O Que Fazem Mulheres é um livro de Camilo Castelo Branco publicado em 1858, sendo uma das suas obras menos conhecidas.
Camilo é sublime no que toca à crítica social de época. No século XIX, era prática comum os pais arranjarem os casamentos das suas filhas, um matrimónio que as deixasse numa situação boa, já que a maioria das mulheres não trabalhava. Logo, o amor era relegado para segundo plano.
Assim, O Que fazem Mulheres é um "romance filosófico", já que dele se podem retirar lições, por meio de máximas que exprimem uma filosofia da vida ou que proclamam ideias gerais sobre os dramas e os sentimentos do ser humano.
Aqui fica como sugestão de leitura, este livro recomendado para o Ensino Secundário, pelo Plano Nacional de Leitura.
Sinopse:
Escrito como paródia aos folhetins românticos, O Que Fazem Mulheres começa com um diálogo entre mãe e filha: a primeira tenta convencer a segunda a casar-se por dinheiro e não por amor.
Esta é a história de Ludovina, uma jovem bela, de origem fidalga, mas sem dote que lhe possa arranjar marido.
Sem intenções sérias, namora-a Ricardo de Sá, ambíguo «homem fatal», que dela diz esta frase desonrosa: "Lisonjeia um amante, mas não pode satisfazer as complicadas necessidades dum marido."
E há outro homem, João José Dias, regressado do Brasil, muito rico, muito velho, muito gordo.
Esta é, afinal, a história em que o fortuito arremesso de um charuto desencadeia excessos emocionais, nos quais encontraremos, como Camilo anuncia, "bacamartes e pistolas, lágrimas e sangue, gemidos e berros, anjos e demónios".
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