Tradicionalmente tocada com instrumentos acústicos, a morna reflecte a realidade insular do povo de Cabo Verde, o romantismo intoxicante dos seus trovadores e o amor à terra (ter de partir e querer ficar).
É verdadeiramente o símbolo nacional do país, do mesmo modo que o tango é para a Argentina, a rumba para Cuba, o samba para o Brasil, etc. A morna é o único género musical que consegue ser largamente transversal a todos os grupos etários, cronologicamente, geograficamente, etc., daquele país.
Nesta canção apela-se ao sentimento, versando temas vinculados ao amor, à saudade, ao sofrimento, ao desprezo. Geralmente pode-se escutar a morna em ambientes informais onde decorrem as famosas tocatinas, contudo, é nas famosas "noites caboverdianas" que se pode escutar este género musical.
A morna sempre teve os seus embaixadores (Bana, Dany Silva, Tito Paris, Paulinho Vieira, etc) , mas, nos últimos anos, a morna foi conhecida internacionalmente por vários artistas, nomeadamente em França e nos Estados Unidos, sendo a mais famosa a cantora Cesária Évora. O timbre da voz desta diva conquistou e alargou o público da morna, de Cabo Verde até ao Olympia, passando pelo Carnegie Hall, pelo Hollywood Bowl e pelo Canecão.
Oiça agora Cesaria Évora em Lua nha testemunha e Partida.
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