sábado, dezembro 21, 2024

O Inverno

Com votos de um Santo Natal não deixe de ler ou ouvir O Inverno que é um poema de Eugénio de Andrade. Assim, assinalamos também o Solstício de Inverno que ocorrerá hoje às 09h21.

Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.

Vem de sobretudo,
vem de cachecol,
o chão onde passa
parece um lençol.

Esqueceu as luvas
perto do fogão:
quando as procurou
roubara-as um cão.

Com medo do frio,
encosta-se a nós:
dai-lhe café quente
senão perde a voz.
 
Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.

sexta-feira, dezembro 20, 2024

Bolo de Natal dos Açores

Com votos de Boas Festas e de um Feliz Natal, proponho-lhe, hoje, uma receita de Bolo de Natal que faz parte da gastronomia açoriana característica desta época festiva.

Há várias maneiras de preparar este bolo, como pode ver nos links acima. É uma delícia que faz parte da mesa da Consoada da maioria dos açorianos. Há quem o faça duas a três semanas antes do Natal.

Ingredientes:
1 kg farinha de trigo sem fermento
1 kg açúcar
6 ovos
250 gr manteiga
2 colheres de chá fermento em pó
1 chávena mel de cana ou melaço
1 chávena compota o sabor é à sua escolha
250 gr. frutas cristalizadas
250 gr. frutos secos nozes, amêndoas, avelãs, pinhões picadas miudinhas
frutos secos Ameixa seca, passas, sultanas, figos secos
1 cálice vinho do Porto
canela em pó qb
cravo-da-índia qb
noz-moscada qb

Preparação:
De véspera, pique as frutas miudinhas e envolva bem em farinha com 1 colher de chá de fermento.
No dia, bate-se o açúcar com os ovos inteiros, as especiarias e a manteiga, que convém estar macia. Junta-se a farinha, o melaço, os doces e as bebidas espirituosas. Bate-se bem, a deixar a massa macia, mas nem muito mole nem muito dura.
Junta-se ao bolo a fruta, envolvendo bem. (pode mexer com as mãos porque a massa fica muito pesada).
Vai ao forno, em forma untada e enfarinhada, durante 1 1/2 a 2 horas, em lume baixo para não queimar. Não deixar secar muito.
Para que o bolo não escureça muito por baixo, pode-se forrar a forma com papel vegetal untado. Por cima pode-se colocar uma folha de papel vegetal.
Notas:
Pode encontrar o melaço de cana em alguns supermercados junto ao mel e afins. É um produto quase preto, e muito consistente. Para fazer o bolo mais escuro pode aumentar a quantidade.
Os doces, podem ser de qualquer sabor. As formas podem ser de qualquer formato mas se fizer bolos pequenos, tenha em atenção o tempo de cozedura que reduz bastante.

quinta-feira, dezembro 19, 2024

All I Want for Christmas Is You

Com votos de Boas Festas proponho-lhe que ouça a cantora Mariah Carey em All I Want for Christmas Is You.

I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need
I don't care about the presents underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you
Yeah

I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need (and I)
Don't care about the presents underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking there upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy with a toy on Christmas Day

I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you
You, baby

Oh, I won't ask for much this Christmas
I won't even wish for snow (and I)
I'm just gonna keep on waiting underneath the mistletoe
I won't make a list and send it to the North Pole for Saint Nick
I won't even stay awake to hear those magic reindeer click

'Cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do?
Oh, baby, all I want for Christmas is you
You, baby

Oh-oh, all the lights are shining so brightly everywhere (so brightly, baby)
And the sound of children's laughter fills the air (oh, oh, yeah)
And everyone is singing (oh, yeah)
I hear those sleigh bells ringing
Santa, won't you bring me the one I really need? (Yeah, oh)
Won't you please bring my baby to me?

Oh, I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just wanna see my baby standing right outside my door

Oh, I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Oh, baby, all I want for Christmas is you
You, baby

All I want for Christmas is you, baby
All I want for Christmas is you, baby
All I want for Christmas is you, baby
All I want for Christmas (all I really want) is you, baby
All I want (I want) for Christmas (all I really want) is you, baby

quarta-feira, dezembro 18, 2024

O Presépio

Presépio do Beneficiado Oliveira,
da Patriarcal (1766, Sé de Lisboa).
O Presépio é uma tradição do Natal que foi criada por São Francisco de Assis no século XIII, frade que fez o primeiro Presépio, em 1223..

A tradição católica refere que, em 1223, São Francisco de Assis passou o Natal em Greccio, perto de Roma. Aproveitou a viagem para pregar às pessoas e contar a história do nascimento de Jesus Cristo. Como o público era formado por camponeses iletrados, decidiu construir o cenário do nascimento de Cristo para facilitar a assimilação da história. Pediu autorização às autoridades da Igreja, iniciando a construção do Presépio quando a obteve. A gruta, que simula o local onde Jesus Cristo nasceu, em que São Francisco de Assis construiu o primeiro Presépio tornou-se local de peregrinação de fiéis.

A partir disto, o ato de construir este símbolo consolidou-se e espalhou-se pelos locais de tradição cristã. Essa consolidação da tradição do Presépio deu-se através de padres franciscanos.

A primeira empresa fabricante de presépios surgiu em Paris, no século XV. Os Presépios podem ser reproduzidos em todos os tamanhos, tanto em miniatura quanto em tamanho real.

A Igreja Católica recomenda a sua montagem no primeiro domingo do Advento e a sua desmontagem em 6 de janeiro (Dia de Reis).

O Presépio celebra o nascimento de Jesus Cristo, sendo uma chamada de atenção para os cristãos, de que Jesus foi enviado à Terra para pagar os pecados da humanidade.

Além disso, o Presépio reforça valores importantes, entre eles a humildade, pois Cristo, o filho de Deus, veio à Terra como um homem comum, pois erra filho de um carpinteiro e tinha nascido num estábulo.

No início, os presépios eram restritos aos altares das igrejas, mas com o tempo passaram a fazer parte dos lares dos nobres da Península Ibérica e de Nápoles. A partir do séc. XVIII, a tradição começou a  espalhar-se por outros países da Europa. 

É uma tradição bastante popular nos países cristãos, e a sua montagem acontece não só em locais públicos, como praças, shoppings centers, igrejas, mas também nas residências particulares. 

Um Presépio possui diferentes elementos e personagens. Reproduz o nascimento de Jesus num estábulo em Belém e possui as seguintes personagens:

O Menino Jesus: o filho de Deus que desceu à Terra para salvar a humanidade dos seus pecados;

A Virgem Maria: a mãe de Jesus;

São José: o pai adotivo de Jesus e quem recebeu as revelações para fugir para o Egito de maneira a garantir a segurança de Jesus. Cuidou dele como se fosse seu próprio filho;

O Anjo: é a representação do anjo Gabriel, aquele que revelou a Maria que ela daria à luz o filho de Deus (o messias);

Os Reis Magos: os Três Magos (Gaspar, Belchior e Baltasar) que vieram do Oriente para visitar, prestar culto e presentear Jesus com ouro incenso e mirra. Foram trazidos pela Estrela de Belém. As imagens dos reis magos só começaram a aparecer em presépios por volta do ano 1484.

A Estrela: a Estrela de Belém, que guiou os Reis Magos até Jesus.

Os Animais: estavam no estábulo quando Jesus nasceu e são representados de forma a sugerir que até os animais (a vaca, o boi, o carneiro e o jumento) entendiam a divindade de Jesus.

Os Pastores: representam o acolhimento de Jesus a todos, até aos pastores, uma das classes sociais mais humildes da região.

A Manjedoura: é o símbolo da humildade de Jesus, que, filho de Deus, veio à Terra como um homem simples e pobre.

Presépio da Basílica da Estrela
Em Portugal, o culto do presépio terá surgido entre os séculos XVII e XVIII, sendo vários os escultores conceituados que, desde então, conceberam figuras para a encenação da Natividade.

Em Lisboa pode visitar alguns dos presépios mais emblemáticos, seguindo a Rota dos Presépios que lhe deixo aqui. Entre eles, um dos mais espetaculares presépios setecentistas portugueses, foi moldado, e está assinado e datado, por Joaquim Machado de Castro (1766).

terça-feira, dezembro 17, 2024

O Arco de Nossa Senhora da Conceição: Velha Goa

 O Arco de Nossa Senhora da Conceição é um dos vestígios de melhoramentos ou intervenções que os portugueses operaram no perímetro amuralhado muçulmano de Goa.

A sua implantação, no local ou muito próximo da anterior Porta do Mandovim, constitui um dos aspetos para compreender o desenho da linha defensiva da cidade pré - portuguesa. Com o crescimento urbano da cidade de Goa após 1510, a muralha pré ‑ portuguesa da cidade rapidamente se revelou obsoleta, tendo, por isso, começado a ser desmantelada. Contudo, as quatro portas principais mereceram uma atenção particular: a Porta do Cais foi integrada no Palácio dos Vice ‑Reis; a Porta dos Baçais foi integrada no conjunto da Misericórdia e Igreja de Nossa Senhora da Serra; e a Porta da Ribeira foi desmantelada, para no seu local se edificar a Capela de São Martinho. Finalmente, e segundo Gaspar Correia, a Porta do Mandovim depois de ter sido entaipada foi reaberta, figurando na vista de Goa da autoria de Linschoten publicada em 1596. 

Com o advento da Inquisição na Índia, a porta parece ter aumentado de significado, sendo o local por onde os condenados eram conduzidos à Praça do Mandovim, onde se executavam as sentenças. Neste contexto, foi ‑ se afirmando o hábito de os condenados rezarem junto a uma imagem de Nossa Senhora colocada num nicho sobre o arco da porta. Para tal foram construídas escadas de acesso ao nível do nicho. Nesta altura, a estrutura era conhecida como Porta dos Justiçados. Em meados do século XVII a porta foi renomeada Nossa Senhora da Conceição e é provável que tenha sido restaurada no âmbito da iminente invasão da Ilha de Tiswadi em 1683 ‑1684. Consumado o abandono da cidade de Goa, o Arco de Nossa Senhora da Conceição resistiu até ao presente, tendo sido restaurado, provavelmente, na década de 1950, a exemplo do que sucedeu com vários outros edifícios em Velha Goa. O desenho clássico da estrutura apresenta claras afinidades com a versão original do Arco dos Vice ‑ Reis, da autoria do arquiteto Júlio Simão. Ressaltam as dimensões do seu nicho, de onde foi retirada a imagem de Nossa Senhora.
Fonte: https://hpip.org/pt/heritage/details/633

segunda-feira, dezembro 16, 2024

Broas de Natal

Com votos de um Feliz Natal deixo-o (a) com uma receita de Broas de Natal (com mel e vinho do Porto) que encontrei aqui.

Ingredientes:
1 kg de farinha T65, sem fermento
400 gr de açúcar amarelo
2 c. de sopa de mel
3 ovos L
1 c. de chá de sal
1 c. de chá de fermento
1 c. de sopa de canela em pó
1 c. de sopa de erva doce
150 ml de azeite
200 ml de leite
1 cálice de vinho do porto
100 gr de amêndoas
100 gr de nozes
100 gr de sultanas (ou arandos) 
1 limão só a raspa
1 ovo, para pincelar

Preparação:
Numa batedeira coloque a farinha, o açúcar, a erva doce, o sal, a canela e o fermento. 
Envolva com o gancho.
Amorne o azeite, vaze sobre a massa e comece a bater em velocidade média. Adicione o mel, os ovos, um a um, e continue a bater. Adicione o leite, sempre a bater e por fim a raspa do limão e o vinho do porto.
Pique as nozes e as amêndoas e adicione á massa, assim como as sultanas. Envolva bem com o gancho.
Coloque a massa numa bancada enfarinhada e amasse. 
Com as mãos enfarinhadas faça bolas de 40 gr cada. Disponha-as num tabuleiro forrado com papel vegetal. Com um garfo pressione um pouco as bolas. 
Pincele com o ovo previamente batido.
Leve as broas ao forno pré-aquecido a 180º durante 25 minutos, ou até ficarem douradinhas.
Retire-as do forno, e deixe-as arrefecer numa grade.

domingo, dezembro 15, 2024

Jingle Bells

Com votos de Boas Festas ouça Frank Sinatra & Bing Crosby em Jingle Bells.

Jingle Bells, originalmente conhecida como One Horse Open Sleigh, é uma das mais comuns e conhecidas canções natalícias do mundo. Foi escrita e composta por James Lord Pierpont (1822–1893) e publicada como One Horse Open Sleigh em 1857. Tratava-se, contudo, de uma canção para o dia de ação de graças e não para o Natal. A canção retrata as experiências do eu lírico ao andar pela neve num trenó puxado a cavalo.

Dashing through the snow
In a one-horse open sleigh
O'er the fields we go
Laughing all the way
Bells on bobtail ring
Making spirits bright
What fun it is to laugh and sing
A sleighing song tonight

Refrão
Jingle bells, jingle bells
Jingle all the way
Oh! What fun it is to ride
In a one-horse open sleigh (2x)

Refrão
A day or two ago
I thought I'd take a ride
And soon, Miss Fanny Bright
Was seated by my side,
The horse was lean and lank
Misfortune seemed his lot
He got into a drifted bank
And then we got upsot

Refrão
A day or two ago
The story I must tell
I went out on the snow
And on my back I fell
A gent was riding by
In a one-horse open sleigh
He laughed as there I sprawling lie
But quickly drove away

Refrão

Now the ground is white
Go it while you're young
Take the girls tonight
and sing this sleighing song
Just get a bobtailed bay
Two forty as for his speed
And hitch him to an open sleigh
And crack! You'll take the lead