Até ao final do século XV, as mulheres que passavam por este tipo de situações enfrentavam dois cenários: ficar com o recém-nascido e assumir o papel de mãe solteira – papel esse que era muito malvisto na altura – ou abandoná-lo no meio da rua, rezando para que uma boa alma o acolhesse. Havia ainda uma terceira hipótese, a mais extrema: matar o recém-nascido. Assim não teriam de lidar com o escárnio e maldizer dos vizinhos por a criança não ter progenitor e ser fruto de uma relação proibida, ou com a vida de miséria que iria enfrentar nas ruas.
A urgência em resolver o problema coincide com o aparecimento das irmandades da Misericórdia.
No século XIX foram instituídas, então, as Casas da Roda dos Expostos ou Rodas dos Expostos., as quais desempenharam um papel social fundamental no acolhimento das crianças abandonadas.
A Casa da Roda dos Expostos de Almeida (ao lado) ficava situada estrategicamente na rua da Muralha, junto a uma poterna. Esta pequena casa quadrangular (originalmente de dois pisos) apresenta na fachada a data epigrafada de 1843.
No vídeo abaixo pode ver uma Visita Teatralizada Online à Casa da Roda de Caria (esta visita em formato de filme online tem a apresentação de Verónica González e apresenta-nos a vila de Caria como cenário), que é um conteúdo que procura celebrar os nossos espaços e a história que temos, bem como assinalar o Dia Internacional dos Museus, que se celebra a18 de maio.
Quem não tem ascendentes expostos ou deixados na casa da Roda?
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