O termo "Lubango" vem do nome do soba (rei tribal) dos muílas Calubango (ou Kaluvango), que foi o líder local que recebeu a primeira expedição europeia nas suas terras. A área sob o seu domínio passou a ser denominada Terras do Calubango e, com o tempo, Terras de Lubango.
Polo de desenvolvimento da província da Huíla por excelência, o Lubango é limitado a norte pelos municípios de Quilengues e Cacula, a leste por Quipungo, a sul pela Chibia e a oeste pela Humpata e Bibala (Namibe).
O seu clima é tropical de altitude, a temperatura média anual ronda os 20º centígrados, sendo Julho o mês mais frio e Novembro o mais quente. A média pluviométrica anual é superior a 1000 milímetros.
A etnia predominante nesta região de Angola é o subgrupo étnico Ovamuila, do grupo Nhaneka-Humby, que vive disperso em pequenas aldeias.
Os portugueses da Madeira fundaram, em Janeiro de 1885, a "colónia de Sá da Bandeira", que a 31 de Maio de 1923 atingia a categoria de cidade, depois do comboio ter escalado a urbe, vindo do Namibe.
O Lubango desenvolveu-se sobretudo a partir da "colónia de Sá da Bandeira", tomando esse nome entre 1884 e 1975, enquanto o município foi sempre denominado Lubango.
O primeiro contacto europeu com pessoas da região data, contudo, de 1627. Embora a soberania portuguesa tenha começado apenas em 1769, foram os holandeses que deram os primeiros sinais de povoamento europeu, por volta de 1880.
No que se refere à educação, o Lubango assumiu-se desde 2007 como "Cidade do Conhecimento". É de salientar que, no tempo colonial, foi uma das primeiras cidades do interior a possuir ensino liceal, não só o Liceu Nacional Diogo Cão, mas também a Escola Industrial e Comercial Artur de Paiva e o Instituto Agrícola do Tchivinguiro. A chamada "Sá da Bandeira" até 1975, acolheu a sede da atual Universidade Mandume Ya Ndemufayo, que, com outras cinco privadas, perfazem uma rede de seis instituições de ensino superior, onde estudam perto de 15 mil estudantes.
O Monumento do Cristo Rei, as Fendas da Tundavala e Bimbe, as águas cristalinas da Cascata da Huíla, a Serra da Leba (esta última embora pertencente ao município da Humpata, o seu acesso é feito a partir do Lubango) são, sem sombra de dúvidas, os cartões de visita desta cidade localizada a cerca de 2 400 metros de altitude.
De acordo com as projeções de 2018, elaboradas do Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 876 339 habitantes e uma área territorial de 3 147 km², sendo o mais populoso município da província, da região sul de Angola e o sexto mais populoso do país.
O Lubango em conjunto com a Chibia e a Humpata é uma área de grande concentração humana.
Concebida para pouco mais de 50 mil habitantes, a urbe suporta atualmente mais de um milhão, distribuídos em quatro comunas (Arimba, Hoque, Quilemba e Huíla), o que dificulta a prestação de alguns serviços básicos com eficácia.
O Lubango, considerada a Cidade Jardim de Angola, assinala este ano o seu centenário a 31/5/2023, desde a sua elevação a esta categoria, quando a primeira locomotiva do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM) venceu o deserto do Namibe e chegou ao planalto da Huíla.
A cidade do Lubango tenta, aos poucos, reaver a sua antiga imagem, para que se torne verdadeiramente numa das cidades mais prósperas do país.
Se quiser ficar a conhecer um pouco mais desta cidade angolana não deixe de ver os vídeos abaixo (atenção que pelo menos uma das imagens, do vídeo que se segue, não é do Lubango, mas sim do Lobito - é o caso do Tamariz).
E agora um outro vídeo. Ora veja.
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