O Prémio Nobel foi instituído, em testamento, por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite.
Os prémios são entregues anualmente, no dia 10 de Dezembro, aniversário da morte do seu criador, a pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade.
O Nobel da Paz é um dos cinco Prémios Nobel, legado pelo inventor Alfred Nobel. Os prémios de Física, Química, Fisiologia/Medicina, Literatura são entregues anualmente em Estocolmo, sendo o Nobel da Paz atribuído em Oslo.
O Comité Nobel norueguês, cujos membros são nomeados pelo Parlamento norueguês, tem a função de escolher o laureado pelo prémio, que é entregue pelo seu presidente actualmente o Sr. Thorbjørn Jagland.
Actualmente há um sexto prémio, o Nobel da Economia, também atribuído (e entregue em Estocolmo) pela Academia Real das Ciências Sueca. Este prémio foi instituído em 1968 para comemorar o 3º centenário do Banco Central da Suécia.
O Comité Nobel decidiu atribuir a Liu Xiabo o Prémio Nobel da Paz este ano, confirmando assim o favoritismo do dissidente chinês ao galardão.
O ex-professor de literatura passou as últimas duas décadas a entrar e sair de prisões chinesas, por defender uma reforma democrática, e tornou-se, assim, no primeiro cidadão da China a receber o prémio.
Este galardão vai criar um problema diplomático, uma vez que o porta-voz chinês do Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha advertido o comité de que uma escolha desse género «colocaria as cordas erradas nas relações entre a Noruega e a China».
Um grupo de outros dissedentes chineses, muitos exilados no exterior, já tinham manifestado, também, o seu desagrado pela possível decisão, considerando Liu Xiaobo um «laureado inadequado». Acusam-no de difamar colegas activistas, abandonar membros perseguidos do movimento espiritual Falun Gong e ser brando com a liderança chinesa.
Poeta e professor de literatura, Liu cumpre actualmente uma sentença de 11 anos de prisão, por «incitar a subversão ao poder do Estado», após assinar um manifesto em 2008 que pedia uma reforma democrática na China.
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