Hoje é Dia de Finados, de Fieis Defuntos ou Dia dos Mortos. A celebração do Dia dos Fiéis Defuntos acontece a 2 de novembro em Portugal e no resto do mundo. Este Dia dos Fiéis Defuntos (ou Dia dos Finados) é conhecido mundialmente como o All Souls Day e em Portugal, também, como o Dia das Almas. Celebra-se tradicionalmente pela Igreja um dia depois do Dia de Todos os Santos.
É um dia de celebração dos mortos, onde se realizam missas e se lembram os familiares e amigos que já partiram.
A morte, causadora de tantos medos, é encarada de forma bem diferente de país para país. Em muitos, é motivo de choro e luto demorado, noutros, os doentes e idosos fazem de tudo para morrer em determinado lugar. Existem também países, que encaram a morte de frente e com festa. Um exemplo é o México. Hoje é feriado no México e comemora-se o "Día de Muertos". É de facto uma "comemoração", porque a festa é das grandes.
De origem azteca, o Dia de Finados mexicano comemora as vidas dos ancestrais, que nesta época voltam do outro mundo para visitar os vivos. Os povos indígenas tinham cerca de um mês inteiro dedicado aos mortos: o nono do calendário azteca, equivalente ao nosso agosto. Quando os espanhóis chegaram àquelas paragens, assustaram-se com estes costumes e trataram de cristianizar a festa, tendo alterado a data para coincidir com o Dia de Finados católico.
Segundo alguns historiadores, povos como totonacas, náuatles, purépechas, maias e astecas já faziam um culto em homenagem aos mortos. Estes rituais são tão antigos que, nalguns casos, chegam a ter mais de três mil anos de história. No período anterior à chegada dos espanhóis, praticava-se a conservação de crânios. Estes crânios eram exibidos em cultos para celebrar o renascimento e a morte. O culto era sempre presidido pela Dama da Morte, da qual foi tirada a imagem de La Catrina, esposa de Mictlantecuhtli, o rei dos mortos.
Hoje e como resultado deste sincretismo religioso é uma festa única, que mistura Virgem Maria, crucifixos, crânios e vários elementos da crença azteca.
As famílias preparam verdadeiros banquetes, as pessoas enfeitam-se e as crianças divertem-se, de noite e com os mortos. Os túmulos são decoradas e os vivos levam oferendas aos mortos. Um dos símbolos mais tradicionais da festa é a caveira doce, feita de açúcar.
Algumas famílias têm o costume de abrir os túmulos, retirar os mortos de lá e limpar os seus restos mortais. Depois colocam os mortos de novo nos túmulos para mais um ano de descanso.
Para se ter uma ideia da importância desta festa e desta data, ela é considerada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Património da Humanidade.
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