Alfama é o mais antigo e um dos mais típicos bairros da cidade de Lisboa. Abrange as freguesias de São Miguel, Santo Estêvão e São Vicente de Fora. O seu nome deriva do árabe al-hamma, que significa banhos ou fontes.
As vistas mais espectaculares de Alfama obtêm-se dos miradouros das Portas do Sol e de Santa Luzia. Acima de Alfama e envolvendo-a ficam, a colina do Castelo de São Jorge e a colina de São Vicente. Para além do Castelo, os principais monumentos da zona são a Sé, a Igreja de Santo Estêvão e a Igreja de São Vicente de Fora.
Alfama é um bairro popular. Assemelha-se a uma antiga aldeia na qual todas as pessoas se conhecem e se cumprimentam diariamente. O bairro é conhecido pelos seus restaurantes e casas de fado, assim como pelos festejos dos Santos Populares, em especial na noite de Santo António, de 12 para 13 de Junho.
Durante o domínio muçulmano, poder-se-ia falar de uma Alfama do Alto, mais aristocrática, situada dentro da Cerca Moura, na parte oriental da actual freguesia da Sé, que comunicaria pela Porta de Alfama ou de São Pedro (na actual rua de São João da Praça) com uma Alfama do Mar, arrabalde popular.
Com o domínio cristão a designação Alfama foi-se alargando mais para leste, dentro dos limites da Cerca Nova ou Cerca Fernandina, passando para lá do Chafariz de Dentro.
Este bairro foi outrora o mais agradável da cidade. As origens do declínio surgiram na Idade Média, quando os residentes ricos se mudaram para o oeste, deixando o bairro para uma população de pescadores e marinheiros.
Os prédios resistiram ao terramoto de 1755. Apesar de já não existirem casas mouriscas, o bairro conserva um pouco do ambiente árabe, com as suas ruelas, escadarias e roupa a secar nas janelas. As áreas mais arruinadas estão a ser restauradas e a vida desenvolve-se em volta das pequenas mercearias, bares e tabernas.
Graças a um número significativo de nascentes com um caudal de alguma importância, Alfama era, antes da construção do Aqueduto das Águas Livres, a zona de Lisboa com menos problemas de falta de água. As águas de Alfama ou Águas Orientais foram introduzidas em 1868 na rede de abastecimento público de Lisboa com a construção no local do antigo Chafariz da Praia de uma cisterna que recolhia a água . Ainda hoje subsistem os seguintes chafarizes: Chafariz de El-Rei e o Chafariz de Dentro.
Algumas das águas que ali existiam tinham temperaturas elevadas (nalguns casos acima dos 20 °C), chegando mesmo a ser classificadas, em finais do século XIX, como águas minero-medicinais. Foram exploradas, por isso, pelo menos desde o século XVII como banhos públicos ou alcaçarias, que se mantiveram em actividade até às primeiras décadas do século XX.
Aprecie, agora, a apresentação que escolhi para hoje e que mostra alguns dos aspectos mais tipicos deste bairro popular.
Sem comentários:
Enviar um comentário