O Tejo, à noite, não é um rio:
não nasce em Espanha,
terras não banha,
nem desagua além do Bugio.
Quem ande à noite, à toa,
e chegue à muralha e saiba escutar,
sente de um lado desaguar Lisboa
e do outro lado o mar.
Berço de barcos adormecidos,
frio ataúde de um sonho frio,
porto inventor de amores repetidos...
mas não um rio, mas não um rio!
Leonel Neves - (Do livro inédito Ontem à Noite)
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