É hoje considerado como o maior fadista da sua geração, apesar do seu descuido perante a necessidade de apostar numa carreira discográfica.
Nasceu na Rua do Capelão, no coração do Bairro da Mouraria, e com apenas oito anos começou a cantar numa taberna da rua onde morava, “O Chico da Severa”, onde se juntavam os fadistas após as festas de beneficência onde participavam.
Em 1947 participa na Marcha Infantil da Mouraria, no papel de Conde de Vimioso ao lado de Clotilde Monteiro como Severa. Por esta altura trabalhava como sapateiro.
Cantou regularmente durante um período de três anos, aos fins-de-semana, no Café Latino, no Retiro dos Marialvas, no Vera Cruz e no Casablanca no Parque Mayer. No entanto, quando contava dezassete anos resolveu interromper a actividade, que só retomou em 19
54, no Café Luso, no Bairro Alto. Aqui, actuou já profissionalizado, bem como, na Adega Machado e na casa típica O Faia.
Nos anos 60 e 70 foi a vez de outras casas de fado de Lisboa, como a Nau Catrineta, a Kaverna, o Poeta, a Taverna d’El Rey e novamente, o Café Luso. Estas casas conquistaram novos públicos com as actuações de Fernando Maurício que seria apelidado de Rei do Fado. Nos anos 80 começou a actuar na Adega Mesquita.
São vários os fados que Fernando Maurício celebrizou. Entre eles a "Igreja de Santo Estêvão". Fernando Maurício cantou em programas de fados quer na Emissora Nacional quer nos primeiros programas da RTP. Contudo, preferia cantar em festas de beneficência e solidariedade, por todo o país, não se preocupando muito com a carreira discográfica. Apesar de tudo, gravou alguns discos. Convém destacar, entre outros: De Corpo e Alma sou Fadista (1984); Tantos Fados deu-me a Vida (1995), Os 21 Fados do Rei (1997); Fernando Maurício, col. O Melhor dos Melhores (1997); e Fernando Maurício,
Clássicos da Renascença (2000).
Participou em inúmeros espectáculos no estrangeiro, nomeadamente no Luxemburgo, Holanda, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos.
Recebeu ao longo da sua vida vários prémios, mas, era avesso a homenagens. Contudo, em 1989, Amália Rodrigues descerrou na rua onde nasceu duas lápides evocativas das vozes do fado emblemáticas deste bairro: Maria Severa Onofriana e Fernando da Silva Maurício.
Ouça, agora, Fernando Maurício em "Fui Dizer-te Adeus ao Cais".
Participou em inúmeros espectáculos no estrangeiro, nomeadamente no Luxemburgo, Holanda, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos.
Recebeu ao longo da sua vida vários prémios, mas, era avesso a homenagens. Contudo, em 1989, Amália Rodrigues descerrou na rua onde nasceu duas lápides evocativas das vozes do fado emblemáticas deste bairro: Maria Severa Onofriana e Fernando da Silva Maurício.
Ouça, agora, Fernando Maurício em "Fui Dizer-te Adeus ao Cais".
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