Vejo o mundo como me vejo
E no entanto de mim nada sei,
E por isso os outros invejo
Pois não sei o que sou, nem o que serei
É um abismo sem fim,
Este em que me encontro,
Na procura de mim
Encontro qualquer outro.
Se no que fui errei,
O que sou é nada,
E no futuro nada serei,
Acaba assim a minha jornada.
Catarina Almeida, nº4, 12ºA - Poema à maneira de Fernando Pessoa Ortónimo
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