Funcionou como habitação até 1870, altura em que foi adquirido pela família inglesa Reynolds que nunca lhe deu uso habitacional.
A partir dessa data o palácio começou a funcionar com armazém da exploração agrícola da quinta em que se situa, tendo começado aí a sua degradação. A partir dos anos sessenta do século XX, é sabido que os pisos inferiores foram transformados em pocilgas, estábulos, vacarias, capoeiras, etc.
O Palácio e a quinta foram classificados como imóvel de interesse público em 1982. Hoje o Palácio está ruínas.
O Palácio tem dois pisos, adaptando-se ao declive da encosta. No piso superior funciona a habitação. A entrada faz-se, a partir de uma zona vestibular, hoje desaparecida, para um salão central de grandes dimensões, entre dois torreões, que outrora possuira um revestimento de tecto de influência mudéjar hoje completamente perdido. No canto NW do palácio, encontra-se uma pequena capela privada.
O elemento que se destaca neste piso é a loggia que se abre a sul sobre o rio Tejo. Era constituída originalmente por uma colunata com dez arcos abatidos. Infelizmente encontra-se quase toda perdida devido a uma derrocada que teve lugar em 2001
O piso inferior corresponde a armazéns abobadados que replicam aproximadamente a estrutura do piso superior. A este do palácio existe a cozinha.
A Europa Nostra, principal organização europeia do património, representada em Portugal pelo Centro Nacional de Cultura, e o Instituto do Banco Europeu de Investimento divulgam os 14 monumentos e sítios na Europa selecionados para o programa "Os 7 mais ameaçados" 2016. Um painel internacional composto por reputados peritos selecionou estes locais ameaçados – que incluem sítios arqueológicos, edifícios públicos, residenciais e religiosos, uma ponte, um aeroporto e, até, a Lagoa de Veneza – oriundos de 14 países. Nesta primeira seleção consta o Palácio de Valflores , candidatado pelo Centro Nacional de Cultura. A lista final dos 7 sítios mais ameaçados será divulgada num evento público em Veneza a 16 de Março de 2016.
Os 14 monumentos e sítios foram selecionados tendo em conta o seu notável valor patrimonial e cultural, bem como a grave situação de risco em que se encontram. O envolvimento de vários atores públicos e privados e o empenho das comunidades locais em resgatar esses monumentos também foram considerados essenciais. Outro critério importante foi o potencial desses sítios para servir como recurso e motor do desenvolvimento sustentável da região onde estão localizados.
As nomeações para o programa "Os 7 mais ameaçados" 2016 foram submetidas por organizações da sociedade civil e entidades públicas de toda a Europa que integram a rede da Europa Nostra. A lista final dos 7 sítios mais ameaçados será selecionada pelo Conselho de Administração da Europa Nostra.
O programa "Os 7 mais ameaçados" foi lançado em janeiro de 2013 pela Europa Nostra em conjunto com o Instituto do Banco Europeu de Investimento, parceiro fundador, e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa, parceiro associado. Foi inspirado num programa de sucesso gerido pelo Fundo Nacional para a Preservação Histórica sediado nos EUA.
"Os 7 mais ameaçados" não é um programa de financiamento. Pretende servir como catalizador da ação e promover o “poder do exemplo”. "Os 7 mais ameaçados" conta com o apoio do programa Europa Creativa da União Europeia, no âmbito do projecto de rede da Europa Nostra "Mainstreaming Heritage".
Veja em seguida um vídeo que é um Projecto final de Mestrado em Arquitectura acerca do Palácio de Valflores, que foi publicado a 03/02/2015
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