O papiamento originou-se do pidgin português conhecido como guene, por ser falado pelos escravos africanos (originários das regiões da Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e do Golfo da Guiné, entre outras) trazidos para as caraíbas pelos holandeses para o trabalho na lavoura da cana-de-açúcar.
Após a retomada de Cabo Verde por Portugal e da reconquista da Nova Holanda pelos portugueses, alguns judeus sefarditas, portugueses de Cabo Verde e quase todos os do nordeste brasileiro foram para as antilhas holandesas levando consigo o idioma português. A linguagem judaico-portuguesa iria misturar-se ao guene dos escravos africanos, dando origem à primeira forma do papiamento no século XVIII. Com a administração do império colonial holandês nas ilhas, a influência holandesa legou muitas palavras do seu idioma ao papiamento.


O nome desta língua crioula procede da palavra papiá, que significa "conversar", derivada originalmente da palavra portuguesa "papear" (já agora, termo muito utilizado no Brasil). Origina-se igualmente deste verbo coloquial o nome do crioulo de base lusófona de Malaca, o papiá kristáng. O verbo papiâ ainda existe no crioulo cabo-verdiano e significa falar.
Já existem jornais em papiamento e dicionários bilíngues. Alguns intelectuais portugueses interessam-se pela criação de uma rede de pesquisadores de crioulística que entrelace os interessados nestas manifestações linguísticas mestiças, incluindo o papiamento.
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