A denominação capilé deriva do latim (capillum por lembrar uma cabeleira) que deu origem ao termo francês capillaire ou "feito com a capilária", um tipo de avenca.
O Capilé foi uma bebida muito apreciada em Portugal nos séculos XVIII, XIX e inícios do século XX. A sua receita remonta ao século XVIII, sendo o capilé feito a partir de produtos naturais.
O xarope de capilé é referido no livro de receitas, O cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha, de autoria de Lucas Rigaud, no ano de 1780. No volume número dois da sua obra, Rigaud faz referência ao xarope de avenca, a que no caso dá o nome de "capiler". A receita é exposta no capítulo XXX, da seguinte forma:
"Deitem huma onça de folhas de avenca em hum quartilho de agoa fervendo, e deixe-se ficar de infusão sobre pouco rescaldo o espaço de doze horas; passe-se depois pelo peneiro, deitem este çumo em hum arratel de assucar em ponto de quebrar, ponha-se em huma tigela com rescaldo por baixo, e calor brando, e igual dois, ou tres dias; reduzindo o assucar, e formando fio, que se não quebre entre os dedos, guarde-se em garrafas depois de frio, como os antecedentes." - Cozinheiro moderno ou nova arte de cozinhar, onde se ensina pelo methodo mais facil..., Lucas Rigaud.
Agora de forma mais simples aqui vai uma maneira de confecionar o xarope de avenca:
O xarope é confecionado através de infusão das folhas da avenca devidamente trituradas, à qual é adicionado açúcar, podendo ser aromatizado com água de flor de laranjeira. Através da infusão extrai-se da planta quer os aromas quer as substância que possuem propriedades terapêuticas.
Para se fazer o refresco o xarope é diluído com água à qual é se junta gelo e casca de limão.
O Capilé e a Groselha são os dois xaropes clássicos portugueses, para diluir em água e beber como refresco, sobretudo no Verão.
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