Apaixonada por música, Beth cresceu a ouvir canções de Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, Sílvio Caldas, amigos do seu pai. Influenciada pela Bossa Nova, tornou-se cantora nos anos 1960.
Em 1965, gravou o primeiro compacto, “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli.
Militante fiel dos movimentos sociais e causas políticas, Beth expandiu as suas fronteiras nas reuniões musicais do Cacique de Ramos.
No disco “Pé no Chão”, revelou ao país um novo grupo de compositores e músicos, além de introduzir nos seus discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tantã e o repique de mão, inovações criadas pelos músicos do Fundo de Quintal.
O Brasil inteiro aplaudiu e Beth passou a ser chamada de "madrinha do samba", lançando no estrelato grandes nomes, entre outro, como Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz.
O vídeo que lhe proponho que veja em baixo - Samba na Gamboa - presta um tributo aos 40 anos do disco “Pé no Chão”.
Convidados de honra, Beth Carvalho e Fundo de Quintal contam como a geração formada no Cacique de Ramos revolucionou as rodas do país.
No repertório, super sucessos do samba, como “Água de chuva no mar”, “Ô Isaura”, “Chinelo novo”, “O show tem que continuar”, “Água na boca”, “Coisinha do pai”, “Vou festejar”, “Goiabada cascão” e “Agoniza mas não morre”.
Além de revelar ao país a musicalidade do grupo Fundo de Quintal e da geração do Cacique, o disco ainda ficou famoso por marcar um encontro de gerações. Beth recolheu composições de um grupo de génios lendários da MPB, como Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulo da Portela, unindo o clássico às maiores inovações das rodas de samba.
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