terça-feira, dezembro 10, 2013

Invictus

Hoje Dia Internacional dos Direitos Humanos, não poderíamos deixar de lembrar uma das personalidades mais marcantes do século XX, recentemente falecida, que lutou pela defesa dos direitos do seu povo: Nelson Mandela.
"Recentemente eleito Presidente, Nelson Mandela sabia que a nação continuava racista e economicamente dividida, fruto do apartheid. Acreditando que poderia unir o seu povo através da linguagem universal do desporto, Mandela apelou à selecção de rugby, que fez uma improvável caminhada até à Final do Campeonato do Mundo de 1995". Esta é a sinopse de "Invictus", um filme (2009) realizado por Clint Eastwood e que conta com as interpretações de Anthony Peckham, Langley Kirkwood, Matt Damon, Morgan Freeman e Scott Eastwood.
Neste filme recorda-se que quando Nelson Mandela se encontrava aprisionado em Robben Island, onde cumpria pena de trabalhos forçados, o líder sul-africano, símbolo da luta contra o Apartheid, encontrou nas palavras do poema Invictus de Ernest Henley a esperança e a força necessárias para se manter vivo. Mandela contava que toda vez que começava a esmorecer, lia e relia o texto, em busca de um "companheiro" para a dor.
Mais de um século após ser escrito, o poema "Invictus", do britânico William Ernest Henley continua fascinando e influenciando pessoas em todo o mundo. Certamente, Henley, o mais velho de seis filhos, não imaginou que tanto tempo depois as suas palavras - escritas em 1875 - inspirariam um personagem importante da história não só da África, mas mundial: Nelson Mandela. Confira a seguir o poema que inspirou Mandela (em Português e na versão original em Inglês).

Invictus

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

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