Augusto Boal (conhecido como o Leão da Arena), embora brasileiro, era filho de pai português e trabalhou em Portugal, por algum tempo, no Teatro "A Barraca". Boal teve um papel importante na renovação do teatro português.
Foi o fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à acção social. As suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, nomeadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas da educação, da saúde mental e do sistema prisional.
Nas palavras do próprio Boal: "O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos 'espect-atores'".

Boal morreu em 2009. Morreu aquele para quem o teatro não era apenas um espectáculo, mas uma forma de vida. "Porque tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro", dizia Augusto Boal.
Augusto Boal foi nomeado Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco, tendo integrado, igualmente, a lista de candidatos ao Prémio Nobel da Paz em 2008.
O discurso do último Dia Mundial do Teatro em que participou (2009), é da sua autoria: "Assistam ao espetáculo que vai começar; depois, em suas casas com seus amigos, façam suas peças vocês mesmos e vejam o que jamais puderam ver: aquilo que salta aos olhos".
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