A Ilha Jindo é a terceira maior da Coreia do Sul e está localizada na província de Jeolla del Sur, com um arquipélago de 250 ilhas. Na ilha Jindo ocorre um dos fenómenos naturais mais incríveis do mundo, conhecido como o Milagre de Moisés.
Duas vezes por ano, durante 4 dias consecutivos (no final de fevereiro e por volta de junho), com uma maré extremamente baixa, forma-se uma passagem natural entre a Ilha Jindo e a Ilha Modo. Um caminho de terra de 2,8 km de comprimento, com 40 metros de largura é revelado, unindo as duas ilhas, por um período de cerca de uma hora. Este fenómeno ocorre independentemente da velocidade da maré ou das ondas, antes do caminho aberto ser tomado pela água novamente.
Este fenómeno, é chamado na Coreia por "Jindo Sea-Parting". Dada a sua visibilidade internacional transformou-se num importante evento na região, ficando conhecido como "Festival Jindo Mar-Parting" - Festival da Separação do Mar de Jindo, ou mesmo "O Milagre de Moisés".
Pessoas de todo o mundo deslocam-se ali para testemunhar este acontecimento e andar pelo caminho marítimo.
Como sempre, nestas circunstâncias, existe uma lenda por trás do fenómeno coreano.
Assim, uma aldeia Jindo foi atacada por tigres e todos os moradores fugiram de barco para a ilha vizinha, Modo.
Todos, com exceção de uma senhora idosa e indefesa chamada Ppong, que foi deixada para trás.
No seu desespero ela orou todos os dias ao Deus do Mar (Yongwang). E, por volta de fevereiro, Yongwang ter-lhe-ia aparecido em sonhos dizendo para que fosse, no dia seguinte, até ao mar pois, iria enviar-lhe um arco-íris que ela devia atravessar.
Então, no dia seguinte a senhora foi até à margem das águas e elas abriram-se na forma de um arco-íris que dividiu o mar e a ajudou a escapar dos sanguinários animais, para que pudesse reencontrar de novo a sua família.
Para perpetuar a lenda e homenagear a história, uma estátua da Ppong e do tigre, foi colocada na Ilha de Modo.
A visibilidade internacional deste acontecimento ocorreu depois de 1975, e deveu-se ao embaixador francês Pierre Landy, que à data estava na Coreia do Sul, e descreveu o ocorrido num jornal da França, classificando-o como "O Milagre de Moisés".
O fenómeno ficou tão popular que, atualmente o local conta com a visita de, aproximadamente, meio milhão de turistas, que vão até ali para celebrar esta maravilha.
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