Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente…
O fim de ano aproxima-se a passos largos. Uma das noites mais aguardadas é a Noite da Passagem do Ano (ou como dizem os brasileiros a Noite da Virada).
Alguns portugueses passam esta noite com a família. Outros passam o Réveillon em hóteis, restaurantes, bombeiros ou outros espaços que organizem festas de passagem de ano, com ceia, champagne ou espumante, e música para dançar.
Outros ainda, vão para a rua assistir aos fogos de artifício e às festas de passagem de ano organizadas pelas câmaras municipais ou juntas de freguesia, da maioria das localidades do país.
Na passagem do ano, como já acontece há alguns anos, o município de Lisboa organiza uma festa no Terreiro do Paço. Normalmente, há shows com diversos artistas e quando chega a meia noite, acontece um grande espetáculo de fogos de artifício. E a festa ainda continua depois da meia noite e dos fogos.
Mas, uma das festas mais importantes deste tipo é a que se realiza no Funchal (Madeira).
Em Portugal, nesta noite, existe o costume de se comer, à meia - noite, doze passas de uva ou doze bagos de uva e pedir doze desejos.
Algumas pessoas, bebem champagne, sobem para cima de uma cadeira e para atrair a boa sorte colocam, uma nota de grande valor no sapato, enquanto outras "enxotam o ano velho" fazendo muito barulho com as tampas das panelas.
O preto (ao contrário do Brasil, onde se usa sobretudo roupa branca) é a cor dominante nas festas de Réveillon, sempre à mistura com o dourado e o prateado. Também é hábito utilizarem-se peças de roupa interior de cores específicas (predominantemente azuis ou nalguns casos vermelhas). Há quem acredite que estes costumes trazem boa sorte, na entrada do novo ano.
Uma das tradições do Dia de Ano Novo (dia 1), implica estrear-se roupa nova. Quem pode, é evidente.
Um Quarto Com Vista é um livro do escritor E. M. Forster. E. M. Forster (1879-1970) foi um romancista britânico.
As suas obras mais conhecidas são A Room with a View (1908, Um Quarto com Vista), Howards End (1910) e A Passage to India, (1924, Passagem para a Índia) que veio a ser o seu último romance (que também foi transposto para o cinema).
Sinopse:
Neste romance de comédia social, Forster ocupa-se de um dos seus temas favoritos: a imaturidade da classe média inglesa, aqui representada por um grupo de turistas expatriados em Florença. Os turistas ingleses são observados com um olhar minuciosamente irónico. A excepção é Lucy Honeychurch, uma jovem fascinada pela exuberância da paisagem humana e que, apesar da sua educação vitoriana, procura agir com naturalidade.
Nas suas relações com a preconceituosa prima Charlotte, os pouco convencionais Emersons e o arrogante noivo, Lucy vê-se dividida entre as actividades sociais e os sobressaltos do coração.
Hansel e Gretel(ou João e Maria) é um conto de fadas cuja origem tem a ver com a tradição oral e que foi recolhido pelosirmãos Grimm.
Este conto relata as aventuras de dois irmãos (Hansel e Gretel ou João e Maria), filhos de um pobre lenhador, que moravam na floresta com o pai e a sua esposa.
Um dia, enquanto o pai trabalhava, a madrasta de João e Maria, estava a fazer uma torta. Entretanto, teve de sair para colher amoras na floresta. Pediu ao João e à Maria para que cuidassem da casa enquanto ela estivesse ausente.
Quando regressou da floresta, encontrou a casa toda desarrumada e, a torta que estava a preparar no chão. Ficou muito aborrecida com as crianças e, para se livrar delas, resolveu mandá-las à floresta para colherem mais amoras.
Os miúdos eram espertos. À medida que se iam internando na floresta, iam deitando no chão migalhas de pão, para não se perderem e puderem encontrar o caminho de casa. Porém, quando resolvem voltar para casa, percebem que as migalhas haviam sido comidas pelos pássaros da floresta e que estavam perdidos.
Enquanto procuravam o caminho para casa, João acaba por encontrar no meio da floresta, uma casa feita de doces. Como estava com muita fome, depois de tanto tempo à procura do caminho para casa, João chama Maria para comerem as guloseimas da casa.
Enquanto as crianças se deliciavam com os doces, uma velha bruxa aparece de dentro da casa e convida-os para entrar.
Lá dentro, a feia bruxa dá-lhes mais comida até eles não aguentarem mais. Toda a aparente gentileza da bruxa não passa de um maléfico plano para comer as criancinhas. Logo a seguir prende-as para as assar. Porém, espertas, as crianças descobrem o plano da bruxa e enganam-na, atirando-a para dentro do forno que ela queria utilizar para as cozinhar.
Livres da bruxa, João e Maria são encontrados pelo pai, cuja mulher havia morrido.
Voltam para casa levando consigo o dinheiro que estava dentro da foice da bruxa, e que era suficiente para os sustentar no resto de suas vidas.
O cantor George Michael despediu-se de todos nós no dia de Natal.
"Last Christmas" é uma canção (1984) dos Wham, escrita, produzida e interpretada pelo seu líder, George Michael.
Esta música (que pode ouvir aqui, na voz do próprio) tornou-se um hit global tendo sido gravada, desde então, por inúmeros artistas do mundo inteiro (como pode ver no vídeo em baixo com a interpretação de Taylor Swift).
O mundo da música lamenta a morte de George Michael aos 53 anos.
Uma História de Natal é um filme (do género comédia), americano e canadiano (1983), realizado por Bob Clarke adaptado da obra In God We Trust: All Others Pay Cash, de Jean Shepherd.
Passado na década de 40, o filme conta a história de um Natal na vida de Ralphie(Peter Billingsley, que viria a tornar-se um dos produtores executivos de Homem de Ferro).
No elenco encontra, entre outros atores, Melinda Dillon, Darren McGavin e Peter Billingsley. Sinopse:
Ralphie (Peter Billingsley) é um garoto que tenta convencer os pais, os professores e até mesmo o Pai Natal, de que uma espingarda de brinquedo seria o presente perfeito para uma criança dos anos 40.
Apesar deste filme ser apreciado fora da época natalícia, é possível entender o estrondoso sucesso que o filme tem até hoje.
Nem pareces o mesmo
Exposto
Num presépio de gesso!
E nunca foi tão santa no teu rosto
Esta paz que me dás e não mereço.
É fingida também a neve
Que te gela a nudez.
Mas gosto dela assim,
A ser tão branca em mim
Pela primeira vez. Miguel Torga
Devia ser neve humana
A que caía no mundo
Nessa noite de amargura
Que se foi fazendo doce…
Um frio que nos pedia
Calor irmão, nem que fosse
De bichos de estrebaria. Miguel Torga
Um anjo imaginado,
Um anjo dialéctico, actual,
Ergueu a mão e disse: - É noite de Natal,
Paz à imaginação!
E todo o ritual
Que antecede o milagre habitual
Perdeu a exaltação.
Em vez de excelsos hinos de confiança
No mistério divino,
E de mirra, e de incenso e oiro
Derramados
No presépio vazio,
Duas perguntas brancas, regeladas
Como a neve que cai,
E breves como o vento
Que entra por uma fresta, quezilento, Redemoinha e sai:
À volta da lareira
Quantas almas se aquecem
Fraternamente?
Quantas desejam que o Menino venha
Ouvir humanamente
O lancinante crepitar da lenha? Miguel Torga
Proponho-lhe que assista a um dos melhores filmes de Natal dos últimos tempos.
Este filme finlandês (2007) conta a vida de Nicolau e como nasceu o personagem do Pai Natal.
É um filme que nos deixa de lágrima no canto do olho, e que nos fala da lenda do Natal, da generosidade e da amizade.
Do Elenco fazem parte as seguintes atrizes e atores: Minna Haapkylä, Matti Ristinen, Laura Birn, Antti Tuisku, Hannu-Pekka Björkman, Kari Väänänen, Mikko Kouki, Mikko Leppilampi e Otto Gustavsson. Sinopse:
Numa remota aldeia da Lapónia, o jovem Nikolas perde a família num acidente. Acaba depois, por ser adotado pelos moradores da aldeia.
Todos os anos, no dia de Natal, Nikolas tem que mudar para uma outra casa. Para mostrar a sua gratidão, Nikolas faz brinquedos, como presente de despedida, para as crianças das famílias que o vão acolhendo.
Ao longo dos anos, torna-se muito amigo das suas ex-famílias adotivas e coloca na manhã de Natal, em todas as casas da aldeia, um presente nas portas, .
Quando os moradores sofrem de escassez de alimentos, têm que enviar Nikolas, para trabalhar como aprendiz, para o carpinteiro e eremita Lisakki. Sob a sua tutela severa, Nikolas desenvolve habilidades que lhe permitem criar presentes ainda melhores e trabalhar ainda, mais rápido.
Mas, Iisaki que odeia crianças, proíbe Nikolas de fazer presentes de Natal.
Assim, a tradição parece que está prestes a desaparecer... Será?
A Felicidade Não Se Compra é um filme americano (1947), do género comédia dramática, realizado por Frank Capra.
Do elenco fazem parte, entre outros, os seguintes atores: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore.
Sinopse: Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey (James Stewart), que sempre ajudou toda gente, pensa em suicidar-se saltando de uma ponte, devido às maquinações de Henry Potter (Lionel Barrymore), o homem mais rico da região.
Mas, muitas pessoas oram por ele de tal maneira que Clarence (Henry Travers), um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas, é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de idéias.
O anjo mostrar-lhe-á, através de flashbacks, como seria a vida das pessoas em seu redor, se ele não tivesse existido, demonstrando assim a sua importância, na vida de cada um.
White Christmas ou Natal Branco é um filme americano (1954), do género comédia musical, realizado por Michael Curtiz, com canções de Irving Berlin.
Os intérpretes de Natal Branco são: Bing Crosby, Danny Kaye, Rosemary Clooney e Vera-Ellen. O título do filme vem de uma canção natalícia que venceu o Oscar de melhor canção de 1942, um dos maiores sucessos da carreira de cantor de Bing Crosby.
Sinopse:
Dois amigos, Bob e Phil, juntam-se para salvar o hotel de um amigo comum, que está falido. Para isso, realizarão, em conjunto com uma coreógrafa, um show de Natal. Bing Crosby cantará nesse show a canção, Natal Branco ou White Christmas, um dos singles mais famosos de todos os tempos.
O "O Natal do Moleiro", é um fado tradicional da autoria de Alfredo Marceneiro (a melodia desta composição intitula-se "Fado C.U.F.", uma composição do fadista, quando o mesmo trabalhava nas fábricas da Companhia União Fabril), sobre versos de Henrique Rego.
É este excelente e lindíssimo fado sobre o Natal, que lhe proponho que oiça hoje,
Que noite de Natal tristonha, agreste
De neve amortalhava-se o caminho
E o vento sibilava do nordeste
Nas frinchas das portas do moinho
Sentado à velha mó já carcomida
Onde incidia a luz duma candeia
O moleiro de barba encanecida
Com a mulher comia a parca ceia
Próximo do moinho ouviu-se em breve
Uma voz e o moleiro abrindo a porta
Viu um velhinho todo envolto em neve
Vergado ao peso duma esperança morta
Marinhas - Esposende
Entrai meu peregrino da desgraça
Disse o moleiro ao pálido ancião
Aqui não há dinheiro, existe a graça
De haver carinho, piedade e pão
Vinde comer, agasalhar-se ao lume
Festejar o nascer do Deus Menino
Porque a vida somente se resume
Na escravidão imposta p’lo destino
E então o velhinho numa voz sonora
Pronunciou levando as mãos ao peito
Abençoado seja a toda a hora
Este moinho que é por Deus eleito
O Natal dos portugueses, embora com algumas variações de região para região e de família para família, no essencial inclui, quase sempre, os mesmos costumes e tradições. Um deles é o Presépio e outro a árvore de Natal.
Normalmente as famílias e as cidades portuguesas montam os presépios e as árvores de Natal, a partir do início de dezembro.
As casas, das mais humildes às mais requintadas, decoram-se ainda com grinaldas, centros de mesa e outras decorações natalícias, como forma de se preparar a Noite da Consoada e o Dia de Natal.
Na jantar da Consoada, não pode faltar à mesa o bacalhau cozido com batatas, ovos e verduras (cenouras, cebolas, nabos, couve portuguesa, bróculos), tudo bem regado com bom azeite.
No Minho (norte do país) manda também a tradição, ter na mesa o polvo assado ou cozido.
Ao aproximar-se a meia-noite, muitas famílias católicas vão à Missa do Galo. No final da missa é costume beijar o Menino, como prova de devoção e de respeito. Em algumas aldeias faz-se uma fogueira (madeiro de natal) no largo da terra ou no adro da igreja, para aquecer o Menino e, depois da Missa do Galo as pessoas ficam um pouco a confraternizar.
No regresso a casa, o Menino Jesus (ou o Pai Natal) já deixou prendas para todos. Depois de se abrirem as prendas come-se a ceia de Natal, que inclui doces e salgados (pasteis de bacalhau, marisco, rissóis, etc).
No capítulo dos doces, os típicos desta quadra são, entre outros: as rabanadas ou fatias douradas; as filhoses, as azevias, os sonhos, os coscorões, as broas (castelar, de milho, de mel e outras). Há também muitos frutos secos como as nozes, as castanhas, as amêndoas, os pinhões, as ameixas, as uvas passas, etc. O Bolo Rei não pode faltar na mesa e é mesmo o rei da festa, embora o pão de ló e o bolo podre também apareçam em muitas mesas portuguesas.
No dia de Natal come-se a roupa velha (feita com os restos do bacalhau da consoada), o cabrito, o capão, o leitão ou o peru assados e muitos doces deliciosos, que variam de região para região. Para além dos que referi anteriormente, ainda temos os doces de colher, como o arroz doce, o leite creme, a aletria, as farófias, os mexidos ou formigos, o pão de rala, as enxarcadas, etc.
Alguns destes usos e costumes espalharam-se pelo resto do mundo como pode ver clicando aquie aqui.
O Natal é uma festa de família e o mais importante é ter a família reunida em paz, segurança e com alegria, de preferência à volta de uma mesa farta.
Se entretanto quiser ficar a conhecer mais uma receita de bacalhau, aqui lhe deixo o vídeo, com as Sopas de bacalhau da Consoada na Mouradia à moda da família Semião (Trancoso) - Natal 2013.
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente. Vinicius de Moraes
Veja o vídeo abaixo que lhe mostra o que é uma Árvore de Natal original.
Um casal de Tico Tico fez o ninho numa árvore de Natal de uma família brasileira.
O tico-tico é uma ave da família Emberizidae. Distingue-se dos restantes pássaros, pela sua coloração raiada de castanho, negro e cinza e pela poupa.
Tem uma larga área de ocorrência nas Américas Central e do Sul, desde a Terra do Fogo até ao sul do México, evitando as florestas densas.
No Brasil também é conhecido, curiosamente, como Jesus-Meu-Deus, Maria-Judia e Salta-Caminhos.
Oiça a cantora Kylie Minogue em It's The Most Wonderful Time Of The Year. Kylie Minogue (1968) é uma cantora, compositora, atriz e filantropa australiana.
Kylie começou a sua carreira como atriz infantil na televisão australiana. Alcançou o reconhecimento do público através do seu papel na novela Neighbours.
O seu primeiro single, "Locomotion", esteve sete semanas no primeiro lugar nas tabelas australianas e tornou-se o single mais vendido da década.
O seu primeiro álbum, Kylie (1988), e o single "I Should Be So Lucky", alcançou a primeira posição no Reino Unido. Do final da dácada de oitenta até ao início da década de 90, os seus primeiros treze singles atingiram o Top 10 no Reino Unido, na UK Singles Chart. Estreou-se no cinema com The Delinquents (1989), que foi um sucesso de bilheteria quer na Austrália quer Reino Unido, apesar das críticas negativas.
Apesar de uma vida e carreira com altos e baixos, Minogue vendeu mais de 70 milhões de discos, e recebeu prémios de música, considerados notáveis, incluindo 2 Brit Awards, 1 VMA e 1 Grammy Award pelo seu percurso artístico.
O Natal em Portugal é uma festa da família. Em muitas famílias portuguesas, no final de novembro ou início de dezembro começam os preparativos para comemorar o Natal.
Na maioria, começam por montar o presépio, de preferência com a ajuda da criançada.
O presépio é uma das tradições importantes, sobretudo para os católicos. Pequenos ou grandes, com poucas ou muitas figuras, em muitos lares a decoração só está completa com este elemento religioso.
O Presépio Tradicional Português é feito com musgo, vegetação e peças de cerâmica avulsas. Não podem faltar a Nossa Senhora, o Menino Jesus e São José.
Mas, um presépio bem montado tem que incluir também, a estrela, os Reis Magos, os pastores, a vaca, o burrinho e tudo o mais que a tradição e a imaginação ditar.
Em Portugal, o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos costumes populares.
Nas famílias mais tradicionais é montado no início do Advento sem a figura do Menino Jesus que só é colocada na noite de Natal, depois da Missa do Galo. Tradicionalmente, é perto do presépio que são colocados os presentes que são distribuídos depois de se colocar a imagem do Menino Jesus. O presépio é desmontado a seguir ao Dia de Reis.
Lapinha Madeirense
Nos lares madeirenses ou portossantenses não pode faltar também o presépio, que aí ganha a designação de “lapinha”.
As lapinhas são enfeitadas com ramos de azevinho, e com pequenos ramos de árvores, caídos no chão, cobertos com diversas espécies de líquenes como as barbas de velho.
Para completar esta decoração, não podem faltar os frutos da época como as laranjas, as tangerinas, as castanhas e nozes; algumas flores da época como os sapatinhos.
Na maioria das terras portuguesas, as próprias autarquias encarregam-se de montar os seus presépios nos locais mais frequentados dos centros urbanos.
A vila de Alenquer reforçou epíteto de Vila Presépio quando, em 1968, criou a tradição de montar um gigantesco presépio, elaborado pelo pintor Álvaro Duarte de Almeida, numa das colinas da vila.
Foi dada assim expressão prática a um qualificativo que pertencia aquela vila portuguesa desde o século XIII - altura em que aí se fixou o primeiro convento franciscano da Península Ibérica.
Oiça o fadista português, Alfredo Duarte Júnior no fado, Aí vem o Natal (Música - Fado CUF).
Aí vem o Natal! De tão velhinho
Traz uns trémulos passos de incerteza,
É preciso ampará-lo com carinho
E dar-lhe um lugar de honra à nossa mesa
Aí vem o Natal de sonhos ledos
Dos sonhos que se sonham acordados,
Traz um saco cheinho de brinquedos
Modernos, sugestivos, engraçados...
Um ror de peças, tanques, aviões
Miniaturas de espadas e de lanças,
Máscaras, espingardas e canhões
Enfim, toda a alegria das crianças...
Seria bom no entanto que o Natal
Às lutas dos miúdos desse fim,
Nanja que dessas guerras venha o mal
Mas as zangas começam sempre assim...
Aí vem o Natal, um velho ufano
Que espalha pelo mundo os seus engodos,
Deus queira que ele venha este ano
Com bandeirinhas brancas para todos!... Carlos Conde
Flores Partidas (Broken Flowers) é um filme americano (comédia) realizado por Jim Jarmusch (em 2005).
Os intérpretes desta comédia são: Bill Murray, Jeffrey Wright, Sharon Stone, entre outros.
Sinopse:
Por vezes, a vida reserva-nos grandes surpresas...
Don Johnston (Bill Murray) é um solteirão convicto, que terminou recentemente mais um namoro. Repentinamente, recebe uma carta cor-de-rosa, que diz que ele possui um filho de 19 anos.
Surpreso e curioso, Don decide então partir pelos Estados Unidos em busca do filho desconhecido.
As Broas Castelar são um dos doces típicos da quadra natalícia em Portugal.
Consta que esta especialidade foi uma criação dos irmãos Castelar, proprietários da Confeitaria Francesa, fundada em 1860, que se situava na Rua do Ouro, na Baixa de Lisboa.
Feitas à base de batata doce e coco, são uma especialidades característica dos Santos e do Natal. Sobretudo para quem vive nas cidades.
Ingredientes:
400 gr batata doce | 750 gr açúcar | 125 gr amêndoas raladas | 1 laranja (raspa do vidrado) | 50 gr coco ralado | 150 gr farinha de milho | 75 gr farinha de trigo sem fermento | 3 ovos
Preparação:
Coza a batata doce, retire a casca e reduza a puré. Leve ao lume o puré com o açúcar e vá mexendo sempre, para não queimar.
Quando começar a borbulhar adicione a amêndoa, o coco, a casca de laranja e os ovos, misturando todos os ingredientes muito bem, sem retirar do lume. Junte, depois, as farinhas, previamente misturadas, e envolva bem.
Retire do lume, coloque sobre uma superfície, previamente polvilhada com farinha, e deixe a massa arrefecer.
Molde as broas (forma oval achatada, com cerca de 30gr) e coloque num tabuleiro untado e polvilhado com farinha.
Pincele as broas com gema de ovo e leve a cozer, em forno bastante forte, durante cerca de 15 minutos.
Os Formigos ou Mexidos são um dos doces tradicionais do Minho que têm presença obrigatória no jantar de Consoada.
Têm uma receita fácil, simples, e que era executada consoante as posses das famílias.
Assim, quem não tinha possibilidades para mais, deitava mão de um pouco de pão duro, mel, ovos e casca do limão. E fazia os mexidos.
Se tivesse mais posses, adicionava à receita os frutos secos e o vinho do Porto. Ingredientes:
1l de água
200 grs de açúcar amarelo
2 colheres de sopa de mel
1 casca de laranja ou limão
1 pau de canela
1 pitada de sal
250grs de pão duro em cubinhos
4 gemas
1 cálice cheio de vinho do Porto
40grs de manteiga
60grs de passas
30grs de pinhões
Canela em pó
Preparação:
Num tacho coloque a água, o açúcar, o mel, a casca de laranja ou limão, o pau de canela e o sal e deixe ferver durante 3 minutos. Junte depois o pão, mexa até ferver e retire do lume.
À parte, misture as gemas com o vinho do Porto e deite, em fio, no preparado anterior, mexendo sempre. Adicione, depois, a manteiga em pedacinhos, as passas e os pinhões e leve de novo ao lume, mexendo cuidadosamente, sem deixar ferver.
Retire, deite numa travessa ou taças e polvilhe com canela a gosto.
* * * * *
Agora deixo-lhe, também, um texto delicioso(que encontrei na net), adaptado da receita de "Mexidos", do livro Coisas de Açúcar, de Manuel Luís Goucha.
Para a noite da Consoada,
de véspera guarda um pão,
Com açúcar faz a calda,
Põe a casca de um limão.
Manteiga e mel a juntar
Ao Porto e ao pão esfarelado,
leva ao lume sem queimar,
Mexe sempre com cuidado.
Frutos secos bem escolhidos,
Gemas de ovo a completar,
Não esqueças que nestes mexidos,
A arte é mexer sem parar.
Para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos celebrado hoje, proponho-lhe a leitura de um livro.
O assinalar desta data e o livro, pretendem homenagear o empenho e a dedicação de todos os cidadãos (e organizações) defensores dos direitos humanos e colocar um ponto final a todos os tipos de discriminação, promovendo a igualdade entre todos os cidadãos. Da Ditadura à Democracia. O Caminho para a Libertação, é um livro de Gene Sharp. Gene Sharp (1928), é um professor emérito de ciências políticas da Universidade de Massachusetts Dartmouth. É conhecido pelo seu extenso trabalho sobre luta não-violenta, que tem influenciado várias resistências anti-governamentais ao redor do mundo.
Já agora fique a saber que este foi o livro que levou à detenção de 15 ativistas angolanos, entre eles Luaty Beirão. Sinopse: Da Ditadura à Democracia é um guia prático para a luta não violenta. Originalmente publicado em 1994, tem inspirado dissidentes políticos de todo o mundo e já foi traduzido em mais de trinta línguas. Este livro de Gene Sharp desempenhou um papel central na Primavera Árabe, e tornou-se a principal referência para os revolucionários não violentos do século XXI.
A árvore do anis-estrelado (Illicium verum) faz lembrar o loureiro, pelo seu belo porte, e a magnólia pelas flores decorativas que ostenta. Toda a planta exala um agradável aroma semelhante ao anis, ainda que mais intenso. O anis-estrelado (Illicium verum ), não deve ser confundido com o anis (pimpinella anisum L.) apesar de conter o mesmo princípio ativo (anetol) tendo propriedades semelhantes àquela planta. É digestivo como o anis, porém é mais concentrado.
Originário do Sul da China foi introduzido na Europa no século XVII. Os chineses utilizam-no para temperar carnes e frutos do mar.
É uma árvore da família das Magnoliáceas, que atinge de 2 a 5 metros de altura. A sua casca é branca e as folhas perenes. Durante o verão o seu caule cilíndrico fica coberto de pequenas e delicadas flores brancas. Os frutos têm a forma de estrela de 8 a 12 pontas, de cor castanha.
O anis-estrelado é também conhecido como anis-da-China, anis-do-Japão, anis-da-Sibéria, funcho-da-China, badiana, anis verdadeiro e estrela-de-anis. O anis estrelado ficou famoso por entrar na composição de licores (e noutras receitas de doces e salgados) e pelas suas propriedades medicinais.
Ajuda a tratar a bronquite, as dificuldades de lactação, a fraqueza, a flatulência e os problemas de estômago.
Esta planta é utilizada, também, na indústria farmacêutica, para o fabrico do Tamiflu, atualmente utilizado para combater a gripe suína.
Mais recentemente, tem vindo a ser usado também na decoração. Enfeita quadros, bandejas, cortinas e tudo o mais que a imaginação inventar.