentando-os com anis e outras especiarias. A maior parte da alimentação era produzida localmente com exceção dos cereais que eram provenientes do Egito, a pimenta da Índia e as tâmaras do Norte da África.
A culinária da Roma Antiga fazia um uso generoso de condimentos e molhos (o garum). Os principais condimentos utilizados na preparação das refeições eram a pimenta, os cominhos, os orégãos, a salsa e até mesmo o mel.
As principais refeições do dia a dia dos romanos eram: o Jentaculum (pouco tempo depois de se levantarem); o Prandium (que era tomada de pé por volta do meio-dia) e a Cena (que era a principal refeição do dia e se iniciava cerca das quatro horas da tarde). Esta última refeição dividia-se em três partes: gustatio (ou gustus ou promulsio - composto por uma série de aperitivos), a prima mensa (composta por vegetais e carnes) e a secunda mensa (consistia na sobremesa, na qual se serviam frutas ou bolos).
Como é que se sabe isto tudo?
Através de fontes escritas, da arte e da arqueologia.
Estas fontes incluem os textos de autores como Énio, Plauto, Horácio, Virgílio, Aulo Pérsio Flaco, Petrónio e Plínio o Novo. No campo das fontes escritas técnicas estão como a obra De re rustica de Marco Terêncio Varrão, a De agricultura de Marco Pórcio Catão, os textos de Columela, para além da compilação de receitas De re coquinaria de Apício.
A arte fornece dados que são expressos através dos mosaicos, frescos, pinturas e na cerâmica. Registe-se ainda as informações arqueológicas presentes em restos de alimentos encontrados em túmulos, em acampamentos militares ou no estômago de múmias.
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