Foi projetada, em 1907, pelo arquiteto Norte Júnior por encomenda de Agapito Serra Fernandes, industrial de confeitaria, de origem galega, para alojamento dos seus trabalhadores mediante o pagamento de renda. A construção ficou concluída em 1909.
A vivenda Rosalina, moradia do antigo proprietário, com capela privada, lago e jardim, situa-se no centro do bairro. No topo norte do bairro, os restantes edifícios de rés-do-chão e primeiro andar, com galeria e escada exteriores, distribuem-se, em planta, em forma de U em torno de arruamentos particulares com nomes de familiares do proprietário Agapito Serra Fernandes: Josefa Maria, Virgínia e Rosalina. No total, o bairro conta com 120 fogos, de pequenas dimensões. É visível a distinção entre as habitações destinadas a trabalhadores, ligadas por escadas e galerias exteriores, e as destinadas à família do proprietário, Agapito Serra Fernandes, onde se destaca a Vivenda Rosalina, um palacete com capela privada, cascata e jardim, que acolhe atualmente um lar de idosos.
A estrela, símbolo republicano e maçónico, que deu o nome ao bairro, está presente em motivos decorativos, das pedras da calçada ao ferro forjado dos candeeiros, no ferro forjado das galerias ou nos painéis de azulejos à entrada e no interior do bairro.
O antigo Royal Cine, na rua da Graça, fazia também parte do empreendimento e aí foi projetado o primeiro filme sonoro em Portugal.
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