quarta-feira, março 24, 2021

Meu Amor da Rua Onze

Tantas juras nós trocámos,

Tantas promessas fizemos,

Tantos beijos nos roubámos

Tantos abraços nós demos.


Meu amor da Rua Onze,

Já não quero

Mais mentir.

Meu amor da Rua Onze,

Meu amor da Rua Onze,

Já não quero

Mais fingir.


Era tão grande e tão belo

Nosso romance de amor

Que ainda sinto o calor

Das juras que nós trocámos.


Era tão bela, tão doce

Nossa maneira de amar

Que ainda pairam no ar

As vezes promessas, que fizemos.


Nossa maneira de amar

Era tão doida, tão louca

Qu´inda me queimam a boca

Os beijos que nos roubámos.


Tanta loucura e doidice

Tinha o nosso amor desfeito

Que ainda sinto no peito

Os abraços que nós demos.

E agora

Tudo acabou

Terminou

Nosso romance

Quando te vejo passar

Com o teu andar

Senhoril,

Sinto nascer

E crescer

Uma saudade infinita

Do teu corpo gentil

de escultura

Cor de bronze

Meu amor da Rua Onze.

Aires Almeida Santos (1922 - 1991) - "Meu Amor da Rua Onze" (1987).

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