A Igreja de Chelas, Convento de Chelas, ou Antigo Convento de São Félix e Santo Adrião de Chelas é uma igreja localizada na freguesia de Marvila, em Lisboa e, um exemplo de arquitetura religiosa, maneirista e barroca.
A origem do local é antiga. Ao que parece, remonta ao séc. VII a.C. a instalação de um templo romano neste local, de que aparecem provas epigráficas em 1604, supondo-se uma ocupação visigótica após uma primeira ocupação romana.
Existem evidências materiais que remontam até ao século X, altura em que a comunidade moçárabe patrocinou a reconstrução da igreja.
Este edifício monástico terá sido construído pelos visigodos para albergar as relíquias de São Félix e de sua mulher Santa Natália, no século VII.
D. Afonso Henrique ordenou a sua reedificação sendo entregue aos Templários. Mais tarde passou a ser um convento feminino, sofrendo alterações no século XVI e em 1757, após o terramoto de 1755 em que a maioria da igreja é toda reconstruída.
Neste edifício maneirista e barroco é de destacar o portal manuelino e a considerável variedade de azulejos enxaquetados, de padrão, de albarrada e de figura avulsa.
Da Baixa Idade Média fazem parte o portal manuelino e a galilé, que são os únicos elementos classificados como Monumento Nacional.
Datada de 1604 foi a reconstrução do Convento de Cónegas Regrantes de Santo Agostinho e da invocação de São Félix (que sofreu o martírio em Gerona) e Santo Adrião, sendo a mais antiga clausura de Lisboa e arredores.
O edifício foi bastante modificado depois de serem extintas as ordens religiosas.
Este edifício chegou a ser fábrica de pólvora e actualmente este espaço é ocupado pelo Arquivo Geral do Exército e pelo Arquivo Histórico Militar.
Outra curiosidade associada a este monumento, é que foi aqui que a Marquesa de Alorna esteve em clausura até completar 18 anos (1768), juntamente com sua mãe e irmão, a mandato do Marquês de Pombal.
Não deixe de visitar o Convento de Chelas e apreciar o átrio, a galilé e a igreja. Valem bem a pena.
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