Henri Cartier-Bresson (1908 — 2004) foi um fotógrafo francês do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
Cartier-Bresson era filho de pais de classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma máquina fotográfica Box Brownie, com a qual tirou inúmeras fotografias.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou até África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a voltar a França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista "Photographies" (1931), que mostrava três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou escapar por duas vezes e somente à terceira obteve sucesso. Juntou-se, depois, à Resistência Francesa na luta pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum em conjunto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado do seu trabalho.
Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson retratava o seu especial ponto de vista. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
Na década de 1950, vários livros com trabalhos seus foram lançados, sendo o mais importante "Images à la Sauvette" (ou "The Decisive Moment").
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registar a vida na União Soviética de maneira livre. Veja a seguir, uma excelente apresentação que é um belíssimo documento histórico, e que mostra as fotografias tiradas por Henri Cartier-Bresson, na sua viagem pela URSS, em 1954.
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