e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos. Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno da história da Universidade de Coimbra. A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante as invasões francesas e, posteriormente, com a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade torna a recuperar o esplendor perdido. É só no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado. Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer social. Da Univesidade surgiram e resistem ainda hoje em plena activi
dade, primeiro o Orfeon Académico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a própria Associação Académica de Coimbra, em 1887, e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888. Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o Orfeon Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo. Cidade historicamente ligada aos estudantes, conta actualmente com perto de 30 mil, grande parte dos mesmos
de fora da cidade. A vida estudantil tem contribuído para o desenvolvimento de uma vida social, política e cultural intensa que tem passado pelo fado de Coimbra, pela serenata monumental, pela Queima das Fitas, pala "cabra" da velha torre, pelas Repúblicas estudantis, pelas praxes, pelo traje académico, pelas tricanas, pelos lentes e futricas, pelos caloiros e veteranos, pelas lutas académicas e movimentos estudantis, pela Igreja de Santa Cruz, pelo Hilário, pelo Zeca Afonso, pelo Menano, pelo Adriano Correia de Oliveira, pelo Luís Cília,etc, etc.Aprecie, agora, o vídeo que escolhi para hoje e que mostra uma serenata em Coimbra, com o fado À Meia Noite, ao Luar.
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