Kandinsky |
Aonde teus passos me levam,
aí, o voo segue da noite.
Escrevo as linhas do percurso, e
toco, a teu lado, entre fetos e
urtigas, a câmara escura da casa.
Rasga o comboio os campos manchegos,
com uma toalha húmida e
um livro aberto, a cobrir a nudez que
sofremos.
Kandinsky |
E desenhas o mapa dos líquenes, e
aprendes, a meu lado, sobre o esqueleto
dos reis, a aresta antiga das
torres.
Aonde os anjos escalam o oiro das uvas,
aí, o horizonte morre da manha.
Mário Cláudio - Doze Mapas, (Poesia Reunida 1969-2019)
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