Patas de prata
losango de asas brancas
de negro debruadas
plumas cinzentas como cauda insólita
e a longa e a fina tromba alaranjada
instantânea língua
olhos de esfera negra que me fitam
da estática assustada imóvel calma
que as patas pousam na vidraça
um animal ser vivo e borboleta
a mosca como eu olha-a espantada.
Jorge de Sena - (5/3/1964)
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