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Já agora, como pode ver na imagem ao lado, a forma da nuvem dava uma excelente pista, pois tinha a configuração de uma borboleta. Mais, os sinais captados pelo radar davam conta que a massa misteriosa se agitava, como se batesse asas, era plana e teria vida.
O caso é que ninguém conseguia identificar que "aquilo" era de facto a soma de muitos milhares de borboletas.
Não se chegando lá pela análise das imagens captadas, o caso deslindou-se por outra via, a do processo migratório das borboletas - Monarca.
A borboleta-Monarca com ampla distribuição nas Américas, tem cerca de 70 mm de envergadura, asas laranjas com listas pretas e marcas brancas.
Há indícios de que esta espécie poderá estar a colonizar o sul de Portugal.
A aparição da "nuvem" coincidiu com a viagem dessa espécie da região dos Grandes Lagos, entre o Canadá e os Estados Unidos, para o centro da região oeste do México.
Normalmente, as borboletas-Monarca migram sozinhas ou aos pares, mas neste caso ter-se-ão agrupado às dezenas de milhar aproveitando as condições meteorológicas favoráveis. Com os ventos de feição, acabaram por formar uma massa o que lhes permite poupar parte da energia de que precisam, para concluir a viagem de dois meses até ao solarengo México.
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