sábado, dezembro 10, 2011

O gato que perdeu a lua

Era uma vez, o gato que perdeu a lua...

"O gato que perdeu a lua" é um pequeno filme de animação que nos conta a história do gato Pitorra. O Pitorra durante o seu passeio perde de vista a Lua, no entanto, descobre que quando se perde algo, também podemos encontrar novas oportunidades que nos trazem felicidade.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Meu amor marinheiro

Carminho (Lisboa,1984), é uma jovem fadista portuguesa, filha da também cantora Teresa Siqueira.
Cantou com o grupo Tertúlia de Fado Tradicional com quem gravou quatro canções ("Toca Pr'á Unha", "O Vento Agitou O Trigo", "Fado Pombalinho" e "O Fado da Mouraria") do cd "Saudades do Fado", editado em 2003. Em 2005 recebeu o prémio Amália, na categoria de Revelação Feminina. Carminho participou, também, no filme "Fados" de Carlos Saura de 2007. O disco com a banda sonora do filme inclui a faixa "Casa de Fados" com a participação de Vicente da Câmara, Maria da Nazaré, Ana Sofia Varela, Carminho, Ricardo Ribeiro e Pedro Moutinho.
Em 2008, participou num concerto de Tiago Bettencourt, e, interpretou "Gritava contra o silêncio", excerto de um conto de Sophia de Mello Breyner Andersen, no primeiro disco de inéditos de João Gil. O disco de estreia de Carminho, "Fado", foi editado em 2009. Recentemente, Carminho, tornou-se a primeira portuguesa a liderar o top de vendas espanhol. O tema Perdonáme (do disco "Acústico"), de Pablo Alborán foi cantado em dueto com a fadista e está a ser um sucesso no país vizinho. Se os quiser ouvir neste dueto, basta clicar aqui.
Ouça, agora a Carminho no fado, "Meu amor marinheiro".

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil em Espanha (1936 -39) foi o acontecimento mais traumático que ocorreu antes da 2ª Guerra Mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX.
De um lado posicionaram-se as forças nacionalistas e fascistas, aliadas das classes e instituições tradicionais da Espanha daquela época (exército, igreja e o latifúndio) e do outro a Frente Popular que constituía o Governo Republicano, representando os sindicatos, os partidos de esquerda e os partidários da democracia.A direita espanhola entendia que tinha que travar uma cruzada para livrar o país da influência comunista e da franco-maçonaria e restabelecer os valores da Espanha tradicional, autoritária e católica. Para isso, era preciso esmagar a república, que tinha sido proclamada em 1931, com a queda da monarquia.
A(s) esquerda(s) entendia
(m) que era preciso travar o avanço do fascismo que já tinha conquistado a Itália (em 1922), a Alemanha (em 1933) e a Áustria (em 1934). Assim, socialistas, comunistas (estalinistas e troskistas), anarquistas e democratas liberais deveriam unir-se para inverter a tendência mundial favorável aos regimes direitistas.
Foi, justamente, este amplo combate ideológico que fez com que a Guerra Civil deixasse de ser um acontecimento puramente espanhol para se tornar num campo de batalha entre forças que disputavam a hegemonia do mundo. Na Guerra Civil espanhola estiveram envolvidas, então, a Alemanha nazi e a Itália fascista, que apoiavam o golpe do General Franco e, a União Soviética, que se solidarizou com o governo Republicano.
Hoje proponho-lhe que assista a uma apresentação (muito bem feita) sobre a guerra civil espanhola. São imagens com história feitas por três fotógrafos. Elas contam a história desta guerra e incluem as da participação do batalhão canadiano - americano e de E. Hemingway que combateram ao lado dos republicanos.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

A rua onde moro

Moro na rua Avelino Dias
aqui nos Coqueiros.

Daqui avisto o mar
e vejo partir os navios
(com eles vai o meu olhar!)

Avisto também a ilha do Cabo
e aquelas três palmeiras unidas
nos bairros dos pescadores…

Oiço o apito dos vapores que partem e chegam
e os sinos da velha Sé, badalando,
badalando horas,
horas compassadas e iguais.

E assisto à vida da cidade e do cais
Logo que o dia começa.

São os pretos serviçais e os calcinhas
os brancos apressados e queimados
as pretas quitandeiras de lenços garridos,
os rapazes dos jornais de passos largo.

Uma cidade que desperta!

Moro na rua Avelino Dias
aqui nos Coqueiros.

Daqui avisto o mar
e a Fortaleza.

Vejo os dongos de Vieira da Cruz
a flutuar na baía,
e uma preta velha, de panos,
vendendo jinguba, rama e caju.

Daqui da minha rua
(da rua onde moro)
namoro a cidade inteira
e adoro a Lua,
uma Lua enorme, redonda,
que ilumina a minha rua!

Moro aqui na Avelino Dias
nos Coqueiros,
aqui fico à vossa disposição!

Préstimos de poeta têm sempre devoção.
Mário Mota Angola, Eu Quero Falar Contigo (1962).

terça-feira, dezembro 06, 2011

Porta Aberta

Camané é um jovem fadista português nascido em 1967. É o irmão mais velho dos também fadistas Hélder Moutinho e Pedro Moutinho.
Camané começou por ganhar a Grande Noite do Fado, numa época em que não havia competição em separado para os mais novos, o que lhe possibilitou a gravação de um álbum produzido por António Chainho.
Depois de uma interrupção de alguns anos regressou às lides do fado, actuando em diversas casas de fado. Participou também nas produções de musicais (de Filipe La Féria) como a "Grande Noite"; a "Maldita Cocaína" e "Cabaret".
A partir de 1995, em que grava o disco "Uma Noite de Fados" com a colaboração de José Mário Branco, nunca mais parou de gravar. Assim,"Na Linha da Vida" saiu em 1998,
"Esta Coisa da Alma" em 2000, "Pelo Dia Dentro" é lançado em 2001, "Como sempre… Como dantes" (um disco gravado ao vivo); Humanos e Humanos ao Vivo Coliseus de Lisboa e Porto), em 2004; em 2006 é lançado o DVD "Ao vivo no São Luíz ;"Sempre de Mim", é editado em 2008; em 2010 lança o álbum "Do Amor e dos Dias". Este álbum inclui um Poema de Alexandre O'Neil, O amor é o amor. O fado de principal deste álbum é "A guerra das Rosas" inspirado pelo filme com o mesmo nome.
Camané tem revelado toda a sua a sua versatilidade interpretativa nos grandes concertos realizados quer nos Coliseus quer no S. Luís. Daí que seja hoje considerado como uma das melhores vozes masculinas dos fadistas da sua geração.
Ouça-o, agora, no belíssimo fado, Porta Aberta.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Espaço Minúsculo

Este é um apartamento incrível, num espaço minúsculo...
Veja como o bom gosto, a criatividade e o pragmatismo andam de braço dado. Veja também como o design e a arquitectura se aliaram e conseguiram transformar este espaço num local agradável para se viver. Ainda por cima, com todas as comodidades porque o espaço foi aproveitado até ao último milímetro.
A idéia de organizar tudo, em tão pouco espaço, surgiu quando Christian Schallert comprou um apartamento de exactos 24 m², isso mesmo, 24. Dentro deste cubículo ele conseguiu colocar uma cozinha, uma sala de estar, uma sala de jantar, uma cama de casal, uma casa de banho e uma mesa. Ainda por cima o apartamento tem uma varanda com vista sobre a cidade.
Quando começar a assistir ao vídeo , vai perguntar-se onde é que ele colocou tudo isso? Nas paredes, pois claro!
A inspiração foi Christian buscá-la aos barcos pequenos, que têm todas as suas divisões em paredes com portas que se abrem e vão revelando outras partes.
Mas, se quiser ver outra proposta do mesmo tipo, basta clicar aqui.

domingo, dezembro 04, 2011

O "Desenrascanço" Português

"Desenrascanço", é a palavra e a qualidade que os ingleses e americanos queriam ter.
Um site norte-americano fez uma lista das 10 palavras estrangeiras que mais falta fazem à língua inglesa. A palavra portuguesa "desenrascanço" é a que lidera.
"Bakku-shan" é a palavra usada pelos japoneses quando se querem referir a uma rapariga bonita, vista de costas. "Nunchi" é outra das palavras escolhidas. É coreana e é usada para definir alguém que fala sempre do assunto errado, um género de desbocado ou inconveniente. "Tingo" é uma expressão usada na Ilha da Páscoa, Chile, e significa pedir emprestado a um amigo até o deixar sem nada.
A lista das "10 palavras estrangeiras mais fixes que a língua inglesa devia ter" é liderada pela palavra portuguesa "desenrascanço". Esta é a expressão que, segundo os autores do site no
rte-americano, mais falta faz ao vocabulário Inglês.

Afinal o que é o "desenrascanço", segundo os norte-americanos?

Depois de duas páginas com explicações acerca das nove palavras estrangeiras mais fixes, chega-se ao número 1. A falta da cedilha não importa para se perceber que estamos a falar do "desenrascanço", tão típico da nossa cultura.
"Desenrascanço: a arte de encontrar a solução para um problema no último minuto, sem planeamento e sem meios", explica o site dando como exemplo a célebre personagem de uma série de televisão MacGyver.
"O que é interessante sobre o desenrascanço - a palavra portuguesa para estas soluções de último
minuto - é o que ela revela sobre essa cultura". "Enquanto a maioria de nós [norte-americanos] crescemos sob o lema dos escuteiros "sempre preparados", os portugueses fazem exactamente o contrário", prosseguem os autores.
"Conseguir uma improvisação de
última hora que, não se sabe bem como, mas funciona, é o que eles [portugueses] consideram como uma das aptidões mais valiosas: até a ensinam na universidade e nas forças armadas. Eles acreditam que esta capacidade tem sido a chave da sua sobrevivência durante séculos".
"E não se ria: a uma dada altura eles conseguiram construir um império que se estendeu do Brasil às Filipinas" à custa do desenrascanço, sublinham os autores, terminando o texto: "Que se lixe a preparação. Eles têm desenrascanco", termina o artigo.
Já agora, que o "desenrascanço" nos valha nesta época de crise..
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