O Mosteiro Sakya, também conhecido como Pel Sakya ("Terra Branca" ou "Terra Pálida") é um mosteiro budista situado a cerca de 127 km a oeste de Shigatse, na estrada para Tingri, na Região Autónoma do Tibete.
A escola de budismo tibetano Sakya, foi fundada em 1073, por Konchog Gyalpo, originalmente um praticante Nyingma da poderosa e nobre família dos Tsang. Os seus poderosos abades governaram o Tibete durante todo o século XIII, até que seu poder foi declinando tendo-se verificado a ascensão da recente escola Gelug, possuindo, contudo, muitos seguidores no Tibete.
A arquitetura medieval mongol do Mosteiro é bem diferente da dos templos em Lhassa e Yarlong. O único prédio antigo que permanece é o Lakang Chempo ou Sibgon Trulpa. Originalmente numa caverna na lateral da montanha, foi construído em 1268 por Panchen Sakya Zangpo e restaurado no século XVI. Contém algumas das mais magníficas obras de arte remanescentes de todo o Tibete, que aparentam não terem sido danificadas nos tempos recentes.
Quanto à grande biblioteca de Sakya, fica em prateleiras ao longo das paredes do grande átrio do Lhakhang Chempo. Estão preservados aqui muitos volumes escritos com letras de ouro. As páginas têm cerca de 1,8m de comprimento por 45cm de largura. Nas margens de cada página existem ilustrações e os primeiros quatro volumes possuem figuras dos mil Budas. Estes livros estão encadernados em ferro. Foram elaborados de acordo com as ordens do imperador Kublai Khan, e presenteados à Phag-pa na sua segunda visita a Pequim.
Em 2003, no Mosteiro Sakya, uma imensa biblioteca com cerca de 84 mil pergaminhos foi encontrada, selada, numa parede de 60 metros de comprimento por 10 metros de altura.
Os pergaminhos devem ter permanecido intocados por centenas de anos e espera-se que a maioria deles sejam escrituras budistas, apesar de poderem também incluir trabalhos de literatura, história, filosofia, astronomia, matemática e arte. Hoje em dia estão a ser estudados na Tibetan Academy of Social Sciences.
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