O Vira do Minho é uma dança típica do folclore do Alto Minho.
O Vira embora mais conhecido como característico do Minho, é também dançado noutras regiões de Portugal, entre as quais a Estremadura. São vários os tipos de viras conhecidos: O Vira Antigo (Reguengo Grande, Lourinhã e Casais Gaiola, Cadaval), o Vira das Sortes (Olho Marinho, Óbidos), o Vira Valseado (Outeiro da Pedra, Leiria), o Vira de Costas (Colaria, Torres Vedras), o Vira das Desgarradas (Reguengo Grande, Lourinhã), o Vira Batido (Casais Gaiola, Caldas da Rainha), o Vira de Três Pulos (Assafora, Sintra), o Vira de Dois Pulos (Lagoa, Mafra) e o Vira de Seis, em terras de pescadores.
Imagine, dispostos em roda os pares de braços erguidos, que vão girando vagarosamente no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Os homens vão avançando e as mulheres recuando. A situação arrasta-se até que a voz de um dançador se impõe, gritando "fora" ou "virou". Dão meia-volta pelo lado de dentro e colocam-se frente-a-frente com a moça que os precedia. Este movimento vai-se sucedendo até todos trocarem de par, ao mesmo tempo que a roda vai girando, no mesmo sentido. Para ajudar a completar o cenário imagine os dançarinos (as) com os fatos minhotos e as mulheres com as arrecadas.
Mas este Vira do Minho é apenas o mais simples dos viras de roda, pois outros há com marcações mais complexas. E são muitos os nomes em que se desdobram: vira, fandango de roda, fandango de pares, ileio, tirana, velho, serrinha, estricaina, salto, entre outros.
Viana do Castelo é famosa quando se trata de encenar o vira. Mas não é a única. Chegamos à região de Braga e logo nos surge o "vira galego", “despido da opulência primitiva”, como o definiu, Pedro Homem de Mello.
As origens do Vira, de acordo com alguns estudiosos situam-se no século XVIII enquanto outros referem a sua origem antes do séc. XVI.
Tomaz Ribas considera o Vira uma das mais antigas danças populares portuguesas, salientando que já Gil Vicente a ele fazia referência na peça Nau d’Amores, onde o dava como uma dança do Minho. Note-se, a respeito de filiações e semelhanças, a proximidade do Vira de Dois Pulos de Lagoa e Mafra com o Fandango.
Sem comentários:
Enviar um comentário