O Bairro Alto é um bairro antigo e pitoresco no centro de Lisboa, com ruas estreitas e empedradas, casas seculares, pequeno comércio tradicional, restaurantes e locais de vida nocturna. Foi construído com uma planta ortogonal em finais do século XV e início do século XVI. Em tempos recuados era conhecido como Vila Nova de Andrade. É delimitado a Oeste pela Rua do Século, a Este pela Rua da Misericórdia, a Norte pela Rua D. Pedro V e a Sul pela Calçada do Combro, Largo do Calhariz, Rua do Loreto, e Largo de Camões. O Bairro Alto dividia-se pelas antigas freguesias lisboetas da Encarnação e de Santa Catarina.
O Bairro Alto, mais conhecido hoje pelos jovens lisboetas, como "O Bairro", é um espaço de tertúlia e de boémia, de lojas vanguardistas e de espaços tradicionais, de cultura contemporânea e de tradições bairristas. Durante o Século XIX e até ao terceiro quartel do Século XX, o bairro abrigava as sedes dos principais jornais e tipografias do país. Ainda hoje é possível encontrar ecos desse tempo em nomes de ruas como a Rua Diário de Notícias ou a Rua do Século. Ali existiram, então, até aos aos anos 70/80 do século XX muitos jornais e é ainda ali que se encontram as elites culturais e uma nova geração cheia de ideias, de projectos e de histórias para contar.
Desde os anos 80 que é a zona mais conhecida da noite lisboeta, com inúmeros bares e restaurantes, a par das casas de fado. Desde então, adquiriu uma vida muito própria e característica, onde se cruzam diferentes gerações na procura de divertimento nocturno.
Aos poucos verifica-se também que passou a ser procurado como um lugar para viver, estando a sua população a ser renovada e rejuvenescida. Este bairro da capital, a um passo do Chiado, frequentado e habitado por jornalistas, escritores, artistas e estudantes, foi também lugar de tascas de marinheiros, carvoarias e lugares de má fama e prostituição. Vitorino Nemésio faz alusões a este ambiente no romance "Mau tempo No Canal".
O Bairro Alto embora conhecido internacionalmente, continua a sofrer de graves problemas no âmbito do tráfico e consumo de estupefacientes, a que não é alheio o facto de nele se situarem os mais conhecidos bares da capital.
Parte dos prédios foram ou estão a ser recuperados, mantendo-se a traça original dos mesmos, o que veio permitir a instalação de novos e alternativos espaços comerciais. Aprecie mais este típico bairro lisboeta, através de uma pequena apresentação elaborada por alunos de Geografia do 11º ano (PTT).
Sem comentários:
Enviar um comentário