A libélula (também conhecida por libelinha, em Portugal) é um insecto alado pertencente à sub-ordem Anisoptera. Como características distintivas contam-se o corpo fusiforme, com o abdómen muito alongado, olhos compostos e dois pares de asas semi-transparentes. As libelinhas são predadoras e alimentam-se de outros insectos, nomeadamente mosquitos e moscas. Este grupo tem distribuição mundial e tem preferência por habitats nas imediações de águas paradas ou estagnadas (poças ou lagos temporários), zonas pantanosas ou perto de ribeiros e riachos. As larvas de libelinha (chamadas ninfas) são aquáticas, carnívoras e extremamente agressivas, podendo alimentar-se não só de insectos mas também de girinos e peixes juvenis.
Dentro do seu ecossistema, são bastante úteis no controlo das populações de mosquitos e das suas outras presas, prestando assim um serviço importante ao Homem.
As libelinhas adultas têm o sentido da visão extremamente apurado. Os seus olhos são compostos por milhares de facetas (até 30.000) o que lhes confere um campo visual de 360 graus. As libelinhas medem entre 2 e 19 cm de envergadura e as espécies mais rápidas podem voar a cerca de 85 km/h, graças às suas vigorosas asas que lhes permitem um voo extremamente rápido. Estas características facilitam-lhes a captação de presas, mas, ainda assim, não as livram de predadores como as andorinhas, os abelharucos, as garças e os guarda-rios.
Em Portugal além de libelinha ou libélula é conhecida pelos nomes: tira-olhos, lavadeira, cavalinho-das-bruxas, pita, entre outras designações locais.
Vivem no Algarve (e no Vale do Guadiana) numerosas espécies, sobretudo em lagoas e outras águas paradas, onde as larvas demoram um ou mais anos a desenvolver-se.
Em Portugal está confirmada a presença de 65 espécies. Há cerca de um ano atrás, foram recolhidas e identificadas 12 espécies no âmbito de um estágio no Parque Natural do Vale do Guadiana, quatro delas novas para a região.
As maiores ameaças a estas eficazes predadoras de insectos ocorrem na sua fase larvar. A principal ameaça para a conservação destas espécies é a poluição da água. A agricultura e o pastoreio são também factores de ameaça à sobrevivência das libelinhas e libélulas.
No que respeita a medidas de conservação destes insectos, podemos salientar a necessidade de manutenção da qualidade das linhas de água, com especial atenção para a preservação da vegetação ribeirinha existente.
Aprecie agora uma apresentação com imagens de libelinhas captadas em Sagres (Algarve).
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