sábado, outubro 21, 2023

Bombaim ou Mumbai: Uma Cidade Global

Bombaim ou, oficialmente, Mumbai é a maior e mais importante cidade da Índia e a 4.ª mais populosa do mundo. Conta com uma população estimada em 12 478 447 habitantes (2011) residindo apenas no seu núcleo urbano, ou 20 748 395, se considerarmos a região metropolitana, conhecida como Grande Bombaim. Capital e a maior cidade do estado de Maarastra, situa-se nas margens do oceano Índico.

A cidade passou a chamar-se Mumbai apenas em 1995, em homenagem à deusa hindu Mumba – antes, era conhecida como Bombaim, nome que recebeu dos colonizadores. Localizada na costa oeste indiana, a metrópole é, atualmente, o principal polo financeiro e cultural do país. Há até quem diga que pode ser comparada, ao mesmo tempo, a Nova York e a Hollywood.

As sete ilhas que vieram a constituir a atual Bombaim foram habitadas por nómadas que tinham a pesca como a sua principal fonte de sobrevivência. Durante séculos, as ilhas estiveram sob o controle de sucessivos impérios indianos, antes de serem cedidas aos portugueses que depois as cederam aos britânicos, quando passou a ser controlada pela Companhia Britânica das Índias Orientais. 

Em meados do século XVIII, a urbanização de Bombaim foi reformulada pelos britânicos, com grandes projetos de engenharia civil, fazendo surgir uma cidade comercial e cosmopolita. 

O desenvolvimento económico e educacional caracterizou a cidade durante o século XIX, tornando-a uma forte base para o movimento de independência da Índia, no início do século XX. Quando o país se tornou independente em 1947, a cidade foi incorporada no estado de Bombaim. Em 1960, após o movimento Maharashtra Samyukta, o novo estado de Maarastra foi criado, com Bombaim como capital, como se mantém até hoje.

Classificada como uma "cidade global alfa", Bombaim é o maior centro económico e comercial da Índia, abrigando instituições financeiras importantes, como o Reserve Bank of India (o banco central indiano), a Bolsa de Valores de Bombaim e a Bolsa de Valores da Índia, bem como a sede de diversas empresas importantes. Todos estes atributos fazem com que a cidade seja considerada a mais rica do país. A cidade é responsável por quase 70% de todas as transações comerciais e financeiras da Índia.

Com um dos maiores e mais movimentados portos do mundo, a cidade de Bombaim é responsável por cerca de 70% de toda a atividade portuária do país - devido, principalmente à sua modernidade e à sua posição estratégica dentro do continente asiático. 

Bombaim atrai imigrantes de todo o país e de vários países vizinhos, devido às grandes oportunidades comerciais e ao nível de vida relativamente alto. Tornou-se, com isto, um núcleo cosmopolita de várias comunidades e culturas. É em Bombaim que se situa Bollywood, o principal centro da indústria indiana de cinema e televisão.

Na margem do porto de Mumbai está o icónico Porta da Índia, um arco de pedra, construído pela Índia Britânica. Próximo da ilha Elefanta há templos em cavernas antigas dedicados ao deus hindu Shiva.

O ponto de partida para um passeio pela cidade é, então, o Gateway of India ("Porta da Índia"), um enorme arco construído pelos ingleses, em 1911, na saída do porto, e hoje rodeado por artistas de rua, equilibristas, mágicos e encantadores de serpentes. Bem pertinho fica o Taj Mahal Palace, hotel de 1903, erguido em estilo vitoriano e transformado num ponto turístico da cidade.

Um dos lugares de devoção mais populares de Mumbai é o Siddhivinayak Temple, que guarda uma curiosa imagem do deus Ganesha - que tem cabeça de elefante - com a tromba do lado direito do corpo, ao contrário da representação mais comum. Pode terminar o dia à beira-mar: na Chowpatty Beach que é a praia preferida dos moradores para tomar um sorvete, caminhar no calçada da Marine Drive e admirar o skyline da cidade.

Outro ponto interessante que deve conhecer é a estação ferroviária Chhatrapati Shivaji, de 1888, construída em estilo gótico vitoriano e incluída na lista de Património Mundial da Unesco.

E agora ainda outro vídeo sobre esta vibrante cidade.

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