Finisterra é um livro (1978) do escritor português Carlos de Oliveira (1921 - 1981).
Sobre esta obra, Herberto Helder deixou-nos estas palavras: "Proposto como romance, é antes uma alegoria ficcionalmente articulada que pode ser lida na perspetiva de uma espécie de cartografia imaginária do autor, constituindo assim a melhor introdução ou o melhor comentário à sua obra."
Sinopse:
Finisterra tem como pano de fundo a paisagem gandaresa e explora a decadência de uma família, espelhada numa casa em estado de degradação contínuo.
Neste romance, Carlos de Oliveira explora também a interpretação subjetiva do homem no seu contacto com a realidade.
Carlos de Oliveira leva-nos a Finisterra — paisagem e povoamento, para ambientes crus e ásperos. Vive-se o passado numa viagem onde a memória é desenraizada e projectada numa ambiência mágica e fantasmagórica, dando-se origem a uma construção temporal e espacial única na literatura portuguesa. O homem regressa à terra natal, à casa natal, reconhece os traços da infância nos objectos, no pó espesso que os cobre, na luz filtrada pela janela, no silêncio da noite. Onde a terra acaba e o eco começa. Onde a paisagem se reconhece.
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